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A Elphaba...

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domingo, 6 de julho de 2014

Sinopse:
Judith e Eric regressam da viagem de lua-de-mel depois de um casamento de sonho. Ele sente-se o homem mais feliz do universo e não imagina a vida sem ela: apesar disso, os ciúmes e o desejo de a proteger assolam-no repetidamente.
Por seu lado, Judith está maravilhada com o seu Iceman e tenta ver sempre tudo pelo lado positivo, embora em mais de uma ocasião fique com o pescoço cheio de chupões…
Desfruta de Eric e dos jogos sexuais, excepto quando ele lhe sussurra que um dos seus maiores desejos é ter um filho com ela.

Talvez seja pelo seu cariz leve e descontraído ou, quiçá, pela intensidade e ousadia das cenas retratadas que permitem ao leitor dar asas à sua imaginação, facto é que a trilogia Pede-me o que Quiseres chegou a terras lusas para conquistar e, sem grande esforço, tanto os fãs de erótica como os mais reticentes ficaram rendidos aos clichés entre estas páginas, à sua luxuria sem tabus e ao humor de um casal absolutamente viciante.

Depois de um principiar reticente em que as diferenças entre o par eram gritantes e de um segundo título em que ficou clara a certeza de afectos profundos, Pede-me o que Quiseres ou Deixa-me é o tudo ou nada de dois opostos que têm tudo para dar errado mas decidiram contrariar as probabilidades, é o frente o frente entre Espanha e Alemanha com a responsabilidade de um passo definitivo que lhes pode vir a custar toda a felicidade que conquistaram.

Megan Maxwell descobriu uma fórmula de sucesso e utiliza-a sem restrições. Aliando uma bases culturais a personalidades, destacando o que de melhor a vida tem para oferecer e colocando em evidência muitos dos dilemas nos quais os casais comuns acabam por ser rever, a autora oferece sexo sem descrições e sempre à frente das fantasias do leitor, indo muito mais além do que este provavelmente se aventuraria a idealizar.

Este terceiro título fecha o ciclo entre Judith e Eric, começando de uma maneira que se pretende contínua ao longo do texto, muito romântica em plena lua-de-mel do casal. Claro que o regresso à realidade está longe da perfeição, afinal ela é fogo e ele é gelo e existem traços do carácter de ambos que nunca mudarão. A questão aqui é que um papel assinado implica cedências e realizações que vão muito além das trocadas até então entre lençóis e quando Eric pede a Judith o que ela mais teme, o mundo que ambos apenas começaram a construir parece estar prestes a desabar.

No que respeita aos protagonistas, partindo do princípio que os leitores desta opinião já leram, pelo menos, o primeiro livro da trilogia, recordo apenas que a personagem principal feminina é toda ela alegria de viver e sentimentos fortes enquanto ele, mais contido, distante até, tem uma carência pouco evidente e consegue apresentar duas personalidades distintas. Em comum, este casal partilha uma teimosia extrema, um desejo imenso e a coragem para ultrapassar dificuldades, mesmo que nem sempre o demonstrem.
Neste livro, inteligentemente, são destacas com momentos decisivos e igualmente atractivos as personagens secundárias, como são disso exemplo Raquel, a irmã de Judith, Dexter e a sua jovem assistente e o pequeno Flyn, por quem acredito que todos os leitores têm vindo a cimentar sentimentos.

Por tudo o que disse em relação aos intervenientes, e ao contrário dos antecedentes, este final não é tão centrado nas personagens principais, permitindo que diferentes lágrimas e sorrisos se vão interlaçando com as do casal, o que definitivamente enriquece a narrativa. Desta feita, paralelamente às problemáticas do casamento Eric e Judith, o divórcio é uma das questões abordadas, assim como diversos dilemas familiares.

Gostei, em particular, das relações de amizade que se foram estabelecendo e ganhado forma ao longo desta trilogia, da forma como no final os laços se estreitaram evidenciando afectos com a mesma importância e carência com que se promoveu a sexualidade, através de jogos e fantasias que no fundo são a temática principal deste livro erótico.

Em suma, este é um enredo com acção sucessiva em que muito acontece e em tudo o que foi dado a conhecer anteriormente intensifica, oferecendo aos leitores o amadurecimento de todos aqueles a quem se afeiçoou e um desenlace expectante que deixa janelas abertas para possíveis sequelas com personagens secundárias.

Quanto à escrita de Megan Maxwell, qualquer coisa que eu possa dizer será uma repetição das opiniões anteriores, com todas as suas qualidades a revelarem-se uma vez mal.
Diálogos pertinentes conjugaram-se com personagens fortes, cenas de sexo muito intensas e sensitivas promoveram sentimentos igualmente veementes, num texto que é, todo ele, descritivo nos momentos certos e que dá a ver o suficiente para que haja muita empatia com a ficção.

De uma forma geral, esta foi uma história que superou largamente as minhas expectativas. Eu não sou uma leitora ávida deste género mas aprecio livros que me cativem por meios variados como foi o caso. Da cultura ao romance, passando pelos imprevistos e pormenores, Pede-me o que Quiseres teve de tudo um pouco para me satisfazer e, acreditem, viciar. Li estas últimas 388 páginas em menos de 24 horas, algo que só é possível quando uma narrativa tem uma forte capacidade de entretenimento, como é o caso.

A todos os leitores de romances eróticos, esta excelente publicação da Planeta Manuscrito é obrigatória nas vossas estantes e se gostarem e ficarem com vontade de continuar ler, não desanimem, talvez a editora vos venha a surpreender-vos muito em breve. Para mim, um cinco estrelas que sugiro sem restrições.

Pede-me o Que Quiseres (Opinião)
Pede-me o Que Quiseres, Agora e Sempre (Opinião)

Título: Pede-me o que Quiseres ou Deixa-me
Autora: Megan Maxwell
Género: Romance; Erótico


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