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A Elphaba...
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sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Sinopse:
Apesar
do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos,
Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo
o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a
chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente
reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora
prestes a ser completamente rescrita.
Como
se verifica em quase todas as nossas experiências terrenas, a perda é o
sentimento que mais facilmente sublima o objecto, o corpo, a existência que é
alvo de tal emoção e, que fique claro, não existe qualquer glória deixada pela
certeza de um fim. No entanto é, definitivamente, puro e único o caminho que se
escolhe percorrer rumo à inevitável finitude, rumo a uma dor que certamente
abalará aquilo que nos rodeia e é essa capacidade, a capacidade de tatuar a
alma daqueles a quem brindámos com uma parte de nós, a capacidade agridoce de
lhes marcar com esmero a lembrança, o mais agradável dos coletes salva-vidas
que mantêm à tona os sobreviventes, os protagonistas, enquanto assistem
incapazes à passagem dos dias plenos, e já tão distantes, como as luzes que a
alvorada rouba meigamente do céu.
A
Culpa é das Estrelas fala-nos de uma verdade que, de dia para dia, está cada
vez mais próxima de nós, cruelmente próxima, fala-nos de cancro. Descreve-nos a
batalha emocional, os estigmas e os medos que acompanham o trilho para o último
sopro. Expõe-nos a dor, a esperança e a descrença previsível no futuro, ou na
ausência deste. E faz-nos reflectir, principalmente, sobre como o coração humano,
com ou sem doença, bate, bate, bate intensamente com a vontade de vivenciar
todas as coisas, de todas as formas, mesmo lhe sejam impostas todas as
limitações.
As
suas personagens principais, Hazel Grace e Augustus Waters, são nada menos do
que brilhantes. Os seus diálogos, as suas percepções, a sua coragem e a sua
intensa vontade de alcançar um outro patamar no seu restrito universo são uma
motivação, um astro, uma lição de vida tão intensa para qualquer leitor que é
inexplicável por palavras.
Aqueles
que os acompanham, família, amigos e aspirações, são totalmente sugados para o
seu mundo e, de certa forma, são também o reflexo dos seus erros, dos
sentimentos contraditórios e do outro lado do drama que implica a palavra
terminal. Porque, convenhamos, é impossível não sofrer, não sofrer por nós e
pelos outros. É impossível não padecer a nível físico e, principalmente, a
nível psicológico pois com a passagem do tempo a mente vai quebrando e ressuscitando, instável como as ondas de um mar levante sempre à espera da
maré-vazia.
Mas
esta história, a história de uma Hazel Grace e de um Augustus Waters, é muito
mais do que uma história sobre doentes terminais, é muito mais do que uma
história sobre personagens ficcionais. Não, esta história é sobre o poder do
homem em todo o seu esplendor a retractar paixão e as suas
relações e, é também, sobre a força das ambições, do tão contraditório livre
arbítrio, quando o nosso relógio se move para perto da última badalada. Na verdade esta história ensina, relembrando conceitos de que muitas vezes nos esquecemos.
É
um livro com muitas curiosidades - recordando factos históricos e rico a pormenores sobre os mais variados temas - que certamente vos irão fazer reflectir enquanto
folhearem esta guerra, de batalhas constantes, sem heróis, sem fantasia, apenas
com jovens bravos que conquistaram corações e uma jovem e linda donzela que voz
sangrará, singularmente, a alma.
John
Green é transcendente, magistral na sua arte.
A
excelência como utiliza a sua escrita, para fazer colidir factos com a ficção,
é maravilhosa e facilmente vos fascinará, deslumbrará, página após página
tocada de humor, ironia, sarcasmo, tocada de uma natureza crua, dura e audaz enquanto levanta questões tremendamente susceptíveis.
Não
há como não nos deixarmos absorver intimamente pelas suas palavras, não há como
não crescer, por pouco que seja, enquanto a sua narrativa se desenvolve e, de
alguma forma, vos amadurece, vos faz perceber que ainda têm tanto para
aprender. Esta é, para mim, uma das mensagens latentes que este autor
dignifica, de uma forma que muito poucos o conseguem e atenção, não o faz
especificamente através das suas personagens, mas dos seus valores, dos seus
preceitos que caíram no vosso esquecimento.
Creio
que uma das maiores qualidades de Green é a sua assertividade. Pois raras são
as suas frases que não se encontram impregnadas de significado, que não estão
destinadas a tocar-vos intimamente num recando escondido e profundo da vossa
humanidade e sei, com toda a certeza, que qualquer um de vós o sentirá.
Para
mim é, foi, tão difícil falar-vos de A Culpa é das Estrelas.
Sinto
uma necessidade imensa de vos transmitir uma grande parte dos meus sentimentos,
e estou impotente, não consigo. Não consigo expressar-vos o quão impressionada,
comovida, sensibilizada fiquei em muitos dos momentos que presenciei e,
acreditem em mim, por muitas palavras que eu vos possa expor sobre este livro
vou estar sempre ingratamente distante do dom, da competência extraordinária,
do admirável John Green que é, sem dúvida, um dos melhores autores de ficção
que eu li.
«Parecia
que se passara uma eternidade, como se tivéssemos tido um breve mas ainda assim
infinito para sempre. Algumas infinidades são maiores do que outras.» - (Pensamentos
de Hazel Grace, página 190.)
Uma extraordinária aposta ASA, da colecção Livros com Sentido, que uma vez mais superou tudo o que eu
poderia imaginar quando resolvi iniciar uma história. Sugiro a todos os leitores e
aos não leitores. Simplesmente leiam.
Título:
A Culpa é das Estrelas
Autor:
John Green
Género:
Romance
Editora:
ASA – Livros com Sentido
Perspicaz.
Arrojado. Irreverente. Cru.
A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e
comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando
de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se
vivo e apaixonado.
Título:
A Culpa é das Estrelas
Autor:
John Green
N.º
Páginas: 256
PVP:
15,90 €
ISBN:
9789892320946
Sinopse:
Apesar
do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos,
Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo
o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a
chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente
reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora
prestes a ser completamente rescrita.
«Muito
perto da genialidade. Devastador.» - Time Magazine
«John
Green não é apenas um autor. É uma vedeta multimédia que se apresenta perante
auditórios de mil lugares de fãs aos gritos.» - Los Angeles Times
Do Mesmo Autor |
Sobre
o autor:
John
Green é considerado o principal autor de livros para jovens adultos a nível
mundial com traduções em 20 línguas. A Culpa é das Estrelas é o seu quarto
romance, cujos direitos da adaptação cinematográfica foram já comprados pela
Fox. Aos 35 anos tem um milhão de seguidores no Twitter (@realjohngreen) e
assinou 150 mil exemplares da primeira edição deste romance – sobre dois
adolescentes com cancro que se apaixonam – que entregou de imediato para o
primeiro lugar do top de vendas do The New York Times.
A
Culpa das Estrelas é um tributo a Esther Earl que morreu em Agosto de 2010, com
16 anos, após quatro anos a lutar com um cancro na tiróide. Esther (que
significa estrela) nasceu a 3 de Agosto de 1994, em Beverly, Massachusetts. Em
Dezembro de 2006 foi-lhe diagnosticado um cancro. Quando os tratamentos a
impediram de sair do seu quarto criou uma extensa rede de amigos virtuais com
os quais trocavam vídeos – Green era um deles. Os pais criaram entretanto uma
fundação com o seu nome.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Com
o apoio maravilhoso da Editorial Presença terminou mais um passatempo no
blogue.
Para
sorteio encontrava-se um exemplar do fantástico livro O Último Lobisomem do
autor Glen Duncan.
Uma
história repleta de fantasia, violência e lascívia muito apelativa e que
promete não deixar nenhum leitor indiferente.
A minha opinião.
Gostaria
de agradecer a todos pelas vossas participações. E, se não foi o vencedor/a,
não desanime haverá mais oportunidades em breve.
Sem
mais demoras, quem receberá este exemplar é:
*76
– Gizela (…) Mota – Moita
Os
meus sinceros parabéns ao vencedor/a, espero que disfrute de uma excelente
leitura.
Boas
leituras a todos.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Sinopse:
Calla
é a fêmea alfa de uma matilha de lobos que mudam de forma. Está destinada a
casar com Ren Laroche, o macho alfa da matilha. Juntos, seriam os líderes da
matilha e guardariam os lugares sagrados dos Guardiães. Mas depois, Calla salva
um belo jovem humano, que conquista o seu coração. Calla começa a questionar
tudo - o seu destino, a sua existência, o seu mundo e as ordens que os
Guardiães lhe pediram que seguisse. Terá de fazer uma escolha. Mas será que
seguirá o seu coração se para isso tiver de perder tudo, incluindo a própria
vida?
Sombras
da Noite é o género de romance fantástico juvenil que oferece uma nova perspectiva atractiva sobre os míticos lobisomens que sempre fizeram parte do imaginário
de todos nós. Direccionado para um público jovem, bem como para todos aqueles apreciam uma narrativa bem construída, este livro proporciona a
possibilidade de explorar personagens bem trabalhadas, evidenciando o romance através
de um triângulo amoroso, sem colocar que parte todos os pormenores credíveis
que farão o leitor acreditar na existência destas criaturas apaixonantes.
Extremamente actual, é num ambiente escolar e reservado, perto de uma área rural, mas elitista, que conhecemos a nossa protagonista Calla. Nascida para ser uma líder, ela é uma fêmea alfa com o destino marcado desde a nascença para um casamento por conveniência com outro alfa, Ren. Muito diferentes, com preceitos embutidos e uma submissa aceitação, vemos crescer entre estas personagens uma ligação extremamente interessante que fará o leitor, tal como o próprio coração de Calla, vacilar perante o aparecimento e introdução de um jovem vulgar neste meio restrito sem que seja conhecedor da surreal realidade que consome Calla, Ren e os seus amigos, sem que saiba que estes são lobisomens.
Extremamente actual, é num ambiente escolar e reservado, perto de uma área rural, mas elitista, que conhecemos a nossa protagonista Calla. Nascida para ser uma líder, ela é uma fêmea alfa com o destino marcado desde a nascença para um casamento por conveniência com outro alfa, Ren. Muito diferentes, com preceitos embutidos e uma submissa aceitação, vemos crescer entre estas personagens uma ligação extremamente interessante que fará o leitor, tal como o próprio coração de Calla, vacilar perante o aparecimento e introdução de um jovem vulgar neste meio restrito sem que seja conhecedor da surreal realidade que consome Calla, Ren e os seus amigos, sem que saiba que estes são lobisomens.
A
chegada de Shay trás consigo o rasto de uma indesejada mudança na história que
sempre fez parte da centenária raça de lobisomens. A sua perspicácia e
inteligência, aliada a um fascínio pela jovem Calla, serão a força
impulsionadora para desenterrar o passado, e o presente, que deveria permanecer
intocável acabando por agitar espíritos e esmiuçar a morte de algo que nunca poderá
chegar aos pensamentos de um ser humano.
É
com um enredo primorosamente trabalhado e verosímil que damos início a esta
série que oferece a possibilidade de explorar uma nova vertente de criaturas
lupinas, elevando-as para um patamar estranhamente elitista, raramente
explorado, quando comparadas com outras espécies. Astutos, fortes e longe de
estarem dependentes da lua, as criaturas apresentadas não são, infelizmente,
donas do seu próprio destino e é com base nesse conceito que se desenvolve uma
história de amor proibida entre dois jovens díspares.
Todas
as personagens deste livro atraem pelo simples facto de serem falíveis e, ao
mesmo tempo, dotadas de uma prematura maturidade devido à sua educação rigorosa
e pouco justa. O teor conferido à forma como a própria
espécie se relaciona entre si, entre o amor e ódio, é também ele motivador,
sento muito interessante verificar o desenvolvimento de emoções juvenis
recalcadas, algo que a autora aproveitou para explorar de vários ângulos.
Pormenores
como os Guardiões e a sua interacção com os lobos são fabulosos, permitindo o
despertar de uma vertente mais sombria e aterradora que é crescente ao longo de
toda a trama, no seu todo, rica em momentos de suspense crescente conforme é
obtido mais conhecimento. Quando mais Calla descobre mais sufocante e assustador
se torna o seu mundo, o seu porto seguro, aquilo em que sempre acreditou.
Este
é o protótipo de narrativa ideal para quem gosta de histórias fantasiosas e românticas
que, acima de tudo, se encontram bem idealizadas e conseguidas cuidando recriar
uma espécie que necessitada de algo mais para fugir à banalização afirmando-se,
claro está, pela originalidade.
Andrea
Cremer tem uma escrita muito agradável, simplificada para chegar a diversificados
leitores e que proporciona um folhear voraz graças à sua criatividade que mantém
permanente a atenção de quem lê.
As
suas descrições são breves, repartidas pelo ambiente que pretende transmitir e
pelas emoções das suas personagens principais que rapidamente criam empatia,
sendo facilmente identificáveis com uma camada mais juvenil e, neste pormenor
em particular, é importante afirma que, embora este não seja um livro
especificamente direccionado para adultos, também estes conseguiram tirar
proveito desta obra pelas suas singularidades e questões obscuras. Sombras da
Noite é, isso sim, um livro para todos os que gostam de fantasia.
Pessoalmente,
e porque também gosto da vertente mais juvenil do fantástico, gostei bastante
do universo urbano recriado pela autora.
Não
fiquei particularmente agarrada a uma personagem particular, quer dizer, gostei
muito do Ren, mas o quero dizer-vos é que considerei bastante interessante a falta de perfeição, em geral, que me permitiu ir reflectindo sobre as
diversas atitudes e acções levadas acabo pelos muito intervenientes ao longo do texto.
Um
dos pontos fortes, na minha opinião, é as criaturas alusivas ao maravilhoso
abordadas pelo enredo, é certo que não há vampiros, mas por outro lado
os espíritos e os íncubos são deliciosos!
A
continuação da série é algo que me deixou bastante curiosa porque ficaram
muitas questões em aberto, pelo que, resta-me aguardar que a Bertrand continue, em breve, a
apostar neste género literário.
Uma aposta da Bertrand
Editora que, creio, agradará a todos os adeptos de obras fantásticas, leitura
fluída e com uma boa pitada de paixão.
Título:
Sombras da Noite
Autora:
Andrea Cremer
Género:
Fantasia
Editora:
Bertrand
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Andrea Cremer
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Sombras da Noite
|
14
comentários
Pode
a fundação dos Estados Unidos ter-se baseado numa mentira?
Título:
A Colónia do Diabo
Autor:
James Rollins
N.º
Páginas: 496
PVP:
17,70 €
ISBN:
9789722524834
Sinopse:
Nos
confins das Montanhas Rochosas, a terrível descoberta de centenas de corpos
mumificados desperta a atenção internacional e provoca uma acesa controvérsia.
Apesar das dúvidas quanto à origem desses corpos, a comissão local da Herança
Nativa Americana reivindica os restos mortais pré-históricos, assim como os
estranhos artefactos encontrados na mesma gruta: placas de ouro gravadas com uma
escrita desconhecida.
No
decorrer de uma manifestação no local da escavação, uma antropóloga tem uma
morte horrível e é reduzida a cinzas numa violenta explosão captada pelas
câmaras de televisão. Todas as provas apontam para um grupo radical de nativos americanos,
do qual faz parte uma jovem militante que consegue escapar com algumas dessas
valiosas placas. Perseguida, ela pede ajuda à única pessoa que poderá ajudá-la:
o seu tio, Painter Crowe, diretor da Força Sigma. Para ajudar a sobrinha e
descobrir a verdade, Painter dá início a uma guerra entre as mais poderosas
agências de espionagem do país. Surge contudo uma ameaça ainda maior quando uma
assustadora reação em cadeia nas Montanhas Rochosas provoca uma catástrofe
geológica que põe em perigo a metade ocidental dos EUA.
Painter
Crowe une forças com o comandante Gray Pierce para desvendar os segredos de uma
sombria cabala que manipula a história americana desde a fundação das treze
colónias. Mas conseguirá Painter descobrir a verdade – e causar a queda de
governos – antes que tudo o que lhe é caro seja destruído?
«Emocionante....Rollins
fica melhor a cada livro que passa e a sua posição no topo deste género em
particular permanece inabalável.» - Publishers Weekly
«Uma
aventura de cortar a respiração, cinco estrelas, que deixará os leitores numa
vertigem entre as páginas. O único senão deste livro: ter de acabar.» - Romantic
Times
Sobre
o autor:
James
Rollins é autor de perto de quinze thrillers internacionais, todos eles
best-sellers do New York Times, e os seus livros estão publicados em mais de
quarenta países. A sua série Força Sigma, na qual se insere A Colónia do Diabo,
foi considerada «no topo das boas leituras» (New York Times) e uma das
«melhores leituras de verão» (revista People). Em cada romance são revelados
mundos invisíveis, descobertas científicas e segredos históricos em que a ação
tem um ritmo alucinante e a narrativa é inteiramente original.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Sinopse:
As
histórias de terror do tio Montague reúne vários contos ilustrados, todos eles
cheios de suspense e com uma única intenção: arrepiar o público mais jovem.
Este
livro conta a história de Edgar, um menino que se refugia na casa do tio para
ouvir as suas histórias de terror. Para Edgar, os contos são apenas invenções
fantásticas do excêntrico tio, mas para Montague, são narrativas que deveriam
não apenas assustar o sobrinho, mas ensiná-lo que, quando o assunto é o além,
todo o cuidado é pouco. Mas haverá alguma ligação do seu tio a estas histórias
sinistras?
As
Histórias de Terror do Tio Montague é uma pequena grande obra criada para
entreter e encantar graúdos mas, principalmente, para assustar as mentes mais
jovens e com imaginários mais susceptíveis.
Com
um protagonista curioso, rodeado de um ambiente sombrio e muitos segredos a
pairar entre teias de aranha, caberá a cada leitor, através da encantadora
narração do Tio Montague, deixar-se levar pelo cativante e fabulado universo
das histórias de terror.
Com
uma capitulação, maioritariamente, dividida em contos quem lê explora, em
conjunto com o céptico Edgar, arrepiantes histórias sobre crianças demasiado
traquinas, inconvenientes e indisciplinadas que, mais tarde ou mais cedo,
pagaram o preço pela sua impertinencia da forma mais terrível! Todas as
histórias são contadas a Edgar à beira da lareira pela voz hipnotizante do seu
perturbador Tio, um homem sem idade e sinistro, um verdadeiro enigma,
ligeiramente assustador, que reside numa mansão também ela arrepiante e cheia
de ruídos estranhos.
Edgar
não acredita em fantasmas nem em demónios mas, ao que tudo indica, depois de
mais uma visita ao seu Tio a sua opinião poderá nunca mais vir a ser a mesma.
Com
algumas lições de moral contidas em cada conto direccionadas para os mais
jovens e divertimento leve para adultos, este é o género de leitura onde as bonecas
possuídas se movem, as árvores gulosas sussurram e uma sombra nunca é apenas
uma sombra.
Em
suma, este é um livro curioso e pontuado de pormenores interessantes numa edição
muito bela que agradará, creio eu, a todos adeptos de velhas lendas de horror.
Chris
Priestley tem uma escrita ligeira, bastante acessível para os mais novos e
cuidada para que também um público mais maduro aprecie a sua obra.
As
suas personagens são muito simples no que respeita a caracterizações, no
entanto sabem despertar a curiosidade de quem lê juntamente com o cenário envolvente,
muito bem conseguido e criado para promover o suspense.
Uma
boa parte do mérito desta história vai, certamente, para as primorosas
ilustrações concebidas por David Roberts que acompanham os momentos chave de
cada conto cativando, ainda mais, a imaginação do leitor para o quadro em que
se desenvolve a acção.
Este
é um livro que, sem ser extraordinário, se encontra produzido com esmero, sendo perfeito
para o público infanto-juvenil que procura novas aventuras.
No
que me diz respeito encarei esta leitura com descontracção e sem grandes sustos
mas, como sou uma adoradora de histórias, adorei o conceito que envolve o
enredo e o próprio tio do protagonista como narrador.
Um
livro que aconselho vivamente a pais que pretendam motivar jovens adolescentes
para a leitura desafiando-os para uma boa fonte de entretenimento
perguntando-lhes, por exemplo, se têm coragem de enfrentar estes assombrosos e
peculiares contos de terror.
Esta
obra é uma aposta Arteplural que fará as delícias dos mais pequenos e atrevidos
que se dizem muito corajosos. O Edgar também era….
Título:
As Histórias de Terror do Tio Montague
Autor:
Chris Priestley
Ilustrador:
David Roberts
Género:
Infanto-juvenil (Terror)
Editora:
Arteplural Edições
Etiquetas:
ArtePlural Edições
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Uma
comovente história de amor, relações familiares e segundas oportunidades. Um
livro que nos desafia a encontrar uma nova profundidade nas diversas fases da
vida, na família e em nós mesmos. Da autora de Quando Estiveres Triste, Sonha.
Título:
Porto de Abrigo
Autora:
Elizabeth Berg
N.º
Páginas: 240
PVP:
16,60 €
ISBN:
9789722524841
Sinopse:
A
escritora Helen, que enviuvou recentemente, perdeu a inspiração para escrever e
começa a depender demasiado da filha de vinte e sete anos, Tessa, e a
intrometer-se na vida dela, dando conselhos não solicitados e mal recebidos. Os
problemas de Helen são agravados pela descoberta chocante de que o marido, tão
afável e aparentemente fiel, levava, ao que tudo indica, uma vida dupla. O
casal tinha poupado meticulosamente para uma reforma feliz, mas esse dinheiro
desapareceu em vários levantamentos efetuados pelo marido de Helen antes de
morrer. Para se sustentar e lograr alguma da sua tão necessária independência,
Helen aceita um trabalho invulgar que acaba por lhe proporcionar muito mais do
que esperava.
Depois,
o telefonema de um desconhecido coloca-a no caminho de uma descoberta
surpreendente, que faz com que mãe e filha reavaliem aquilo que pensavam saber
uma da outra, de si próprias e daquilo que forma realmente um lar e uma
família.
Sobre
a Autora:
Elizabeth
Berg foi enfermeira durante dez anos, e o intenso contacto humano inerente à
profissão continua a inspirar a sua escrita. É autora de vinte títulos, entre
os quais Segredo de Família; Quando Estiveres Trise, Sonha; O Ano dos Prazeres
e Falar Antes de Dormir, e presença assídua nas listas de best-sellers do New
York Times. Já viu um livro seu escolhido para o clube de livros da Oprah
Winfrey, e conquistou o New England Booksellers Award 1997 pelo conjunto da sua
obra. Elizabeth Berg está traduzida para várias línguas e é uma das escritoras
norte-americanas mais admiradas pelas leitoras atuais.
www.elizabeth-berg.net
Economista
e investigador do Banco Mundial, Branko Milanovic aborda, neste livro, de forma
simples e acessível, o conceito de desigualdade e todas as suas variantes. Com
exemplos e referências muito comuns (Império Romano, Marxismo ou livros como
Orgulho e Preconceito ou Anna Karenina) Milanovic constrói capítulos concisos,
compostos por vinhetas que podem ser lidas aleatória e independentemente,
explicando como devemos e porque devemos pensar a desigualdade.
Título:
Ter ou Não Ter
Autora:
Branko Milanovic
N.º
Páginas: 224
PVP:
16,60 €
ISBN:
9789722524315
Sinopse:
Quem
foi a pessoa mais rica do mundo? O local onde nascemos afeta a quantidade de
dinheiro que teremos ao longo da vida? Como o podemos saber? Por que razão,
além de mera curiosidade, interessam estas questões? Em Ter ou Não Ter, Branko
Milanovic, um dos especialistas mundiais em questões centradas na riqueza,
pobreza e no fosso que as separa, explica estes e outros mistérios acerca do
modo como a riqueza está mal distribuída pelo mundo, desde os tempos mais
remotos.
Através
da História, Literatura e notícias retiradas dos jornais atuais, Milanovic
explora uma das maiores divisões nas nossas vidas sociais: a linha que separa
aqueles que têm daqueles que não têm.
Sobre
o autor:
Branko
Milanovic é economista principal na divisão de investigação do Banco Mundial,
em Washington, D.C., e professor na Universidade de Maryland.
Vive
em Washington, D.C.
Com
o romântico apoio da Quinta Essência é com imenso prazer que dou início a mais
um passatempo no blogue.
Para
sorteio encontra-se um exemplar do magnífico livro Um Beijo em Havana da autora Michelle
Jackson.
Para
se habilitar a receber este exemplar basta responder acertadamente às questões
abaixo colocadas e ter em atenção as regras de participação.
Descubra
as suas respostas: Aqui ou em Quinta Essência
Boas
leituras!
Regras
de participação:
1.
Passatempo válido até 23h59 do dia 7 de Setembro de 2012 (sexta-feira).
2.
Só é possível uma participação por pessoa e e-mail.
3.
Só serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
4.
O vencedor será sorteado aleatoriamente, será posteriormente contacto por
e-mail e o resultado será anunciado aqui, no blogue.
5.
Todas as participações com questões erradas e/ou que não obedeçam às regras
serão automaticamente anuladas.
6.
A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio no
correio de exemplares enviados pela própria e/ou pela editora.
7.
Boa Sorte!
domingo, 26 de agosto de 2012
E
se umas férias mudassem a sua vida?
Título:
Um Beijo em Havana
Autora: Michelle Jackson
N.º
Páginas: 404
PVP:
16,90 €
ISBN:
9789897260186
Sinopse:
Emma,
Louise e Sophie são irmãs. Talentosas, artísticas e criativas, têm muito em
comum, especialmente no que diz respeito a homens. Quando Emma recebe do seu
falecido marido pelo correio dois bilhetes para Cuba, fica mais do que
surpreendida. Decide levar Sophie, sem perceber que o marido sempre tivera a
intenção de a levar com ele. Enquanto as irmãs aproveitam o sol das Caraíbas,
Louise reencontra Jack Duggan, o amor do seu passado, o que vai abalar o seu
casamento com Donal. Enquanto isso, em Cuba, Emma conhece um sósia de Che
Guevara, Felipe, e Sophie conhece Greg, um negociante de arte canadiano. Num
cenário paradisíaco de amenas noites tropicais, música cubana e cocktails de
rum, as irmãs não fazem ideia de onde um beijo em Havana as vai levar...
«Um
romance que explora os temas da rivalidade entre irmãs, as querelas familiares
e a descoberta da esperança e da redenção em circunstâncias adversas.» - Chloe’s
Chick Lit Reviews
«As
descrições de Cuba estão tão habilmente entretecidas neste livro que não só vai
sentir que está lá, como irá absorver uma grande quantidade de informações
sobre Cuba e o seu modo de vida, enquanto aprecia a história. É uma perfeita
leitura de férias, e mesmo que não esteja de férias,vai querer estar depois de
o ler.» - Chick Lit’s Club
Sobre
a autora:
Durante
os anos 80 Michelle frequentou a Escola Nacional de Arte e Design, onde
alimentou o seu amor pelas artes visuais, com especialização em estampagem de
tecidos. Iniciou a sua carreira como desenhadora de meias no anos oitenta e foi
durante muitos anos professora de Arte no ensino secundário. Escrever romances
dá-lhe a oportunidade de conjugar o seu amor por viajar com contar histórias.
Michelle vive em Howth, junto a Dublin, com o marido e dois filhos.
Saiba
mais em: Quinta Essência
Sinopse:
Jacob
Marlowe é um lobisomem solitário, o último da sua espécie. Há duzentos anos que
vagueia pelo mundo, escravo dos seus apetites ferinos, que o condenam a devorar
um humano a cada nova lua cheia. Mesmo sabendo que irá pôr fim a uma lenda com
milhares de anos, Jacob pensa no suicídio. No entanto, em breve Jacob descobre
uma razão muito mais forte para querer continuar a viver, quando se apaixona
por Tallulah, a última lobisomem.
Há livros que são extremamente duros e este é, certamente, um deles. Duro,
rude, erótico, psicologicamente forte e, por isso mesmo, fascinante.
O Último
Lobisomem é um cocktail perfeito entre a realidade e a ficção para uma camada
de leitores adultos que, rapidamente, se deixarão levar por uma personagem
transcendente que absorve todas as páginas para si. Através de uma linguagem
magistral, contínua, ligeiramente psicótica, mas completamente credível, conhecemos
um lobisomem que põe em causa todos os preceitos de humanidade
dentro da perspectiva que conhecemos nos dias de hoje.
Quando
se vê o mundo através de um monstro, quando se é o único sobrevivente da nossa espécie
e quando se perdeu a capacidade de amar há cento e setenta anos, o universo, o
Deus e as palavras como compaixão, generosidade, clemência e Homem tornam-se
redundantes.
Dizer
que se considera o fim como o mais aguardado momento de glória é um exagero, é
de facto amplificar uma emoção, mas o que é o fim se não o alívio pleno, o nirvana,
para alguém que na sua total existência repleta de exuberância, e com tudo ao
seu alcance, nunca encontrou mais do que insatisfação na sua vida de lobisomem,
na sua vida de Jake, de Jacob, de homem.
Este
livro é uma narrativa repleta de suspense e horror que está longe de ser
aconselhada por mim a todo o tipo de leitores mas creio que, seguramente, se
embrenhará na mente dos mais ousados, sedentos de boa ficção e com uma ligeira
inclinação para a literatura fantástica.
A
sua vertente romântica não é sensual nem divertida mas é, definidamente,
arrebatadora, lasciva, crua e profundamente extasiante. A sua vertente policial
não contém grandes enigmas mas é cruel, fria, sangrenta e criada para conceber impacto,
retirando quaisquer lirismos aos velhos heróis. E a sua história, o enredo, não
é encantador mas marcante, queimando e rasgando quaisquer fabulas sonhadas para
licantropos e, por tudo isto, a personagem que relata em jeito de confissão a
sua vil existência é perturbadora, envolvente, apaixonante e, algumas vezes,
repugnantemente maravilhosa mas com o dom de transportar o leitor para um
submundo alucinante.
Uma
leitura que, sem dúvida, será surpreendentemente inesperada e que pasmará
diversos leitores pela sua carga emocional forte e psicologicamente distorcida
que se evidência pelas inúmeras pontuações reais que dão sentido e credibilidade
a este livro imenso que, acredito, vos conquistará.
Glen
Duncan é um autor prodigioso que se expressa através de uma escrita
cinematograficamente descritiva abordando a acção de forma concisa para que
quem lê visualize a totalidade dos acontecimentos, atendendo a pormenores e cuidando
reter a máxima atenção nos momentos chave.
É notável
o quanto o autor deu de si próprio ao protagonista que, por sua vez, ofereceu a
sua alma à história que traduz a sua vida.
Na
linguagem adoptada não existe espaço para romanticismos ou dramas mas a verdade
é que estes encontram-se predominantemente expostos de forma frígida e desumana
singularizando O Último Lobisomem.
Creio
que, muitos dos que lerem este livro, encontrarão aqui algo de brilhante e
conseguirão confirmar por si próprios uma criatividade magistral que não passará
despercebida, destacando-se facilmente, entre as restantes obras literárias
deste género.
Quanto
a mim adorei este livro que me surpreendeu até ao final pelas muitas
reviravoltas repletas de acção que dominam o destino da personagem principal.
Não
vou dizer-vos que é uma leitura fácil, não é, e muito menos é uma leitura
comercial pois a escrita de Glen rompe todos os parâmetros de banalidade a que
estou acostumada na literatura fantástica. Este é, no entanto, um livro que me
conseguiu absorver a partir do momento em que me conciliei com linguagem adoptada
que visa tornar palpáveis todos os acontecimentos.
Ideal
para quem, como eu, também gosta de ver a fantasia enquadrar-se em factos reais
e plausíveis e, a partir daí, ver desenvolvida uma história urbana repleta de
criaturas fantásticas.
Fiquei
ansiosa para ver o filme que irá estrear em 2014 embora saiba que este não
será, nem de perto, nem de longe, tão bom como esta narrativa que me deu imenso
prazer folhear.
Esta
é uma aposta Editorial Presença, pertencente à colecção Via Láctea, para
maiores de 16 anos, definitivamente, pois na minha perspectiva é crucial que
este livro não seja dado a leitores imaturos que, de qualquer forma, não conseguirão
atingir a sua essência. Também não é um livro que eu sugira a leitores susceptíveis
pois aqui a violência e o sexo são tão usuais como o acender de um cigarro, um
trago de whisky e uma M14 a roubar uma vida.
Título:
O Último Lobisomem
Autor:
Glen Duncan
Género:
Fantasia
Editora:
Editorial Presença
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Romance
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