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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
Fascinada por outros mundos e uma eterna sonhadora, assim eu sou.

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sábado, 30 de novembro de 2013

Sinopse:
Inspirado em acontecimentos verdadeiros, traduzido em diversas línguas e largamente difundido pelo mundo inteiro, O Homem Que Plantava Árvores é uma história inesquecível sobre o poder que o ser humano tem de influenciar o mundo à sua volta.
Narra a vida de um homem e o seu esforço solitário, constante e paciente, para fazer do sítio onde vive um lugar especial.
Com as suas próprias mãos e uma generosidade sem limites, desconsiderando o tamanho dos obstáculos, faz, do nada, surgir uma floresta inteira – com um ecossistema rico e sustentável.
É um livro admirável que nos mostra como um homem humilde e insignificante aos olhos da sociedade, a viver longe do mundo e usando apenas os seus próprios meios, consegue reflorestar sozinho uma das regiões mais inóspitas e áridas de França.

Não é por acaso que a pequena grande história de Jean Giono é comparada ao clássico infantil Le Petit Prince, um clássico com o poder de fazer os graúdos recordar a meninice e, principalmente, com a capacidade de os fazer recordar valores que vão sendo esbatidos com o tempo. O Homem Que Plantava Árvores tem o mesmo busílis, tem a capacidade de nos gestos mais simples nos mostrar o extraordinário, de nos tempos mais árduos nos mostrar a esperança e, abençoadamente, nos provar que ainda existe paraísos na Terra criados às mãos do homem – por muitas vezes que este se esforce para provar o oposto.

A narrativa, como facilmente se comprova pelo tamanho deste título, é breve mas nem por isso menos intensa, pelo contrário. Carregado de simbolismo e significado, este texto leva-nos até uma antiga zona árida dos Alpes, à descoberta de um homem que perdeu tudo e, sem nada, sem pedir nada do universo, criou um pequeno mundo.

Contada na primeira pessoa por um alpinista que após a Primeira Guerra resolve fazer uma jornada por terras altas, tentando possivelmente reencontrar-se longe dos homens, esta narrativa atravessa décadas com uma cadência previsível mas que, no entanto, nos encaminha para um deslumbramento que só é possível ao ritmo certo, seguindo o ritmo da própria vida.

Portanto, “era uma vez” um alpinista que a determinado dia da sua viagem, a mais de mil metros de altitude, se vê sem água e sem a esperança de a encontrar nas terras desoladas onde se encontrava. No entanto, contra todas as expectativas, depara-se com um pequeno rebanho e o seu pastor solitário, cujo nome víria a ficar para sempre na sua memória, Elzéard Biuffier.
Pressentindo as dificuldades do viajante, Elzéard oferece-lhe água e convida-o para uma refeição quente, que depressa se transforma numa noite de estadia. No dia seguinte, após um serão a observar os estranhos hábitos do contido pastor, o alpinista resolve acompanhar ao longe o dia-a-dia do estranho homem naquele lugarejo distante do mundo e, para grande surpresa, descobre que este planta todos os dias, com as suas próprias mãos, cem bolotas - na tentativa de reflorestar o lugar inóspito onde escolheu passar os seus dias.

Pelo parágrafo anterior, sei que esta história deve parecer-vos realmente descomplicada e de facto é. Efectivamente, a sua moral e a sua essência estão nas entrelinhas, na consciência de quem lê e, obviamente, nos desenlace que ao longo dos anos se vai desenvolvendo aos olhos do alpinista – com as suas visitas esporádicas a Elzéard Biuffier.

Hoje em dia, mais do que há cem anos, acredita-se e vive-se em função do imediato, do prazer e os benefícios do fugaz. Talvez o “american dream” seja um dos responsáveis, não importa, mas eu, Joana, sinto que o “aqui e agora” nunca foi tão relevante, sinto que as engrenagens da minha mente já não têm tempo para ousar o imaginário exceptuando na ficção – sou perfeccionista e vejo ao meu redor o produto protótipo inacabado ser aceite pela sociedade –, e este livro, este bendito livro vem provar o contrário.

A sapiência, a organização e a ponderação consciente de que a criação de algo maior necessita do factor tempo dão a esta narrativa a intemporalidade que acompanha os feitos do seu protagonistas que, tal como a obra de arte natural concebida, perdura muito tempo após a sua morte. Um feito glorioso em que os mais sóbrios encontrarão encanto.

Para lá deste texto, produzido como uma narração própria dos contos capazes de passar de geração em geração, é possível encontrar nesta versão cartonada desenhos primorosos em que o traço se encontra em sintonia com a narrativa, bem como citações e aforismos no final que vão de encontro à história de Elzéard, do próprio e do homem.

Em suma, um livro que nos faz esquecer tudo o que pode ser considerado fútil, supérfluo até, e que nos encaminha para uma reflexão mais profunda sobre o que de facto significa estar vivo.

«O poeta deve ser um professor de esperança»

Um homem que plantou árvores... aqui.

Esta é uma aposta Marcador, em versão cartonada, que eu recomendo vivamente a todos os leitores deste espaço. Leia, tenho a certeza que irá adorar.

Título: O Homem Que Plantava Árvores
Autor: Jean Giono
Género: Clássico; Conto
Editora: Marcador

Para mais informações sobre o livro O Homem Que Plantava Árvores, clique aqui.


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Com a fantástica colaboração Editorial Presença, dou hoje início a um novo passatempo para comemorar o relançamento de Em Chamas e a estreia nacional do filme!

Para sorteio, está disponível um exemplar do título Em Chamas – Os Jogo da Fome (livro II) de Suzanne Collins. Uma distopia extraordinária!

Para se habilitar a este exemplar, terá unicamente de responder às questões abaixo colocadas e ter em atenção as regras de participação.

Descubra as suas respostas aqui no Blogue ou em Editorial Presença.



Para mais informações sobre o livro Em Chamas, clique aqui.

Boas leituras*

Regras de participação:
1. Passatempo válido até 23h59 do dia 5 de Dezembro de 2013 (quinta-feira).
2. Só é possível uma participação por pessoa e e-mail.
3. Só serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
4. O vencedor será sorteado aleatoriamente, será posteriormente contacto por e-mail e o resultado será anunciado aqui, no blogue.
5. Todas as participações com questões erradas e/ou que não obedeçam às regras serão automaticamente anuladas.
6. A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio no correio de exemplares enviados pela própria e/ou pela editora.

7. Boa Sorte!


Filme estreia hoje em Portugal, 28 de Novembro de 2013!
Em Chamas, tal como Os Jogos da Fome, é também apresentado em versão cinematográfica, realizado agora por Francis Lawrence e com Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson e Liam Hemsworth, nos três principais papéis.


Título: Em Chamas – Os Jogos da Fome – Livro II
Autor: Suzanne Collins
Título Original: Catching Fire – The Hunger Games
Tradução: Jaime Araújo
Coleção: Via Láctea Nº 90
N.º Páginas: 280
PVP: 14.90 €
ISBN: 9789722344425
Coleção: Via Láctea Nº 90

Sinopse:
Pela primeira vez, em Panem, dois adversários conseguem o que até aí era considerado impossível: sobrevivem juntos aos terríveis Jogos da Fome. Mas o estratagema de Katniss Everdeen e Petta Mellark, para não terem de escolher entre matar ou morrer, semeia o fogo da revolta entre os oprimidos.  Snow, o cruel presidente de Panem, apercebe-se do perigo que aquele feito encerra e engendra um plano para acabar de vez com a rapariga que simboliza a rebelião. O Capitólio fará o que for preciso para acabar com qualquer veleidade de derrubar o seu poder...

* 12ª edição *
* Alteração de capa com imagem do filme *


Os Jogos da Fome (Opinião)

Sobre a autora:
Suzanne Collins é autora de literatura infantojuvenil e argumentista de programas televisivos infantis, nomeadamente para a Nickelodeon. O primeiro volume desta trilogia esteve no top de bestsellers de diversos jornais e revistas norte-americanos durante várias semanas consecutivas e foi considerado o melhor livro de ficção infantojuvenil no ano da sua publicação pela Publishers Weekly e pelo The New York Times. O segundo volume, Em Chamas, esteve 50 semanas consecutivas na lista de bestsellers deste jornal e foi traduzido em 32 idiomas.

Saiba mais em: Editorial Presença
Para mais informações sobre o livro Em Chamas, clique aqui



Sinopse:
Bethany, um anjo enviado à Terra, e o namorado mortal Xavier estiveram no Inferno e conseguiram regressar. No entanto, o seu amor irá submeter-se à mais dura prova, uma vez que, ao casar, desafiaram as leis do Céu.
Nem os irmãos arcanjos de Bethany, Gabriel e Ivy os poderão ajudar na Corte Celestial, que investiga a fundo a desobediência de Bethany.
Ela sabe que o castigo será terrível.
Os Anjos Caídos estão empenhados em separar Beth e Xavier, destruir Gabriel e Ivy e levar o lado obscuro ao poder angélico dos Céus. A única coisa que podem fazer para evitar as forças do mal é esconderem-se à vista de todos e misturarem-se com os mortais da mesma idade. Gabriel e Ivy mandam-nos para a Universidade, mas não podem revelar a ninguém a sua relação, e onde se vão cruzar com o perigo em cada esquina. Bethany é chamada ao Céu e o veredicto é ficar lá para sempre. Terá de enfrentar a terrível possibilidade de deixar o amor da sua vida?

Ando destreinada no que respeita a escrever opiniões pelo que permitir-me-ei começar esta pelo fim, ou seja, pela sua lição de moral que é tão profundamente lamechas quanto um cliché: o Céu, ou o Paraíso se assim o desejarem, é onde mora o nosso coração...

Literalmente falando e positivamente influenciada pelo tempo frio que se faz sentir, esta narrativa é tudo o que eu poderia ter desejado para aconchegar-me e aquecer-me por dentro, expondo e colocando o ponto final perfeito naquela que é, para mim, uma das mais bonitas histórias de amor que li dentro deste género literário.

O culminar desta trilogia de fantasia, repleta de criaturas divinas e personagens diversificadas, foi tudo o que eu esperava e um pouco mais. Céu é um livro que se torna arrojado em relação ao sobrenatural, explorando todas as possibilidades da sua temática, e, mais importante, cuida falar de questões reais pertinentes página após páginas, abrindo as portas a partir da Terra para uma visão original da morada celeste, uma visão que poderá tornar-se um verdadeiro inferno.

Em momento algum Beth e Xavier ousaram pensar que a consagração do seu amor pudesse vir a tornasse na a mais dura batalha que tiveram até ao momento – eles ultrapassaram o que os separava e lutaram contra um mal imenso, eles tiveram de fugir de Hades para escapar à própria Besta –, e agora, quando finalmente a paz parecia começar a instalar-se, é a milícia divina que terão de enfrentar, e atendendo ao facto de estar em jogo esperança, nunca o poder do amor foi tão crucial como até então.

Alexandra Adornetto, agora com 23 anos, foi inteligente na forma como conduziu a sua história, deixando uma ou outra ponta solta quanto aos destinos que não podem ser mudados e dando tudo por tudo pelas existências ficcionais em que acreditou.
Beth, a jovem Anjo que conhecemos Halo, amadureceu tanto desde o início que sem dúvida alguma encontrou toda a humanidade que intimamente sempre existiu dentro de si. Tornou-se uma mulher belíssima e temerosa, com a coragem e as fraquezas de se ser gente, ao ponto de nem as suas asas nem a sua luz terem valor quando compradas com a descoberta do amor – e que amor!
Xavier, que conhecemos adolescente e inseguro, senhor de uma honra característica e estimas que deveriam fazer parte de todos nós, soube tornar-se o herói aguardado sem transcender a sua realidade, e quando o fez sofreu com isso, e quanto mais sofreu mais importância deu ao que o tornou o homem maravilhoso do qual tive que me despedir no final deste terceiro livro.
São um casal magnífico, com uma atracção electrizante que não poderiam deixar de ter, mas também com o ciúme e com as provações amplificadas que todos os grandes casais da história conheceram. Foram o universo de ambos e nunca se esqueceram de quem os rodeava, de todas as outras almas que somavam ao resultado que pretendiam, a felicidade.

O leque de personagens secundárias neste último título é extenso, todos tiveram espaço para brilhar ou assombrar esta narrativa uma última vez. Destaque para Gabriel e Ivy, que finalmente alcançaram com a distância que os caracteriza, enquanto Arcanjo e Serafim, a essência do ser humano – foram os verdadeiros irmãos que Beth poderiam ter desejado e, talvez por isso, pareceram duros na sua sensatez, mas nos momentos decisivos foram certamente também heróis aos meus olhos. 

A melhor amiga de Beth, Molly, é um dos pontos-chave que torna esta história terrena, credível. Neste terceiro livro ela abre uma janela para o fanatismo religioso, para a violência nas relações afectivas, no namoro, para os perigos da possessividade mas, também, para a mais-valia de se ter bons amigos por perto quando estamos cegos aos nossos medos e anseios. Uma ligação ao real que sem dúvida marca o livro pela diferença e que alerta os leitores para dores escondidas em falsos sorrisos de alguém que se apagou sem que se apercebesse.

Adorei todo o lado paranormal. Mais uma vez os leitores podem contar com demónios, seres celestes e fantasmas, ou seja, muitos exemplos de crenças e misticismos que são lugares comuns aos nossos dias – e, como estes, a conotação por vezes religiosa mas que eu não considero exagerada distintiva da história. No entanto, existem novas aparições e Os Sete são algo realmente assustador, representando a milícia do Céu, representando a imperfeição do que se julga irrepreensível mas que, a par com a criação, tem erros fatais para a humanidade.


É um grande final repleto de reviravoltas e momentos altos que termina em pleno uma narrativa de entretenimento que poderá ficar na memória de muitos leitores, pelas provações, as fugas e as ilusões de bem, mas principalmente pelas emoções que transmite, marcando assim quem goste de usufruir de uma boa história de fantasia para um público adolescente mas também mais maduro, que tem como tema principal o amor em todo o seu esplendor.

Alexandra Adornetto esteve particularmente bem na escrita deste texto, oferecendo cenários de sonho, diálogos pertinentes e uma fluidez rumo ao desenlace que prendeu a minha atenção até ao último momento.
As suas descrições não foram exaustivas em relação a nenhuma temática em particular, exceptuando talvez em relação à importância dos afectos, mas foram suficientemente pertinentes para dar a ver os novos ambientes sobrenaturais e para deixar passar a atmosfera contemporânea em que as suas personagens tiveram inseridas.
Em suma, esta é uma autora muito jovem e com imenso potencial que espero voltar a ler no futuro, pois acredito que se entrega de corpo e alma ao que faz conseguindo, certamente, um bom resultado nas suas aventuras.

Pessoalmente, já sabem o quanto me apraz terminar trilogia ou série, núcleos de livros que ficam a embelezar a minha estante e a preencher-me de recordações. Não esquecerei tão cedo a trilogia Halo, isso é certo, e hei-de recomenda-la a alguns jovens que conheço em tempos vindouros, não apenas como uma história para se divertirem mas como um artefacto com palavras que os ajudarão a crescer e aprender um pouco sobre o significa ser-se humano e o quão precioso isso é quando comparado com o extraordinário.
Como nota final, adorei romance, claro. Esta história de amor é lindíssima.

Livro 1 e 2
Trilogia Halo
Esta é uma aposta Planeta Manuscrito inserida na sua colecção Livros Fantásticos, que eu recomendo sem restrições aos fãs do género, com a certeza de boas horas entre páginas.

Halo (Opinião)
Hades (Opinião)


Título: Céu
Autora: Alexandra Adornetto
Género: Fantasia; Romance


domingo, 24 de novembro de 2013

Pleno de romance, paixão e reviravoltas inesperadas, foi um dos livros mais disputados na Feira de Frankfurt do ano passado, está traduzido em mais de vinte idiomas, e os seus direitos para filme já foram adquiridos pela Warner Bros.

Título: A Caminhar Para o Desastre
Autor: Jamie McGuire
N.º Páginas: 404
PVP: 17.76 €
ISBN: 9789896573571

Sinopse:
Travis Maddox perdeu a mãe quando ainda era criança.
O conselho que ela lhe deu na hora da despedida foi: «Ama intensamente… Luta ainda mais intensamente…»
Travis Mad Dog Maddox é um lutador clandestino, oriundo de uma família de vários irmãos, mais velhos e duros.
Mau rapaz por definição, todas as noites leva para casa uma rapariga diferente. Até conhecer Abby Abernathy…
Mal-afamado em todo o campus devido às suas relações com as mulheres, não é de surpreender que Abby rejeite os avanços de Travis; o máximo que aceita é ser sua amiga. No entanto, Travis está decidido a lutar pelo seu coração…

Este segundo livro da série acabou de ser publicado nos Estados Unidos e entrou directamente para o n.º1 do top de vendas.




Um Desastre Maravilhoso (Opinião)

«Mal penetramos na mente de Travis Maddox deixamos de ter vontade de sair.» - Collen Hoover, autora best-seller do New York Times

«Insanamente viciante. Sexy, intenso e perfeito. Jamie McGuire escreveu um excelente livro.» - Jessica Park, autora best-seller do New York Times


Sobre a autora:
Autopublicou Um Desastre Maravilhoso, que conseguiu ser best-seller do
New York Times e do USA Today. É também autora da série Providence.
Licenciou-se no Northern Oklahoma College em Ciência Aplicada de
Radiografia e vive com as duas filhas em Oklahoma.
É escritora a tempo inteiro e trabalha actualmente em vários projectos.
Visite o seu sítio em: www.jamiemcguire.com

Saiba mais em: Planeta Manuscrito


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sinopse:
Uma história de amizade, amor, sobrevivência, e acima de tudo esperança.
Depois de concluir a sua longa e árdua viagem até à base dos Rebeldes em Shadowfell, Neryn tornou-se uma parte vital da rebelião contra o tirânico rei Keldec. Cada passo que dá no sentido de aperfeiçoar os seus dons e afirmar-se como uma Voz poderosa e única na sua geração leva-os mais perto da meta pretendida. Mas, primeiro, Neryn terá de procurar os Guardiães das quatro Vigias para completar o seu treino e o tempo escasseia. Entretanto, Flint, o espião rebelde por quem se apaixonou, foi de novo chamado à corte de Keldec. O laço que os une é tão forte que, mesmo à distância, se procuram em sonhos, partilhando momentos preciosos – ainda que inquietantes – da vida um do outro. Os Rebeldes vêem com desconfiança este novo amor. Permitir que a emoção se sobreponha à lógica fria do movimento pode pôr tudo em risco. No fim, o amor poderá revelar-se a força motriz da esperança ou a brecha traiçoeira na armadura da rebelião.


Recordo bem que para mim, que nunca tinha tido o prazer de ler Juliet Marillier, Shadowfell foi como o abrir de uma janela para um novo mundo, um mundo onde reinava a beleza da simplicidade, onde a bondade se encontrava a florescer timidamente mas com raízes fortes entre o mal e onde a partilha era exposta como lição primordial, numa terra consumida, mirrada pelo egoísmo do seu rei. Agora, finda a leitura de O Voo do Corvo e após ter tido a oportunidade de conversar com a autora, a sua história e os desígnios dos seus intervenientes alcançaram uma nova consistência, uma nova dimensão em que a aprendizagem ficcional se mescla com o real de forma palpável, através de uma aventura épica com valores contemporâneos onde a essência da fantasia brota ao longo de todas as páginas.

Doravante as minhas palavras pecam por se dirigirem apenas aos leitores que leram o primeiro livro da trilogia da Shadowfell pois, tal como fica claro na sinopse, há o risco de spoilers.

Esta narrativa retoma o texto onde terminou o seu antecedente, com chegada de Neryn à fortaleza dos rebeldes que tanto se esforçou para alcançar, Shadowfell.
Depois da sua imensa caminhada, repleta de perigos mas também de conhecimento e amadurecimento - em que teve oportunidade de criar laços com os Boa Gente -, a protagonista deste enredo encontra-se agora entre aqueles que procuram banir o verdadeiro mal do Reino de Alban, muitas vezes sacrificando sentimentos em prol da vingança pelas suas perdas irreparáveis, lutando pela Causa que acreditam ser justa aos tempos cruéis em que tentam sobreviver.
É certo que passado doloroso jamais será esquecido e que o presente se adivinha mais arriscado que nunca, mas existe uma batalha para organizar da qual dependerá o futuro de todos e todos, por sua vez, dependem das conquistas da Voz. Este é, portanto, um livro em que Neryn terá que dar tudo por tudo encetando mais uma longa jornada rumo à erudição, uma jornada em que não estará só podendo contar com a valorosa companhia de Tali e de muitas criaturas mágicas que seguirão de perto os seus passos.

Após um primeiro livro em que tudo era novidade, é tempo de tecer e fortalecer laços, desta feita o leitor fica a conhecer profundamente os anseios do coração de todos os intervenientes da narrativa, sejam eles os Rebeldes, criaturas fantásticas ou até o suserano tirano Keldec, ao longo deste texto que se dedica, em partes iguais, ao desenvolvimento do enredo e às suas inúmeras personagens.

No que respeita aos Rebeldes, muitos são aqueles que contribuem para dar a conhecer o dia-a-dia na fortaleza de Shadowfell, deixando subentendidos os seus passados difíceis e, mais importante, permitindo que o leitor descubra os planos futuros de insurgência contra rei. De todos eles, para lá de Flint e Neryn, creio que é relevante destacar Regan, o líder, e Tali a guerreira.
Regan é típica voz do povo, sabendo exactamente como cativar, conquistar e a levar a que outros se juntem à sua luta. Justiça e honra são características inatas à sua pessoa, querida por todos e seguida como um exemplo entre os seus. 
Tali, por sua vez, consegue ser o oposto, representando a necessidade de existir um lado menos emocional no texto. No entanto, a sua bravura, força e astucia são instrumentos poderosos e que fazem de si uma guerreira exemplar, mestra na sua arte, algo crucial e necessário nestes tempos difíceis. Devido à sua viagem com Neryn, ficamos a conhecê-la de uma forma íntima, acabando por ser uma personagem com elevado protagonismo que facilmente conquista quem lê.

No que respeita aos Boa Gente nem sei por onde começar. Eu já adorava Salva, Oco e Gorro Vermelho, que revemos durante a leitura, mas fiquei encantada com a diversidade de povos que nos são apresentados – como citei a jornada da protagonista é longa, da Vigia do Sul à Vigia do Norte, e a diferença entre os seres, todos eles peculiares, é uma mais-valia que comprova a criatividade surpreendente e inspiradora de Juliet.
A Bruxa das Ilhas, Vigia do Oeste, é dos meus seres mágicos favoritos, pela sua ligação ao mar e pelo facto de ter um companheiro bem conhecido do folclore, um selkie, mas também no Norte me apaixonei por personagens como Flow ou os Dois, que representam bem a essência do fantástico.

Este não é um texto em que o romance abunde, ou seja, em que esteja presente de forma constante, mas a forma como está representado é enternecedora. A ligação entre Flint e Neryn é realmente muito especial, ainda mais atendendo à distancia física que os separa, pelo que se verifica o florescer dos sentimentos de ambos à par com os desenvolvimentos do enredo em que cada um intervém – o amadurecimento de Neryn e o que acontece no reino pela parte de Flint, que nos permite conhecer brevemente e vil esposa do rei. Este casal é, ainda, marcado pela moralidade e os valores que os acompanham e que são um ponto-chave do livro.


Tal como aconteceu anteriormente, e é algo que me parece ser recorrente nas obras desta autora, o leitor pode contar com a abordagem constante a valores pertinentes, entre os quais se destacam a confiança e a paciência necessários para atingir metas heróicas, assim como a bondade, a partilha e a generosidade, características inatas de algumas personagens da narrativa. 
A heterogeneidade dos cenários, belíssimos, em sintonia com a natureza, tal como tudo resto, são também lugares comuns da autora, pelo que do mar às montanhas, passando por florestas ou característicos povoados, não desiludirão os fãs desta escritora - que atende aos vários elementos e lhes confere um misticismo muito próprio e em concordância com o ambiente em que se desenvolve a acção.

Em suma, este livro é tão bom ou melhor que o primeiro e prima por ter todos os ingredientes que satisfarão os adeptos deste género literário. Das lutas à magia, com um toque encantador de romance e intriga, cenários épicos e personagens singulares, fazem de O Voo do Corvo uma escolha assertiva para os fãs de fantasia.

Quanto à escrita, Juliet Marillier é mestra na sua arte, tendo um esmero incrível com todos os pormenores e tornando os sonhos mais fantasiosos realidade.
As suas descrições, cuidadas, permitem que seja passada para o leitor a excelência da sua imaginação, dando a ver os mais belos e atractivos locais em que idealiza os seus intervenientes, também estes prodigiosamente personalizados, cativando ao longo das páginas.
Uma vez mais, o final deixou tudo em aberto, com um momento marcante a reafirmar uma viragem na história - estou ansiosa por folhear a continuação. 

Esta trilogia tem sido uma surpresa maravilhosa para mim e não consigo deixar de lhe tecer elogios. Creio que tudo o que Juliet escreve, escreve com uma parte de si mesma, revelando o seu imenso talento. 
Espero, sinceramente, que mais e mais leitores descubram o prazer escondido entre leituras alternativas, tão distantes da realidade e, ao mesmo tempo, tão próximas da essência humana.
Um livro cinco estrelas que, certamente, marca as minhas leituras de 2013.

Esta é uma aposta Planeta Manuscrito que eu recomendo, sem excepção, a todos os que gostam de descobrir novos universos e também aos curiosos por fantasia, como um excelente ponto de partida para este tipo de ficção.

Trilogia Shadowfell
Livro 1


Shadowfell (Opinião)



Título: O Voo do Corvo
Autora: Juliet Marillier
Género: Fantasia




A aguardada sequela de uma das trilogias mais excitantes da literatura erótica actual: S.E.C.R.E.T.

Sem juízos. Sem limites. Sem vergonha

Este é o lema de S.E.C.R.E.T., onde as fantasias não têm regras, mas cada letra da sigla representa um critério para seguir à risca.

Título: S.E.C.R.E.T. Partilhado
Autor: L. Marie Adeline
N.º Páginas: 304
PVP: 17.76 €
ISBN: 978-989-657-452-9

Sinopse:
Este segundo livro retoma a decisão de Cassie, a protagonista, de integrar o S.E.C.R.E.T., sendo convidada a tornar-se Guia e a poder trazer um novo membro para a organização.
Ainda magoada com Will, seu patrão e amante, Cassie Robichaud mergulha no S.E.C.R.E.T., a misteriosa organização que a mudou para sempre ao realizar-lhe as mais profundas fantasias sexuais e onde passa a guiar a mais nova candidata do grupo, Dauphine Mason. Com trinta e um anos, Dauphine tem uma loja de roupa em segunda mão em Nova Orleães e um fraco por Mark Drury, uma estrela de rock local, mas é demasiado tímida para se dar a conhecer. É-lhe facultada a entrada no S.E.C.R.E.T. para reacender a sua chama sexual e encontrar a confiança necessária para pôr de novo o seu coração em risco.
Temendo que seja demasiado tarde para ela e Will, Cassie encontra inspiração ao ajudar Dauphine. As duas mulheres percorrem o caminho espinhoso entre os seus corações e as suas paixões, esperando descobrir o que realmente querem na vida e no amor.

Leia um excertoAQUI

Ao mesmo tempo atraente, libertador e emocionalmente poderoso, S.E.C.R.E.T. é um mundo onde a fantasia se torna realidade.
Livro 1



S.E.C.R.E.T. (Opinião)


«S.E.C.R.E.T. é uma refrescante e muito bem escrita história sobre uma mulher que se apaixona por ela própria. Este livro vai colidir com os leitores que se sentem inseguros quando se aborda a intimidade, e será altamente apreciado pelos leitores que procuram um pouco (ou muito) calor na sua vida.» - RT Book Reviews Magazine

«Uma ousada exploração da sexualidade feminina. Adeline inicia uma promissora série erótica com mais protagonismo feminino do que muitas do mesmo género.» - Shelf Awareness


Sobre a autora:
L. Marie Adeline é o pseudónimo de uma autora canadiana.

Saiba mais em: Planeta Manuscrito


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Quem segue este blogue de forma assídua, provavelmente têm vindo reparar na ausência de opiniões, ou mesmo divulgações, nos últimos meses. A verdade é que nível pessoal tenho tido uma imensa carência de tempo para escrever e, até mesmo, para a minha paixão, ler.


Espero que esta situação seja relativamente pontual, e não quero com isto dizer que acontecerá apenas uma ou duas vezes, porque irá acontecer com periodicidade incerta. O que espero, isso sim, compensar sempre que tenha um pouco mais de tempo e, confesso, descanso - que muito me tem faltado.

Até lá, obrigado a todos os que continuam a seguir-me, generosamente firmes, e que me motivam a conseguir ir fazendo algumas publicações… ainda que de forma irregular.


Boas leituras* 
domingo, 17 de novembro de 2013

Eu disse que ia tentar actualizar-me e cá estou eu com mais uma publicação de aquisições, embora, como vão reparar, com uma metodologia um pouco diferente e que irei manter, pelo menos, até conseguir ter esta rubrica em dia.


Separados de forma não tão aleatória, as imagens de livros que vos trago são uma mistura de todas as compras e ofertas que me têm chegado a casa ao longo dos últimos meses, digam lá que os livros não são todos lindos!? *.*


Este leque de livros ASA chegou todo na mesma encomenda FNAC. Os do autor Vikas Swarup vieram os dois pelo preço de um, ou seja, uma promoção excelente para descobrir este autor que há muito desperta a minha curiosidade. E Deslumbrante de Madeline Hunter, chegou simplesmente porque sou fã da autora.
Deslumbrante de Madeline Hunter, informações – AQUI
A Herdeira Acidental de Vikas Swarup, informações – AQUI
Quem Quer Ser Bilionário? de Vikas Swarup, informações – AQUI


Eu sei, são imensos, mas não existe um mês que a Editorial Presença não publique, pelo menos, um livro que eu queira. Paixões Secretas veio numa promoção, a preço tentação, e com a sua chegada fiquei com todos os títulos da série Princesas de Nova Iorque publicados em português na estante. 
Trash, Os Rapazes do Lixo e Lady Almina a Verdadeira Downton Abey, O Legado Perdido do Castelo de Highclere eram dois livros muito desejados e pelos quais estou muito agradecida. E tanto O Silo como Os Doze foram duas propostas Editorial Presença, que tiveram direito a passatempo – adorei-os.
Paixões Secretas de Anna Godbersen, informações – AQUI
Trash, Os Rapazes do Lixo de Andy Mulligan, opinião – AQUI
Lady Almina a Verdadeira Downton Abey, de Condessa de Carnarvon, opinião – AQUI
O Silo de Hugh Howey, opinião – AQUI 
Os Doze de Justin Cronin, opinião – AQUI


Jellicle Girl foi um livro que ganhei num giveaway no Good Reads e que queria já ter lido. Já cá está em casa há bastantes meses e estou a em divida para com a autora. Estou sempre a dizer que o vou lê-lo antes do final do ano… será?
Jellicle Girl de Stevie Mikayne, informações – AQUI




Na minha última visita a Madrid, sem saber ao certo o que trazer, resolvi apostar num autor espanhol que tivesse sucesso no seu país.
Comprei esta box com a trilogia Canciones Para Paula + capítulo extra, de Blue Jeans, pois para além de ser romance Young Adult, nasceu do enorme sucesso do autor com o seu blogue - algo que achei curioso. Blue Jeans tornou-se tão famoso na Internet que após a publicação dos primeiros capítulos viu a sua trilogia publicada alcançando milhares e milhares de fãs na para lá da nossa fronteira.
Já li um pouco do primeiro livro e confesso-me curiosa, só tenho pena de ter muita coisa em espanhol para ler para a faculdade e, por isso, não ter tempo para lhe pegar.
Canciones Para Paula, informações – AQUI
¿Sabes Que TE Quiero?, informações – AQUI
Cállame Con Un Beso, informações – AQUI



Por fim, Pivot Point, que chegou em Setembro pelo meu aniversário, oferecido por algumas meninas da blogosfera que tenho o imenso prazer de conhecer. Já comecei a ler o hardback de Kasie West, numa leitura conjunta, mas ainda estou muito início para fazer juízos. Certo é que, em inglês, pelo menos este leio antes de 2013 terminar. 
*Na foto está também um postal delicioso e o lápis com Elphie (diminutivo de Elphaba), que é uma companhia diária na minha secretária*
Pivot Point de Kasie West, informações – AQUI


Espero que não tenham estranhado muito este método de publicar aquisições e, quem sabe até, que tenham gostado. (Confesso que foi mais rápido e fácil de concretizar do que o habitual e estou tentada usa-lo por tempo indeterminado.) 
Que vos parece?
Estão curiosos com alguma destas histórias?


Boas leituras*

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