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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sinopse:
Eles não têm absolutamente nada em comum.
Lady Reyna é uma mulher virtuosa e erudita, que preferia morrer a quebrar uma promessa ou voto.
Ian de Guilford é um sensual mercenário, um cavaleiro errante cujo temperamento fogoso lhe valeu a alcunha de Senhor das Mil Noites.
Ela não conhecia a sua fama quando, fazendo-se passar por cortesã, transpôs as linhas inimigas com um plano desesperado para salvar o seu povo. Agora que está frente a frente com o guerreiro a cujos encantos, diz-se, é impossível resistir, Reyna apercebe-se de que subestimou o seu inimigo. Ele está decidido a tudo para subjugar a sua virtude. A bem do seu povo, ela não pode ceder... e a sua audácia leva-a a fazer algo com que nunca sonhou: pôr em jogo o seu coração.


Em pleno século XIV nas muralhas de um castelo à beira da conquista, em lados opostos de uma batalha perdida, um homem e uma mulher faram de tudo para não perder o único bem precioso e de que jamais abdicarão, a sua honra e o seu coração.

Mil Noites de Paixão remete-nos para uma época em que a instabilidade era constante e a procura pela felicidade, assim como o conceito de amor, não passavam de um mito. Os homens, esses, davam a vida pela sua dignidade e às mulheres restavas-lhe resguardar o seu bem mais precioso, os segredos do seu coração.
Madeline Hunter não pára de me surpreender e cada romance seu é uma lufada refrescante de entretenimento em que aborda questões sociais de tempos remotos, embelezados pela sua magnífica escrita leve e cuidada. Sem excepção, é uma autora com audácia sensual e com um humor característico que, de através de enredos aprimorados e personagens cativantes, nos deixa sempre sequiosos por mais.

Para mim o que mais diferenciou este livro das minhas anteriores leituras da Madeline foi as suas personagens, fiquei rendida! O seu protagonista masculino, Ian, é tudo o que podemos desejar de um galante e robusto cavaleiro nos finais da idade média. Ele é rude e possessivo, sendo ao mesmo tempo susceptível e dotado de uma sensibilidade muito própria na forma como interage Reyna. Ele não acredita nas suspeitas que são levantadas a respeito desta mulher mas, enquanto ele tenta aproximar-se, ela não se cansa de tentar escapar-lhe por entre os dedos deixando-o ainda mais excitado e curioso
No entanto Ian de Guilford tem uma credibilidade a manter e como tal é sensual nas questões íntimas, perspicaz nos mistérios e duro burocraticamente, é o verdadeiro príncipe porque todas as mulheres ambicionam e, mesmo que ele não tenha um cavalo branco e eu não esteja numa torre alta, ele conquistou-me ao longo deste romance.
Reyna corrobora sem dúvida para o sucesso de Ian e neste cenário medieval ela também faz parte da alma do livro. Existem poucos atributos que não poderei atribuir a esta personagem, gentil e caridosa, arrojada e ousada, ela contém uma personalidade muito genuína que se vai revelando na sua transformação enquanto mulher plena.
Agourada com uma infância marcante que cicatriza o seu presente e futuro, a nossa protagonista vê-se agora injustamente acusada de ter morto o homem que viuvou, prisioneira e com a forca em vista, ela não perde o humor e a esperança proporcionando ao leitor diversas cenas de puro divertimento, bem como momentos repletos de tensão devido aos riscos que esta personagem corre durante toda a trama.
Este casal de protagonista enfrentará muitos dilemas e proporcionará os melhores momentos desta narrativa que, apesar de romance histórico e sensual, nos oferece uma história cuidada no que respeita a intrigas, batalhas e pormenores de época.

Como afirmei anteriormente a par com um enredo bastante curioso e envolvente os intervenientes deste livro foram realmente bem trabalhados e as personagens secundárias não são excepção. Embora não tenham uma presença continua, perlongada ou marcante, elas pontuam a nossa história de revelações e surpresas. O leitor encontra inimigos escondidos, amigos fieis, que acabaram contribuir de diversas formas para as muitas reviravoltas ao longo da história tornando-a o mais aprazível possível.

Quanto à Madeline Hunter presenteia-nos uma vez mais com uma escrita sublime e descomplicada que nos faz sentir realmente inseridos neste período histórico tão controverso. A autora conseguiu ainda transformar temas susceptíveis numa fonte de prazer através das suas descrições assertivas, assim como envolver-nos na sua teia de sedução permanente que circunda as personagens principais.

Enquanto leitora sinto-me deveras satisfeita com este livro que aconselho sem restrições aos simpatizantes deste género literário que, pelo enredo e personagens, é uma aposta garantidamente deliciosa e com um humor contagiante que vos deixará desejosos pela próxima leitura. Uma forte aposta da editora ASA para começar 2012 com muito romance e requinta. Adorei.


Outras opiniões da mesma autora:

Título: Mil Noites de Paixão
Autora: Madeline Hunter
Género: Romance Histórico e Sensual
Editora: Edições ASA






domingo, 29 de janeiro de 2012

Sete pecados mortais… sete almas para salvar.
Esta é a segunda.

Sinopse:
Redenção não é uma palavra que Jim Heron conheça muito bem. A sua especialidade é a vingança e, para ele, o pecado é relativo. Mas tudo muda quando se torna um anjo caído e é incumbido da tarefa de salvar sete pessoas dos sete pecados mortais... e o fracasso não é permitido.
Isaac Rothe é um assassino, desertor do exército e por isso, manter-se nas sombras é a única maneira de sobreviver. Ao fugir do seu antigo chefe, é preso e o seu futuro fica nas mãos da bela defensora oficiosa, Grier Childe. A forte atração que existe entre eles pode ser fatal.
Continuando a sua missão, Jim Heron deve salvar a alma desse soldado. E, ainda, enfrentar um jogo sexual perverso com o demónio Devina. O desejo dela por Jim levará ambos a um caminho sem regresso, onde apenas um deles poderá vencer.
Isaac deve decidir se o soldado que existe nele é capaz de acreditar que o amor é a melhor arma para vencer esta batalha e livrar-se do seu passado sombrio.

Enquanto o Inferno e o Paraíso apostam a redenção da humanidade, Jim Heron tem em mãos uma segunda alma para salvar e manter na terra. Ele tem o poder de equilibrar a balança entre o bem e o mal e onde quer que ele toque, ou passe, nada será igual. Ele é um anjo terreno e só ele tem o poder da salvação ou perdição eterna.
Desejo dá continuidade á sedutora série Anjos Caídos. Após terminar Cobiça muito ficou por explicar e este segundo livro começa a levantar o véu para a realidade transcendente do nosso protagonista. Juntando mais um casal sedutor a personagens já nossas conhecidas, esta trama apresenta-nos páginas repletas de acção, fantasia e mistérios que se complementam com diversas revelações e pormenores surpreendentes até ao último momento.
Perspicaz, a autora J. R. Ward continua a presentear-nos com uma escrita simples, mas bem caracterizada, que prima por descrições assertivas e desenvolvimentos coesos onde as peças do puzzle começam a fazer sentido oferecendo ao seu enredo contornos aliciantes.

Se no primeiro livro foi o factor surpresa, que envolve o tema central da série, que mais me atraiu neste segundo volume o par romântico, que se vê a paredes meias com o mal, é quem mais me fascina. No entanto Jim, o personagem principal constante em Anjos Caídos, continua a revelar-se apelativamente agradável denotando o muito que ainda tem para oferecer ao leitor através de bons momentos de tensão, diversos segredos e pormenores que se começaram a desenrolar ao longo do livro anterior mostrando que, para os fãs de fantasia urbana, esta é sem dúvida uma escolha a assertiva e com a promessa de satisfação plena.

O casal principal Grier e Isaac espelham o oposto do casal presente no livro anterior, desta feita temos uma personagem feminina mais poderosa economicamente e um guerreiro que nada tem a perder.
Grier é sem dúvida uma personagem muito especial, frágil e com um passado que a ensinou a amar o próximo e a fazer o bem, ela vai descobrir em Isaac tudo o que este esconde por detrás da sua máscara de militar. A relação de ambos será conturbada, ameaçando os alicerces psicológicos de ambos mas, querendo ou não, este casal vai ter de lutar em conjunto por aquilo em que acredita.
Isaac, pela primeira vez, terá algo a perder na vida no exacto momento em que esta não lhe pertence. Emotivos e hipnotizantes, eles deixar-vos-ão rendidos com a sua capacidade de superar adversidades, assim como através da sua forma de lidar com um perigo que vai para além do que imaginam possível.

No que respeita à facção angelica da nossa história eles fascinam-nos pelos seus enigmas e modos estranhos com que se confundem na nossa realidade.
O leitor encontrar-se-á mais próximo da dinâmica destes seres conseguindo alcançar um novo nível de compreensão a respeito dos seus poderes e capacidades. Mais uma vez, estamos perante o jogo entre o céu e terra mas, desta vez, também o inferno estará presente com cenas arrepiantes.
Almas vindas de um passado recente serão uma força que impulsionadora para Jim, O anjo, ele é uma força da natureza e cada vez torna-se mais evidente que conseguirá alcançar muito mais do que aquilo a que se aventura. Só com o tempo teremos noção do seu imenso poder e até onde o seu destino imortal o poderá levar…
Quando aos dois anjos que ajudam Jim, Eddie e Adrian, a sua presença mantém-se constante e uma pequena parte do passado de um deles também nos será revelada. São constantemente uma chave e um auxílio para os enigmas que o protagonista vai encontrando.

Devina, o demónio, começa neste livro a revelar uma pouco mais dos seus instintos pervertidos mostrando uma faceta repleta de volúpia e requintes malignos. Esta é uma personagem que tem muito para dar a esta história e que não se cansará de nos surpreender com o mal que existe dentro de si, algo que só poderia ter sido concebido no inferno.
Pessoalmente, embora não tenha ficado desiludida, contínuo a esperar muito mais desta interveniente que, apesar de mais forte, ainda não nos mostrou realmente o que vale subjugando o novo anjo guerreiro Jim ao seu inferno.

Este é também um livro rico em pormenores como auras e espíritos que, apesar de apenas fazerem breves aparições, fazem toda a diferença ajudando a que nos apercebemos da imensidão de pontos que podem ser desenvolvidos ao longo da série e mantendo-nos na espectativa e ansiedade para descobrir um pouco mais.

Em retrospectiva, penso que esta leitura está muito próxima do elevado nível de satisfação conseguido anteriormente, que foi para mim uma verdadeira revelação positiva com muita fantasia, romance e sedução aliados a uma demanda superior pela salvação terrena que se depreende em momentos de acção e emoção. O núcleo de personagens está bem construído e aqueles que menos esperamos podem relevar-se as verdadeiras surpresas do livro que acabou por me surpreender até ao último capítulo.

Continuando a escrever enredos palpáveis, J R Ward apresenta-nos uma vez mais temas reais, sendo a droga e a família os mais desenvolvidos neste segundo livro pelos protagonistas humanos, um casal que poderia fazer parte do nosso quotidiano.
Quanto à escrita é simples e, como citei anteriormente, revela-se através de descrições curtas e assertivas, que se reflectem em emocionantes momentos de acção e atracção, bem como mais pormenorizadas e sensitivas quando se trata de nos transportar para o universo do maravilhoso.

Estou ansiosa pelo próximo título, Inveja, em que pelo capítulo que nos é oferecido no final de Desejo, me parece que Jim está mais perto do inferno e desejosos de se vingar de um mal que o ultrapassa.
Esta é uma publicação Quinta Essência, muito romântica e numa versão mais fantasiosa que com toda a certeza agradará aos fans de fantasia urbana para adultos e que não perdem uma oportunidade de se apaixonar e perderem-se em realidade transcendentes. Gostei muito.







Opinião anterior:

Título: Desejo
Autora: J. R. Ward
Género: Fantasia urbana e Romance
Editora: Quinta Essência
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Num mundo de sombras e escuridão, o desejo é a arma mais mortífera…

Título: Ascensão à Meia-Noite
Autor: Lara Adrian
N.º Páginas: 344
Preço: 13.50 €
ISBN: 9789898228703

Sinopse:
Impelido pela dor e pela raiva por causa de uma enorme traição, o guerreiro Rio dedicou a sua vida à guerra contra os Renegados. Não deixará nada interpor-se no seu caminho – muito menos uma mortal com poderes para expor toda a raça vampírica. Mas agora um mal antigo foi despertado e aproximam-se tempos sombrios…
Para a jornalista Dylan Alexander, o que começou como a descoberta de um túmulo secular oculto acabou por se converter numa espiral de violência e segredos. Porém, nada é mais perigoso que o homem marcado e letalmente sedutor que surge das sombras para a puxar para o seu mundo de desejos sombrios e noite eterna. Ali ela não consegue resistir ao toque de Rio, mesmo enquanto revela uma ligação surpreendente ao seu próprio passado. Dylan tem então de escolher: deixar o reino noturno de Rio, ou arriscar tudo pelo homem que lhe mostrou a verdadeira paixão e os prazeres infinitos do coração.

«Cheio de perigo e acção, [Ascensão à Meia-Noite] também explora as emoções tumultuosas do perigo, da raiva, da traição e do perdão. Adrian conseguiu uma combinação imbatível!» - Romantic Times



Sobre a autora:
Em criança, Lara Adrian costumava dormir com os cobertores quase sobre a cabeça, com medo de vir a ser vítima de vampiros. Mais tarde, sob a influência de Bram Stoker e Anne Rice, foi levada a interrogar-se se o seu medo não seria antes outra coisa: um desejo secreto de estar num mundo mais sombrio, de viver um sonho perigoso e sensual com um homem sedutor de poderes sobrenaturais. É essa mistura de medo e desejo que alimenta hoje as fantasias de Laura e a ideia que ela explora na série «Raça da Noite», bestseller do New York Times e vendida em 16 países.
Com as raízes familiares a estenderem-se até aos primeiros colonos chegados a bordo do Mayflower, Lara Adrian vive com o marido no litoral da Nova Inglaterra, rodeada por cemitérios seculares, pelo moderno conforto urbano e pela inspiração infinita do oceano Atlântico. Para saber mais acerca dos seus romances, visite www.laraadrian.com

Amor e tradição, ambição e desejo unidos pela devoção a um Reino.

Título: O Pecado e a Honra
Autor: Maria João da Câmara
N.º Páginas: 360
Preço: 15.50 €

Sinopse:
Até se cruzar com D. Manuel, Isabel era uma noviça que devotava o seu amor apenas a Deus. Um dia, traída pelo coração, cede ao desejo do futuro monarca. Desta relação nasce Teresa, que crescerá longe dos pais.
Anos mais tarde, já com D. Manuel no trono, Teresa, viúva e com duas filhas, conta com o apoio do pai para refazer a sua vida com Rodrigo, escrivão da Fazenda. Dará, então, início a uma saga familiar que se irá prolongar por mais de um século, marcado por intrigas palacianas, campanhas militares, jogos de política internacional e pela sincera devoção a um Reino.
Reconstruindo de maneira rigorosa o quotidiano social da época e com uma trama brilhante onde coexistem lealdade e cobiça ou amor e perdão, O pecado e a honra é uma obra apaixonante, que não deixará de prender o leitor mais exigente.

Sobre a autora:
Maria João da Câmara nasceu em Lisboa, em 1964. Estudou História na Universidade Nova de Lisboa, é mestre em História Moderna e doutoranda em Arquivística Histórica.
Autora de vários trabalhos científicos na área da História, dedica-se actualmente à escrita e à investigação, tendo publicado os romances históricos Um Príncipe Quase Perfeito e Crónica de Amor e Mar e os ensaios Pedro de Figueiredo (1657-1722) – Uma Biografia, João Branco Núncio (1901-1976), História do Desporto Equestre Português, Orey, Uma Família, Uma Empresa – 1886-2006 e Cristo Rei, Espiritualidade e História.
O Pecado e a Honra é a sua primeira obra na Oficina do Livro.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sinopse:
Em Frankenstein - o Filho Pródigo, Dean Koontz começou a contar uma nova versão do clássico da literatura gótica, na qual o demoníaco médico Victor Frankenstein continua a tentar criar uma raça de criaturas perfeitas, e apenas Deucalião, o seu primeiro «monstro», parece capaz de lhe fazer frente.
Em A Cidade das Trevas, a saga do criador e da criatura continua. Os espécimes da Nova Raça, as mais recentes criaturas de Victor Helios (antes conhecido como Victor Frankenstein), são na verdade assassinos perfeitos, e começam a espalhar um reino de terror pela cidade de Nova Orleães. À medida que Deucalião, com a ajuda de dois agentes da polícia da cidade, tenta impedi-los, vai descobrindo que estas criaturas podem ser assustadoramente semelhantes a seres humanos - sobretudo na sua tendência para a crueldade…


Quando o mal se encontra no meio de nós, quando a humanidade nos é retirada e ficamos desprovidos de sentido, quando tudo o que conhecemos é blasfémia às mãos de um soberano, nada é o que parece e ainda assim permanece propositadamente igual… como uma sombra às tenebrosidades que se adivinham.
Frankenstein, A Cidade das Trevas é a continuação de uma realidade arrepiante e assustadora transportada para os dias de hoje e inspirada por uma lenda do passado. Dando continuidade ao livro anterior em 24 horas acompanhamos personagens já nossos conhecidos que se encontram à beira do abismo onde nem verdadeiro monstro se salvará. Esta é uma leitura que consegue transmitir ao leitor a sensação de morte iminente, onde me imaginei a lidar com o fim da nossa Era num quotidiano exactamente idêntico ao que conheço, assustador.
A escrita de Dean Koontz poderia ser um bom guião de qualquer filme de terror, ficção científica e policial, onde acompanhamos todo género de acontecimentos com um suspense tremendo ao longo de 80 capítulos muito breves.

O medo é a sensação proeminente durante toda a leitura, abafando-nos o espirito e mantendo-nos inquietos, sequiosos de esperança, até um final que promete abanar todos os nossos alicerces de sanidade. O casal de polícias Michael e Carson são quem melhor nos transmite esta sensação neste segundo livro. Portadores da verdade, e impotentes face ao inimigo, são estas duas personagens que muitas vezes nos aliviam a tensão com o seu humor pontual e diálogos mordazes, quase insanos, enquanto reflectem sobre o que os persegue. O seu destino está traçado, cada segundo à procura de armas e respostas pode ser o último e é impossível deixarmos de nos colocar na sua pele.

Deucalião, a primeira concepção de Victor e a que mais vestígios carrega de humanidade, é quem menos se destaca neste livro ao contrário do seu criador, Frankenstein que finalmente se depara com controvérsias nos seus seres da Nova Raça, embora não considere algo negativo, simplesmente aprecia as mutações como nós reflectiríamos sobre um genocídio, chocante. Sentindo-se cada vez mais impulsionado a conceber e perto do seu objectivo maior esta personagem não tem limites para as suas atrocidades que me chocaram ainda mais que no primeiro livro, sendo latente a sua loucura e enervando-me cada vez mais como leitora.

Quanto aos seres da Nova Raça, algo está definitivamente a mudar e não é para melhor. Neste livro exploramos mais aprofundadamente as inúmeras características que podem ter, o método de criação e as suas funções, resumidamente o motivo da sua natureza, bem como algumas falhas naquilo para o qual foram concebidos desenvolvendo pequenas necessidades que são um indício do princípio do fim do seu criador. São vários os que nos são apresentados e alguns já nossos conhecidos começam a tecer contornos perturbadores. Destaca-se Erika, um casal de assassinos, um padre, alguns elementos que trabalham na casa de Victor entre outros. Muitos deles conseguem impressionar o leitor, quer pelas suas atitudes, quer pela forma como são desprovidos de livre arbítrio e recheados de instintos primitivos.

Pessoalmente, quando terminei este livro, tal como aconteceu com o primeiro, obriguei-me a uma pequena reflexão sobre o ser humano, os seus valores e pecados, bem como tudo aquilo que nos faz como ser racionais e, embora a temática evidente desde o princípio recaia sobre o desprovir de determinados sentimento ao homem para que este seja mais perfeito, na minha opinião a falha de Frankenstein debate-se numa única constante inerente a qualquer ser vivo, a evolução, o sonho e o pesadelo de qualquer um de nós.

No que diz respeito a Dean Koontz é evidente que o seu trabalho pesquisa foi exaustivo, e confirma-se de diversas formas inclusive através de pequenas anomalias que nós, enquanto humanos, nos esquecemos constantemente.
Apesar de já ter lido criticas em relação à escrita deste autor, eu nada tenho a apontar, apresenta-se com pequenos capítulos direccionados a todos os interveniente e com um tempo de história curto em que percorremos, acompanhamos, tudo ao momento com descrições assertivas muito mais direccionadas para sensibilizar o leitor emotivamente do que com cenários.

Resta-nos assim aguardar pelo final desta utopia elaborada à imagem do monstro dos tempos modernos que com toda a certeza proporcionará bons momentos de adrenalina e terror. Na continuação, Frankenstein - Morto e Vivo, iremos confirmar se a raça humana sucumbirá, ou não, ao holocausto. Uma publicação com que poderão contra já no próximo mês de Fevereiro pela já nossa conhecida Contraponto.




Opinião anterior:
(livro 1)


Título: Frankenstein, A Cidade das Trevas
Autor: Dean Koontz
Género: Terror e Ficção
Editora: Contraponto

Poucos casamentos correm conforme o planeado…

Título: Tudo se perdoa por amor
Autor: Patricia Scanlan
N.º Páginas: 500
Preço: 15 €
ISBN: 9789898228710

Sinopse:
Nada como um bom casamento… para dar início a Terceira Guerra Mundial!
E é exatamente o que vai acontecer se Connie Adams, a mãe da noiva, não conseguir melhorar as relações entre Debbie e o pai.
Barry faz questão que a sua emproada segunda mulher e a filha adolescente, sempre mal-humorada, o acompanhem no grande dia, mas Debbie preferia casar num supermercado a tê-las no seu casamento.
E, como se não bastassem já a Debbie todas estas coisas, a sua chefe anda a fazer-lhe a vida num inferno e ela começa a desconfiar que o noivo tem algumas hesitações relativamente ao casamento…
 Por isso, viverão todos felizes para sempre ou estará a família inteira a encaminhar-se para o divórcio?

«Não há dúvida que Patricia Scanlan é a rainha da ficção popular irlandesa contemporânea.» - Sunday Times
 
Sobre a autora:
Patricia Scanlan nasceu e vive em Dublin. Os seus livros, todos êxitos de vendas, estão traduzidos em várias línguas. Sempre se interessou pelo mundo da edição e trabalhou em part time como consultora numa editora internacional. Embora adore escrever ficção, Patricia anseia verdadeiramente ser convidada para escrever um livro sobre os Grandes Spas de Luxo do Mundo ou as Lojas Mais Elegantes de Paris… não importa quais.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012



Em parceria com a preciosa editora ASA vamos hoje dar inicio a um novo passatempo muito romântico.

Para sortear temos um exemplar do livro Mil Noites de Paixão da conceituada autora Madeline Hunter.

As regras são as de sempre e para ganhar esta obra sensual têm apenas de responder acertadamente a todas as questões.

As respostas podem ser encontradas AQUI! 

Regras de participação:
1. Passatempo válido até 23h59 do dia 31 de Janeiro de 2012 (terça-feira).
2. Só é possível uma participação por pessoa e e-mail.
3. Só serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
4. O vencedor será sorteado aleatoriamente, será posteriormente contacto por e-mail e o resultado será anunciado aqui, no blogue.
5. Todas as participações com questões erradas e/ou que não obedeçam às regras serão automaticamente anuladas.
6. A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio no correio de exemplares enviados pela própria e/ou pela editora
7. Boa Sorte!

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Título: Mil Noites de Paixão
Autor: Madeline Hunter
N.º Páginas: 336
Preço: 16.90€
ISBN: 978-989-23-1672-7

Sinopse:
Eles não têm absolutamente nada em comum.
Lady Reyna é uma mulher virtuosa e erudita, que preferia morrer a quebrar uma promessa ou voto.
Ian de Guilford é um sensual mercenário, um cavaleiro errante cujo temperamento fogoso lhe valeu a alcunha de Senhor das Mil Noites.
Ela não conhecia a sua fama quando, fazendo-se passar por cortesã, transpôs as linhas inimigas com um plano desesperado para salvar o seu povo. Agora que está frente a frente com o guerreiro a cujos encantos, diz-se, é impossível resistir, Reyna apercebe-se de que subestimou o seu inimigo. Ele está decidido a tudo para subjugar a sua virtude. A bem do seu povo, ela não pode ceder... e a sua audácia leva-a a fazer algo com que nunca sonhou: pôr em jogo o seu coração.


Sobre a autora:
Madeline Hunter publicou o seu primeiro romance em 2000. Escreveu já vinte romances históricos e ganhou por duas vezes o prémio RITA, da Romance Writers of America, com Stealing Heaven, em 2003, e Lessons of Desire, em 2008. Quase todos os seus livros figuraram na lista dos mais vendidos do USA Today e é uma das autoras favoritas da publicação Romantic Times. As suas obras encontram-se traduzidas para doze línguas, tendo vendido seis milhões de exemplares. Para além de O Protector, no catálogo da ASA figuram já os seus romances As Regras da Sedução, Jogos de Sedução, Casamento de ConveniênciaOs Pecados de Lord Easterbrook e O Protector. Doutorada em História de Arte, dá aulas numa universidade.
Para mais informações sobre a autora pode consultar o site www.madelinehunter.com
Pode também visitar o blogue Chocolate para a Alma
chocolateparaalma.blogs.sapo.pt
Já conhecem?


Título: A Vingança do Lobo
Autor: Vítor Frazão
N.º Páginas: 448
ISBN: 9789898222336

Sinopse:
No Parque Nacional de Olympic, sobre um crepúsculo enublado, dois campistas são atacados. Dias depois, em pleno Parque Central de Nova York, três corpos aparecem mutilados, alimentando a imaginação dos media. O que eles não sabem é que ambos os crimes são mais do que aparentam.
Dez anos após ter desertado do seu clã, Lance "Meia-Raça" Fenrison, um lobisomem híbrido, volta à cidade Nova York para se vingar do homem que lhe matou a mulher e a filha. No outro lado do espectro está Isabel Martínez, uma agente da polícia, que ao encontrar-se acidental com Lance é atirada de cabeça para uma realidade que nem sonhara existir, levando-a a duvidar da própria sanidade. O mero regresso de Lance à Grande Maçã acaba por ter mais repercussões do que este poderia imaginar e, sem dar por isso, o licantropo vê-se alvo não só dos Obliteradores, uma sociedade dedicada ao extermínio de todas as criaturas paranormais, como do seu próprio clã. Vale-lhe uma inesperada e invulgar aliada, Eleanora "Lâmina Sangrenta" Reeve, uma vampira atípica, que tem uma única e ambiciosa missão: unir todas as divergentes espécies de Ocultos, o nome colectivo dados aos seres sobrenaturais, contra os Obliteradores que insistem em caçá-los.
Uma obra com sentimentos profundos, quem sabe apaixonante para quem lê. Palavras de Amor são um capítulo de uma vida...
Obliteradores obcecados e inflexíveis; lobisomens belicosos e tribalistas; vampiros inteligentes e intriguistas; feiticeiros poderosos e vulgares humanos que vivem as suas vidas, ignorando que em plena Nova York do século XXI o sobrenatural continua tão forte como em qualquer supersticioso e atrasado canto do mundo medieval.

Acompanhe a par e passo todas as novidades sobre Victor Frazão e as Crónicas Obscuras em: 


domingo, 22 de janeiro de 2012
Sinopse:
No ano 2195, em Nova Vitória (uma nação altamente tecnológica baseada nas maneiras, na moral e na moda da antiga era), uma jovem da alta sociedade, Nora Dearly, está mais interessada na história militar e nos conflitos políticos do país do que nos chás e bailes de debutantes. Contudo, após a morte dos pais, Nora fica à mercê da autoritária tia, uma mulher interesseira e esbanjadora que desperdiçou a fortuna familiar e agora pretende casar a sobrinha por dinheiro. Para Nora, nenhum destino poderia ser pior – até que sofre uma tentativa de sequestro por parte de um grupo de mortos-vivos.
Isto é apenas o início. Arrancada do mundo civilizado, vê-se subitamente numa nova realidade que partilha com zombies devoradores, misteriosas tropas vestidas de preto e «O Lázaro», um vírus fatal que ressuscita os mortos tornando o mundo num inferno.

*** Peço desculpa aos meus leitores pela extensão desta opinião. ***

Uma fascinante viagem ao futuro onde o passado e a tecnologia se encontram, onde a beleza e o horror se unificam e onde o mais agridoce dos sentimentos despertará entre o começo do caus e o fim da humanidade.
Eterna Saudade transporta o leitor muito para além da sua imaginação, misturando homogeneamente os conceitos da cultura vitoriana, zombies de qualquer clássico de terror e tecnologia que ainda não ousámos inventar. Esta é uma narrativa que pretende ser acima de tudo um romance, mas que nos privilegia com momentos de tensão constantes, sendo evidente a mensagem que a autora pretende passar relativamente a estigmas morais que, no final, acabam por elevar esta leitura a um patamar de reflexão.
Lia Habel surpreende pelo seu enredo inovador que se apresenta através de uma escrita simples mas perfeitamente adaptada ao cenário em que estamos inseridos, com um ritmo imparável e cativante este é um livro impossível de largar até estar terminado.

Quando começamos a folhear um livro e logo na primeira página lemos «… todos eles dentes e fome …» o nosso entusiasmo só pode elevar-se, ainda para mais quando a sinopse e a capa, por si só, já nos conquistaram. Mas nem só de aparências se faz um livro e este têm muito por onde nos prender a começar pelos suas personagens que, não sendo particularmente marcantes, sem dúvida que nos transmitem algo de especial.

Nora Dearly é uma jovem da classe alta graças aos feitos científicos do seu pai no passado. Precocemente perdeu todos os que lhe eram próximos e as proporções do seu drama tendem a adquirir um nível de gravidade catastrófico ao sofrer um sequestro capaz de a levar á loucura. Sim eles, os raptores, estão mortos, gostam de sangue e querem ser seus amigos! O seu contacto com a civilização passa a ser nulo, os seus medos e agustias aumentam a cada hora que passa, mas ela aprendeu a disparar uma arma e não tem medo de a usar!
Sensível e forte, persistente e teimosa, fazem de Nora uma personagem elegante e guerreira ao mesmo tempo, conseguindo através da sua personalidade criar algo laço com o leitor. Ela é os nossos olhos no desconhecido e irá apaixonar-se pelos nossos pesadelos.

Bram é O Personagem. Desde cedo apercebemo-nos que este Ser bélico tem muito para dar e a sua caracterização foi delineada com vista a demonstrar o que de melhor existe em todos aqueles que foram contaminados pelo «Lázaro». Batalhador, vencedor entre a sua espécie, este jovem tinha 16 anos quando foi infectado e, ao ver Nora pela primeira vez, sabe que ela é aquela por quem sempre esperou, pelo menos enquanto respirava. Com a noção perfeita de que o seu valor é irrelevante entre os vivos, tem em mãos uma vida para encontrar, outra para salvar e apenas espera manter-se intacto até ao fim de mais esta missão. Gostei muito desta personagem, é a minha favorita.

Relativamente a este casal principal, apesar da sua juventude, existe uma maturidade latente, nos vivos pela cultura social que se rege por regras antiquadas e nos mortos pelas experiencias ultrapassadas. Ainda assim, tudo se encontra a um nível que tem de ser lido para que haja compreensão da perfeita harmonia que a autora ousou criar.

Palmela, a melhor amiga de Nora, não pode ficar esquecida e a verdade é que acaba por ter um enorme destaque e relevo durante a segunda metade da história, é através desta personagem que encontramos o nosso elo de ligação à propagação da “doença”, proporcionando-nos a visualização do seu impacto social. Palmela oferece-nos ainda bons momentos de tensão e entusiasmo de que desfrutei emotivamente.

O cenário adoptado é o modelo vitoriano seguido estritamente, como lei, para os habitantes de Nova Vitória («civilização, ordem e prosperidade»), que por sua vez contrasta com o submundo onde residem os portadores do «Lázaro». Juntamente com o cenário e enredo fascinantes, foi curioso verificar a investigação tecnológica que se encontra por detrás da história e, acima de tudo, confirmar a inteligência da autora ao conjugar o seu trabalho de pesquisa com o tempo histórico passado, presente e futuro em personagens tão tangíveis como qualquer um de nós.

Quando à escrita de Lia Habel nada tenho a apontar, é cuidada e acessível, e os capítulos encontram-se divididos entre os personagens principais, Palmela, Nora, Bram, Vilões e o  Dr. Dearly .
Esta é uma narrativa que agradará a um público diversificado pelo seu conceito inovador e se o leitor optar por uma leitura atenta, confirmará que as entrelinhas reflectem uma crítica a diversos actos do ser humano, relevando o conceito de humanidade mentalmente e o oposto, através de uma concepção mais estética sobre a beleza que se espelha através de humor negro muito particular onde a autora brinca com a morte e a putrefacção.

Pessoalmente, eu adoro a época vitoriana, adoro zombies e dei por mim a ler até me doer a vista perdendo-me completamente neste livro de ficção, história e tecnologia envolvidos numa ilusão que é descrita através de cenários díspares num tempo de narração curto. Disponível desde o 18 de Janeiro, esta narrativa deixa tudo em aberto para uma continuação que aguardo ansiosamente. Uma  fantástica aposta Contraponto que começa o ano em grande e, como sempre, a marcar pela diferença.

Título: Eterna Saudade
Autora: Lia Habel
Género: Romance
Editora: Contraponto

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