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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
Fascinada por outros mundos e uma eterna sonhadora, assim eu sou.

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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Título: A Guerra Diurna
Autor: Peter V. Brett
N.º Páginas: 796
PVP: 22.00 €
ISBN: 9789892324494
Pode Adquirir – Aqui.

Sinopse:
Na noite da Lua Nova, os demónios erguem-se em força, procurando as mortes dos dois homens com potencial para se tornarem o lendário Libertador, o homem que, segundo a profecia, reunirá o que resta da humanidade num esforço derradeiro para destruir os nuclitas de uma vez por todas. Arlen Fardos foi outrora um homem comum, mas tornou-se algo mais: o Homem Pintado, tatuado com guardas místicas tão poderosas que o colocam à altura de qualquer demónio. Arlen nega constantemente ser o Libertador, mas, quanto mais se esforça por se integrar com a gente comum, mais fervorosa se torna a crença destes. Muitos aceitariam segui- lo, mas o caminho de Arlen ameaça conduzir a um local sombrio a que apenas ele poderá deslocar-se e de onde poderá ser impossível regressar. A única esperança de manter Arlen no mundo dos homens ou de o acompanhar reside em Renna Curtidor, uma jovem corajosa que arrisca perder-se no poder da magia demoníaca. Ahmann Jardir transformou as tribos guerreiras do deserto de Krasia num exército destruidor de demónios e proclamou-se Shar'Dama Ka, o Libertador. Tem na sua posse armas ancestrais, uma lança e uma coroa, que consubstanciam a sua pretensão e vastas extensões das terras verdes se curvam já ao seu poderio. Mas Jardir não subiu ao poder sozinho. A sua ascensão foi programada pela sua Primeira Esposa, Inevera, uma sacerdotisa ardilosa e poderosa cuja formidável magia de ossos de demónio lhe permite vislumbrar o futuro. Os motivos de Inevera e o seu passado encontram-se envoltos em mistério e nem Jardir confia nela por completo.

Demon Cycle
Livro 1 e 2
O Homem Pintado (Opinião)
A Lança do Deserto (Opinião)





Saiba mais em: 1001 Mundos


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sinopse:
Raphael, Gardo e Ratazana vivem em Behala, uma lixeira de proporções inimagináveis num país do Terceiro Mundo. Todos os dias, a sua vida resume-se a passar a pente fino os detritos provenientes da cidade na esperança de encontrarem algo que possa ser vendido. Um dia, descobrem uma pequena mala de cabedal que contém dinheiro e alguns documentos pessoais. Mas a polícia também está interessada em ficar com a mala, e os três rapazes dão por si a ser perseguidos à medida que tentam desvendar um caso de corrupção que envolve as mais altas esferas da sociedade.

Quando olhei pela primeira vez para o título Trash - Os Rapazes do Lixo soube, de imediato, que mais tarde ou mais cedo teria de ler esta história, esta ficção que denuncia uma realidade que não pode ser escondida, uma realidade que deve chegar a tantos quantos for possível porque, infelizmente, muitos são os que lhe estão próximos e preferem não ver.

Abrindo-nos as portas para um retrato social anómalo a muitos de nós, esta é a história de três rapazes, crianças, que têm como único lar uma lixeira de proporções descumunais. Neste local fétido, eles trabalham tanto quanto lhes é possível para manterem a única condição que conhecem, a miséria em vez da morte pela fome. Têm uma escola, é verdade, uma escola certamente dará algo como esperança a algumas daquelas crianças, mas não é o caso dos protagonistas, órfãos que só se têm a si mesmos.
Um dia, entre excrementos e podridão humana, dois dos três inocentes que irão amar neste livro encontram uma mala com dinheiro e documentos, dinheiro que lhes encherá a barriga por uns dias, documentos que são procurados pela polícia. Quando as autoridades invadem o seu universo só lhes resta a mentira ou a fome e os mistérios de uma carta, uma carta sofrida através das palavras de um pai morto que teme pela sua filha, uma carta que compadece aqueles por quem já o leitor se comoveu, dando início a algo maior, algo que denuncia a verdade e que mudará a vida destes meninos para sempre.

Nem sei por onde começar.
Por assistir a uma novela que passa num canal generalista, tinha de antemão conhecimento desta realidade pobre, uma realidade ingrata para aqueles que não têm quem zele por si e este, leitores, é o primeiro agradecimento que poderão vir a fazer durante a vossa leitura. Este livro, no entanto, é mais cru - a palavra escrita toca-me sempre mais -, é mais forte emocionalmente porque denuncia culpados de peso, culpados que poderiam fazer a diferença em países de terceiro mundo.

Raphael, Gardo e Ratazana são exemplos de crianças brilhantes, crianças que seriam um dia úteis a uma sociedade mas que, por falta de oportunidade, não são nem nunca serão ninguém. Enquanto personagens eles são encantadores. Espertos como muito poucos, como os poucos que sem ter nada utilizam tudo como recurso. A sua meninice, ingenuidade e coragem derrotaram-me, revoltaram-me e fizeram-me pensar muito na minha própria existência, por isso, embora este seja um livro da Colecção Noites Claras da Editorial Presença, indicada para um público juvenil, é a gente graúda que Raphael, Gardo e Ratazana têm que chegar. São intervenientes que não dão grande margem a desenvolvimento ou divagação sobre o seu carácter, mas que representam na perfeição um papel anónimo.

A narrativa, segundo as notas finais do próprio autor, é baseada numa lixeira de Manila, nas Filipinas, um local que certamente não deverei visitar sob o risco de me perder lá para todo o meu sempre.

Mais do que falar de indigência, esta é uma história sobre corrupção, corrupção daqueles que são a cara do poder, daqueles que se colocam num pedestal e por aí ficam sem o peso na consciência relativo aos que não têm nada, aos que se distribuem por valas comuns, aos ninguéns morrem todos os dias sem direito, sequer, ao espaço garantido a sete palmos debaixo do chão.

É muito triste, e pela tristeza que sinto custa-me escrever, desculpem-me.
Não concebo os que se calam, não concebo que os que têm pouco, e podem fazer uma centelha por vidas, se mantenham com o pouco em troca de nada. 
A polícia, comprada. O governo contaminado. A comunicação social reprimida. E nos pequenos muitos sorrisos, sorrisos fáceis por estarem unicamente vivos.

A escrita de Andy Mulligan não é muito simples, mas merece toda a tenção e dedicação do leitor. Escrito na primeira pessoa, este texto tem como principais narradores os protagonistas, mas também algumas das almas generosas que, voluntariamente ou involuntariamente, participaram nas suas aventuras.
As descrições são o mais realista possíveis, e não é preciso muito para que quem lê se sinta repudiado pelo cheiro agridoce e enjoativo do podre e do estrume. É dada a ver a miséria de qualquer país sem saneamento nas zonas mais carenciadas e a esterilidade que nunca chega a ser bela do lado oposto, do lado dos que tiram o pão de quem nada tem para comer.
No fim da vossa leitura, sentirão que no meio do erro está tudo bem, está tudo bem porque Andy Mulligan pôs sal na ferida.

Quando a mim acho que deixei, excepcionalmente, de saber escrever uma opinião literária. Sinto-me apenas frustrada e revoltada, o pior de tudo, impotente face a um virar de páginas viciante pela incerteza, pelo medo, que senti por todas as crianças representadas nesta história.
Convido-vos a visitar o site do autor dedicado a este livro - aquiE o vídeo relativo ao livro - aqui.
Uma história sobre crianças mas que abrirá os olhos a muitos adultos e que eu recomendo, veemente, a quem procure algo mais do que entretimento.

Uma publicação Editorial Presença que eu desejei muito ler, que não me arrependo minimamente de ter lido, porque existem histórias que têm de ser conhecidas por todos.


Título: Trash - Os Rapazes do Lixo
Autor: Andy Mulligan
Género: Ficção; Juvenil




Este vídeo não pode ser considerado um book trailer mas, nem por isso, é menos importante. 
Deixo-vos com as palavras de um autor que me maravilhou e chocou em igual medida. 
terça-feira, 27 de agosto de 2013

O legado perdido do Castelo de Highclere.

Título: Lady Almina e a Verdadeira Downton Abbey
Autor: Condessa de Carnarvon
Colecção: Grandes Narrativas
N.º Páginas: 264
PVP: 17,50 €
ISBN: 978-972-23-4918-5

Sinopse:
A verdadeira história do magnífico Castelo Highclere, que inspirou e onde tem sido filmada, a série de televisão de êxito mundial Downton Abbey. A quinta condessa de Carnarvon aqui retratada, Lady Almina, deu vida à ficcional Lady Cora Crawley e existem vários pontos de contacto entre personagens da série e pessoas reais que viveram no Castelo. A atual condessa, fascinada com o que foi descobrindo acerca do riquíssimo legado histórico de Highclere, decidiu escrever este livro extraordinário que resultou numa história empolgante que começa em 1895 e retrata tempos de mudança até à Primeira Guerra Mundial.

Leia as primeiras páginas – AQUI

«Uma obra que nos conta ao pormenor a verdadeira história que inspirou a série Downton Abbey, vencedora de diversos Emmies.» - New York Times
«Este livro é um retrato que nos revela tempos de mudança.» - New York Post


Sobre o autor:
A Condessa de Carnarvon, Lady Fiona, casou com o atual Conde de Carnarvon em 1999. Presentemente é ela a castelã do ancestral Castelo Highclere, onde reside com o marido e o filho.

Saiba mais em Editorial Presença aqui.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sinopse:
Muito já se publicou sobre o casamento. Mas pouco, ou quase nada, sobre os momentos íntimos no segredo das alcovas depois das cerimónias oficiais. Juliette Benzoni, historiadora e romancista, soube encontrar o fio condutor dos escritos e memórias de várias personagens da História, desde noites de núpcias de deuses, de reis a príncipes. Noites grandiosas de Alexandre, o Grande, noites resignadas de Luís XVI, noites reticentes, noites de lágrimas, estranhas, entusiastas e desesperadas. Noites dramáticas, da tenda de Átila, o Huno ao quarto de Mayerling, terminam em amor ou ódio instilados no sangue.
Este livro conduz-nos por estas noites secretas e nunca reveladas e que, por vezes, mudaram o curso da História.
Noites dos Grandes. Mas talvez também as nossas. Todos podemos reencontrar as nossas experiências e confrontar as nossas decepções e sonhos.

Se dúvidas houvesse quanto ao talento de Juliette Benzoni - afinal de contas só li os seus dois livros relativos à Época dos Venenos, passados na famosa corte de Luís XIV -, estas foram dissipadas quando, após mergulhar num género literário ao qual sou absolutamente adversa, emergi das suas páginas plenamente satisfeita.

Um cocktail incomum, Na Cama dos Reis: Noite de Nupcias reúne um extenso e diversificado conjunto de histórias, umas mais fundamentadas, credíveis, que outras, sobre um momento que se idealiza íntimo e de partilha mas que, porque assim ditavam as regras ou por insistência dos mais perseverantes interessados, muitas vezes ao longo dos tempos foi digno de escrutínio e avaliação. Falo-vos, claro está, de um momento de consumação, consumação de um casamento, de um tratado ou contracto, da consumação de um jogo de poder, quiçá perverso, quiçá de sedução, ou até, excepcionalmente, da consumação de algo que era ausente, de algo a que hoje designamos de amor.

Este não é, de todo, um livro romântico e, afirmo desde já, que embora de passe maioritariamente em leitos matrimoniais, está longe de ser um livro sensual. Este é, isso sim, um livro histórico, uma compilação perfeita e divertida onde o leitor encontrará momentos que, eventualmente, ditaram o rumo de antepassados sonantes e que hoje são a base de estudo de muitos mas, ainda assim, é um livro irresistível, absolutamente irresistível, concebido por aquela que é mestra no seu ofício.

Iniciando a nossa viagem Babilónia, passando para o mais libertino dos deuses, Zeus, a semideuses e outros tantos que assim se consideravam, como os faraós, esta narrativa torna-se sublime com aquele que seria, definitivamente, o lar perfeito da autora. É ao analisar reis, rainhas e reinados que se verifica que a autora pesquisou profundamente para nos oferecer algo verosímil e fundamentado, oferece-nos noites resignadas, noites reticentes, noites inglesas e… estranhas, noites entusiastas e, ainda, noites dramáticas, temáticas em que se dividem os diversos textos ao longo do livro.
Neste ponto, a partir de A noite de Catarina de Médicis, o livro ganha um novo folgo e interesse, que se mantém até ao final, com um ritmo e envolvência deliciosos, raros, atendendo ao tipo de leitura que trata a obra.

Bem ao jeito da autora, quem lê encontrará uma crítica latente à opulência, à arrogância máscula de outros tempos e que permanece, muitas vezes, até aos dias de hoje - algo que, segundo a mesma, só poderá descender dos próprios deuses. Acredito.
Tudo, absolutamente tudo o que li está exposto com elegância e coerência extremas, pois estas são linhas que nos falam de soberanos, de pormenores curiosos de soberanos que se encontram sustentados numa bibliografia final de cortar o folgo, onde consta, até - espantem-se -, tratados e obras portuguesas. Sim, nós temos uma História maravilhosa!


Em relação à escrita de Juliette Benzoni, eu sonho um dia escrever como ela, com uma beleza capaz de hipnotizar quem quer que goste de ler.
Com um humor fabuloso, o seu dom permite-nos aprender sem que exista a noção do quão enriquecedoras são as suas palavras, palavras que nos brindam com ironia, palavras que jogam com os seus intervenientes, graciosamente. São características brilhantes que tornam Juliette singular e destacável entre muitas outras autoras.

Pessoalmente, de cada vez que leio esta autora sinto uma gratificação que raramente encontro noutra histórias, pelas lições valorosas que recebo enquanto usufruo de entretenimento puro. É das que mais prazer me dá folhear, não minto, pois para mim é clara a sua qualidade para anexar o contemporâneo ao clássico, encanta-me.
Em relação às pequenas narrativas que li, uma das minhas favoritas é A noite da gata-borralheira polaca, por ser das poucas em que foi desnecessária a graça e o talento da autora para que seja espelhada a felicidade - coisa rara antigamente.

Embora não seja uma opção comum, eu recomendo esta aposta da Planeta Manuscrito a todos os que gostem de ler, a todos curiosos que desejem variar as suas páginas e experimentar algo com imenso valor, já para não falar de que se trata de uma aquisição obrigatória para quem gosta de obras históricas.

Livro 1 e 2
A Época dos Venenos


Mataram a Rainha! (Opinião)
O Quarto do Rei (Opinião)



Título: Na Cama Dos Reis: Noites de Nupcias
Autora: Juliette Benzoni
Género: Histórico, Contos


domingo, 25 de agosto de 2013

Terminou mais um passatempo no blogue, uma vez mais, com a preciosa colaboração da editora Planeta Manuscrito

Para sorteio estava disponível um exemplar do livro Indiscrição do autor Charles Dubow. Uma narrativa sensacional sobre vida, que não deixará nenhum leitor indiferente. Espreite a minha opinião.

Como sempre, quero agradecer muito as vossas participações. E, se não foi o vencedor/a, não desanime, haverá mais oportunidades em breve.


Sem mais demoras, quem receberá este exemplar é:

*137 - Patrícia (…) da Silva - Nick: Patricia Ines

Os meus sinceros parabéns ao vencedor/a, espero que usufrua de uma excelente leitura.
Aproveito, igualmente, para agradecer à editora Planeta Manuscrito por proporcionar mais este passatempo.


Boas leituras ©


Na passada quarta-feira, 21 de Agosto, a editora Planeta Manuscrito ofereceu-me a possibilidade de ir à antestreia do filme Os Instrumentos Mortais: A Cidade dos Ossos, baseado na obra original de Cassandra Clare - oportunidade que aceitei com gosto.

Confesso-vos que esta autora me provoca sentimentos dúbios, mesmo em relação à sua série Caçadores de Sombras, mas a adaptação do primeiro livro A Cidade dos Ossos era algo que eu não poderia perder, isto porque, o começo desta história, extremamente original e bem conseguida, é uma das principais razões que me leva a ler todos os títulos publicados por Cassandra.

Para quem leu o livro, os pontos em comum são claros e distinguem-se por estarem bem conseguidos no filme, são eles a acção constante, os imensos pormenores maravilhosos e uma pitada irresistível de romance e intriga, factores que, certamente, prenderão a maior parte dos fãs literários de fantasia juvenil. No entanto, vejo-me obrigada a alertar para o facto de a adaptação cinematográfica conter cenas que não estão presentes na narrativa, assim como suprime alguma informação curiosa para os mais atentos. 


Se quiser ser crítica, confesso-vos que a transformação dos demónios me pareceu uma cópia má do exorcista e que faltou masculinidade aos heróis das páginas - já para não falar na recreação fraca de algumas criaturas sobrenaturais. Mas, por outro lado, tenho a noção de que esta não é uma história fácil de reproduzir em filme e alguns efeitos especiais estavam bem conseguidos - e se fechar os olhos, pela voz, o Jace é perfeito-, pelo que vim para casa com disposição grata de quem descontraiu, de quem teve a oportunidade de passar um bom momento entre rostos conhecidos e, especialmente, entre momentos de ficção mágicos. (Sim eu adoro fantasia!

Pilha Cassandra Clare + Bilhete Antestreia

Sugestão final, se não leram o livro façam-no, a sério, é bastante superior ao filme. Mas, da mesma forma, não deixem de assistir a esta longa-metragem se forem fãs do género, certamente que ela vos permitirá visualizar algo que vos agradará.

Livros | Série Caçadores de Sombras

A Cidade dos Ossos (Opinião)
A Cidade das Cinzas (Opinião)
A Cidade de Vidro (Opinião)
A Cidade dos Anjos Caídos (Opinião)
A Cidade das Almas Perdidas (Opinião)



P.S.: Um muito obrigado à Planeta Manuscrito por esta oportunidade, por se ter lembrado dos seus leitores, bloggers ou não, que certamente não a esquecerão. 


sábado, 24 de agosto de 2013
Sinopse:
A Pedra Pagã existe há centenas de anos, muito antes de três rapazes se terem reunido à sua volta e derramado sangue num pacto de irmãos, libertando inconscientemente uma força malévola desejosa de caos e destruição. Um desses rapazes, Gage Turner, foge do seu passado desde há muito tempo. Filho de um pai alcoólico abusivo, a sua infância na cidade de Hollow foi tudo menos fácil, e só a amizade com Fox e Caleb o salvaram.
Mas ao libertarem o mal sobre a sua terra natal, iniciando um ciclo de loucura e crime a cada sete anos, Gage sabe que terá que ajudar os seus amigos a salvar a cidade onde cresceu. Depois de uma vida inteira solitária, conseguirá ele criar laços emocionais com as três mulheres a quem está preso pelo destino, em especial Cybil? Uma história de amor em que só abrindo o coração se pode almejar derrotar as trevas.

Depois de me sentir atraída pelo passado e maravilhada com o presente, finalmente colmatei a minha ansiedade e descobri o que o futuro reservava para a isolada e singular cidade de Hollow e, embora eu desejasse um pouco mais de sangue, confesso que não faltaram emoções e romance ao grande final da trilogia Signo dos Sete.
Três melhores amigos traumatizados, três mulheres apaixonadas, arrojadas, e uma maldição arrepiante, são a base desta deliciosa história de amor e coragem, ideal para quem gosta, também, de uma fantasia leve - uma história que, como muitas outras, termina onde começou, com uma luta entre o bem e o mal e no lugar que mudou a vida de todos os intervenientes, na Pedra Pagã

Nora Roberts conseguiu, uma vez mais, agradar-me. Após me ter envolvido no drama conhecido em Irmãos de Sangue - através de uma maldição que despertou pelo pacto realizado entre os protagonistas e que se manifesta com violência, loucura e morte, de 7 em 7 anos -, e de me ter deixado desejosa de saber mais com Ritual do Amor, em Pedra Pagã não me ofereceu apenas as respostas para todos os medos e dúvidas que se foram acumulando com o folhear deste texto, ofereceu-me também uma narrativa que me permitiu descobrir as personagens que sempre considerei mais misteriosas e interessantes de Signo dos Sete, Gage e Cybil.

Independência, cicatrizes profundas e uma inteligência acima da média, são os traços comuns que caracterizam o casal principal explorado neste terceiro livro que, com muito engenho e criatividade, nos leva à descoberta de um destino marcado há séculos, à descoberta de uma relação afectiva diferente e, ainda, à tão preciosa descoberta de um fundamento para a esperança, crucial, que poderá fazer a diferença no futuro de todos os que sofrem numa terra amaldiçoada.

Não vos minto, Nora coloriu bastante a narrativa expondo vislumbres de felicidade plena, afinal de contas o género de eleição desta autora é o romance, mas, abençoada, minou cada sorriso dos intervenientes com uma semente demoníaca de Twisse, pelo que as emoções foram mantidas ao rubro até à última página.

Em relação aos protagonistas, é importante citar ainda que cada um deles tem características bastante peculiares, pelo que, para lá das já conhecidas honra, bravura e paixão, ambos tentam passar uma imagem de frieza que no fundo não sentem e valorizam, acima de tudo, a amizade. Para além disso, são lava pura nos momentos mais sensuais da história o que encantará muitas leitores. Os seus passados, extremamente interessantes, são também uma mais-valia, permitindo breves abordagens de temáticas interessantes como a violência doméstica, o suicídio ou o alcoolismo, existindo assim um lado mais sério no entretenimento.


Quanto a Nora Roberts, manteve a escrita a que já me habituou, leve, fluida e com bastantes diálogos pertinentes a darem vida à sua imaginação.
As suas descrições são breves, mas permitem a visualização de todos os horrores e momentos ternos vividos na ficção, não faltando espaço para que se assista à criação de sentimentos fortes, múltiplas pontuações de humor e cenas consideravelmente emotivas. Sendo que eu gostei, particularmente, da forma como trabalhou a relação do casal principal através de uma relação tão contrariada quanto desejada.

Em suma, eu pessoalmente fui conquistada por esta trilogia no seu todo e a nível de personagens as últimas foram as minhas favoritas. Gostava de ter visto Twisse sofrer mais e achei, como sempre, que o final foi um pouco rápido de mais, embora compreensível e prazeroso, como é normalmente quando tudo acaba exactamente como deve.
Obviamente que continuo a ser uma grande fã de Nora e estou desejosa de ler a sua próxima publicação por cá.

Esta é mais uma opinião Saída de Emergência aqui no blogue, desta vez pertencente à chancela Edições Chá das Cinco, uma chancela onde o romance contemporâneo é obrigatório e que faz as delícias de quem gosta deste género literário - como eu!

 
Trilogia Signo dos Sete

Irmãos de Sangue (Opinião)
Ritual do Amor (Opinião)







Da mesma autora, no blogue:
A Cruz de Morrigan - Trilogia do Círculo, livro 1 (Opinião)
O Baile dos Deuses - Trilogia do Círculo, livro 2 (Opinião)
O Vale do Silêncio - Trilogia do Círculo, livro 3 (Opinião)
Um Dia Perfeito - Série Quarteto de Noivas, livro 1 (Opinião)

Título: Pedra Pagã
Autora: Nora Roberts
Género: Romance; Fantástico

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Com o maravilhoso apoio da Saída de Emrgência chegou ao fim mais um passatempo neste meu cantinho.

Para sorteio encontravam-se dois exemplares do livro Ponte de Sonhos de uma das minhas autoras favoritas, Anne Bishop. Uma fantasia extraordinária que fará qualquer leitor descobrir um novo mundo.

Gostaria de agradecer a todos pelas vossas participações. E se não foi o vencedor/a, não desanime, haverá mais oportunidades em breve.


Sem mais demoras, quem receberá este exemplar é:

*17 -José (…) Abreu - Nick: Marcos Abreu
*43 Filipa (…) Monteiro – Nick: Filipa Monteiro

Os meus sinceros parabéns aos vencedores, espero que usufruam de uma excelente leitura.
E o meu muito obrigado à Saída de Emergência por me oferecer a possibilidade de realizar este passatempo.


Boas leituras©

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Publicado em mais de 15 países, Trash – Os Rapazes do Lixo é um livro sobre como a esperança e a determinação podem transcender até a pobreza mais indigna.

Título: Trash - Os Rapazes do Lixo
Autor: Andy Mulligan
Colecção: Noites Claras
N.º Páginas: 232
PVP: 13,50 €
ISBN: 978-972-23-4819-5


Sinopse:
Raphael, Gardo e Ratazana vivem em Behala, uma lixeira de proporções inimagináveis num país do Terceiro Mundo. Todos os dias, a sua vida resume-se a passar a pente fino os detritos provenientes da cidade na esperança de encontrarem algo que possa ser vendido. Um dia, descobrem uma pequena mala de cabedal que contém dinheiro e alguns documentos pessoais. Mas a polícia também está interessada em ficar com a mala, e os três rapazes dão por si a ser perseguidos à medida que tentam desvendar um caso de corrupção que envolve as mais altas esferas da sociedade.

Leia as primeiras páginas – AQUI

«Perturbador, entusiasmante e absolutamente brilhante.» - The Bookseller UK
«Uma história marcada por uma energia contagiante... A sua leitura é puro entretenimento e deve ser recomendada a toda a gente.» - The Bookseller
«Um livro absorvente, que está a conquistar os leitores quer como aventura quer como história de justiça social.» - Publishers Weekly US

Sobre o autor:
Andy Mulligan cresceu no Sul de Londres. Trabalhou como encenador durante dez anos até que diversas viagens pela Ásia o inspiraram a tornar-se professor. Deu aulas de inglês e teatro na Grã-Bretanha, Índia, Brasil e Filipinas. Atualmente divide o seu tempo entre Londres e Manila.

Saiba mais em Editorial Presença aqui.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sinopse:
Quando os magos ameaçam Belladonna e o seu trabalho para manter Efémera em equilíbrio, o seu irmão Lee sacrifica-se para a salvar - e acaba por ser internado num Asilo na cidade de Visão, longe de tudo o que conhece.
Ao mesmo tempo, umas estranhas trevas parecem estar a espalhar-se - uma escuridão que esconde a natureza dos Xamãs que cuidam da cidade e da sua população. Danyal, um dos Xamãs, é o responsável pelo Asilo. Mas talvez por estar a tentar descobrir os seus próprios sonhos, Danyal sente-se intrigado pelos aparentes delírios de Lee.
Com a ajuda de Zhahar, uma mulher com os seus próprios segredos tenebrosos, a mente e o corpo de Lee melhoram, e as suas palavras começam a fazer sentido. Em breve, Danyal e Zhahar começam a vislumbrar o mundo como nunca haviam imaginado.
Quando Danyal, Lee e Zhahar se unem para descobrir o que ameaça a cidade, serão obrigados a olhar para além de si mesmos - e para dentro de si mesmos - para descobrir quem são… e até que ponto podem ser demasiado perigosos.

Quem ainda não teve o prazer de descobrir as várias obras publicadas pela Saída de Emergência de Anne Bishop não compreenderá a minha devoção por esta autora, sombria e sedutora, que espelha com as mais belas palavras pesadelos, luxuria e verdades incontornáveis em mundos inimagináveis.
Mundo de Efémera era, até ler Ponte de Sonhos, a sua série/trilogia que menos me tinha tocado enquanto leitora, embora, irrevogavelmente, o seu trabalho seja de excelência, como sempre, com bons cenários, magníficas personagens e emoções fortes. Agora, após reflexão, creio que tal se devia ao facto de esta ser uma das suas narrativas mais cruas, mais exigente, porque no surreal encontrei menos ficção e em cada semente fantástica um anseio puro do coração.

É impossível resumir este enredo em poucas palavras, ele é um todo com origem no passado que finalmente se compõe, mas vou tentar…
Imaginem que existe em vida quem crie o espaço, a terra, o mundo, de acordo com as necessidades de cada um, até do ser mais vil, é um alguém que controlando esse pedaço de terra lhe dá forma à imagem dos que nela habitam. Imaginem que existe em vida quem construa pontes, pontes que ligam as terras, pontes que definem o ali e o agora como algo ilimitado e alcançável. Imaginem, todos vós, que o vosso destino, e quem sabe o vosso lar, é o vestígio mais profundo e desconhecidos que reside no vosso coração num determinado momento, num momento que pode definir a existência ou a morte. Por fim, imaginem, imaginem e cuidem os vossos anseios porque em Efémera, do inferno ao paraíso, tudo se encontra a um bater de asas de uma borboleta capaz de equilibrar este mundo maravilhoso.

Os seres, nesta realidade ficcional, são muito diversificados; há construtores de pontes, paisagistas, músicos do coração e demónios, tantos, todos tão horríveis quanto sublimes, como os magos, assustadores, como os humanos, a eterna raça crucial mas por vezes ignorante quanto ao que a rodeia. Todos, sem excepção, têm as suas batalhas repletas de perigos para enfrentar, de conquistas, mas a maior guerra é silenciosa, aterrorizadora, ela tem que ver com escolhas, com sentimentos que todos têm, quem sabe ambíguos, dentro de si.
Este é, diria Michael, um livro feito de muitos que se diferenciam e se completam, numa melodia perfeita e única como a singularidade que os define. Já Glorianna Belladona diria que este é um livro feito das mais duras opções, que nos dividem e caracterizam e, se por ventura, estivéssemos no Antro, sob a guarda de Sebastian, este dir-nos-ia que este livro se compõe de medo, êxtase e paixão, riscos de sempre que nos dão sentido.
Mas este livro em particular é de Lee, de Zhahar e de Danyal, três que ainda não se encontraram, que ainda não travaram as suas lutas pessoais dependentes dos que já passaram. Esta é a sua história composta de dissonâncias que procuram a harmonia, forçosamente indecifrável no presente Asilo na cidade de Visão e, certamente, esperançosa, porque enquanto houver esperança existirá futuro e Efémera nunca esquece os que lhe pertencem.

Sei que não vos disse muito sobre o que realmente trata este livro, até agora, mas a complexidade que o caracteriza, que caracteriza Efémera, não me permite dizer mais sem vos revelar o todo que seria, para mim, impossível de expor por palavras. Digo-vos, ainda assim, que nesta narrativa encontrarão o amor por todas as coisas, entre casais, família, na simplicidade ou no inexplicável. Encontrarão felicidade e lágrimas, porque os caminhos nem sempre serão justos para aqueles que o leitor aprende a estimar, mas não deixa de ser o caminho necessário para que as personagens se reconstruam e se aceitem nas suas atitudes e opções. E encontrarão, também, lugares comuns nas palavras de Bishop, porque essa é uma das suas mestrias, expor através do surreal verdades palpáveis, por vezes com brutalidade mas muitas vezes com a resignação de que não se pode mudar o inato.

Em relação ao fantástico, este é indescritível. E em relação às suas arrepiantes criaturas merecem destaque os demónios, os que se confundem nas sombras e os que são uma individualidade e ao mesmo tempo três, como as Tríades, mas atenção que o mal aqui não é obrigatoriamente demoníaco - é apenas o que é -, é uma escolha. E provavelmente, por isto, nesta história o que realmente poderá assustar quem lê não tem contornos sobrenaturais, mas sim verdadeiros, em atrocidades que conhecemos independentemente de quem as comete.

Os cenários são de sonho, ou de pesadelo, por vezes. São dotados de uma beleza como só esta senhora consegue criar e com pormenores, requintes, feitos para maravilhar em lê. No entanto, sendo esta uma autora de equilíbrio, não é de espantar que muitas vezes me tenha deparado com o oposto, com a ausência total de fascínio por locais tristes, mas as coisas são como são.


Sem saber o que mais vos posso dizer, resta-me aconselhar este livro a todos os que tenha lido os livros anteriores do Mundo de Efémera, pois este é o mais sublime e proporciona um final perfeito. E para quem ainda não leu, recomendo a trilogia a todos os amantes de fantasia, mas de fantasia à séria, para mentes abertas e prontas para se deixar arrebatar por algo que é incomparável.

Digo sempre que Anne Bishop é a melhor, para mim é. Desde a sua trilogia Jóias Negras que não a via escrever tão bem e atribuir tanta intensidade a um enredo.
As suas descrições são uma das suas mais-valias, porque não é fácil dar a ver algo incomparável e, ainda assim, possível de conectar com a realidade. E os seus toques de perversidade estão presentes, como sempre, mas desta vez acho que lhe detectei algo de romântico, talvez porque este livro e o próprio mundo que criou está intrinsecamente ligado com os sentimentos dos intervenientes, pelo que está de parabéns. 

Pessoalmente, idolatrei tudo nesta narrativa. Gostei particularmente de Efémera, enquanto personagem, moldável a quem a comanda mas com personalidade própria, quando assim deveria ser - divertiu-me.
Embora intenso, violento até, gostei igualmente das muitas pontuações de humor que a autora conseguiu atribuir ao texto e, é importante referir ainda, que considerei que a sua criatividade esteve em pleno, pelo que foi para mim um prazer imenso voltar a mergulhar numa história sua.

Esta é uma magnífica aposta Saída de Emergência que caracteriza bem esta editora, que se destaca como nenhuma outra no universo fantástico proporcionando aos leitores portugueses o melhor do género que se publica além-fronteiras.
 
Livros 1 e 2 da Trilogia Mundo de Efémera
Short story A Voz
Sebastian (Opinião)
Belladona (Opinião)
A Voz (Opinião)


Título: Ponte de Sonhos
Autora: Anne Bishop
Género: Dark Fantasy


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