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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
Fascinada por outros mundos e uma eterna sonhadora, assim eu sou.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


Como é que uma pessoa que lia mais de cem livros por ano sobrevive podendo ler apenas um por mês? Lendo apenas livros que tem a certeza de ir gostar que lhe despertam imensamente a atenção. 
De Outubro a Dezembro li 4 livros. Aliás, li mais (ou comecei a ler mais, se preferirem) mas só tive disponibilidade para partilhar quatro opiniões e esse é o número que conta para mim. Por sim, porque só dois livros me marcaram verdadeiramente, este vai ser um destaque *pequenino mas a dar tudinho*


Peregrino | Terru Hayes (Opinião)

Sou uma privilegiada e a Topseller deu-me a oportunidade de ler uma cópia de avanço (ARC) daquele que foi um dos livros revelação além-fronteiras. Se merece a qualificação? Com toda a certeza! Os dois protagonistas deste enredo, um radical islâmico e um agente especial norte-americano são qualquer coisa fabulosa. Os seus percursos, aquilo que revelam e a forma como, no final, o caminho de ambos se cruza é de arrepiar. Mais ainda, as narrativas paralelas que contam, aquilo que dão a ver do nosso mundo e a forma como nos deixam a matutar sobre a actualidade é algo digno de valor e que eu recomendo sem restrições a todos os leitores.  



Estação Onze | Emily Mandel (Opinião)

E agora vamos fazer de conta que o mundo, como o conhecemos, já não existe. Fazemos de conta que a civilização recupera, lentamente, daquilo pelo qual se regeu um dia e que as lembranças do fundamental alteraram o seu sentido. Estamos num universo pós-apocalíptico e a palavra sobrevivência é gritante face à selvajaria que nos caracteriza, todos os dias camuflada… Enfim, este universo está representado de forma tão credível que eu acredito, piamente, que se uma catástrofe acontece-se hoje o mundo se regeneraria assim. Estação Onze oferece, essencialmente, um olhar sobre um curto período tempo desta recuperação com flashbacks ao passado mas sem qualquer sinal de futuro – está quase perfeito. E a lírica? Profunda, nostálgica, desapegada daquilo a que tanto nos agarramos e chocante em relação ao muito que podemos esquecer. Ena, foi uma leitura e tanto. 

Se não leram nenhum destes dois meninos façam por isso, o meu 2015 ganhou imenso com eles no campo literário. 

Boas leituras* 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O ano seguiu o seu rumo e com ele as leituras foram escasseando. Quinze livros lidos em três meses é realmente pouco e as coisas foram piorando. Infelizmente, caríssimos leitores, a tendência mantém-se e, muito provavelmente, assim será em 2016 mas, no entanto, conto fazer cada título valha realmente a pena, retirando o máximo proveito de cada história. 

Entre a Julho e Setembro voltei a fixar-me no extraordinário – é efectivamente o género que mais me surpreende – com menções honrosas muito doces ou elucidativas. 

Os escolhidos: 
Wayward Pines - Paraíso | Blake Crouch (Opinião)
Fusão | Julianna Baggott (Opinião)
Separação | Lauren DeStefano (Opinião)
Saga Vol. 1 | Brian K, Vaughan & Fiona Staples (Opinião)


Andava eu a queixar-me das poucas publicações de ficção científica e constato que tive oportunidade de experienciar mais quatro títulos que podem ser enquadrados dentro deste género e, curiosamente, lá estão eles na lista dos escolhidos. 
Debaixo para cima; Saga é provavelmente a melhor BD que li na minha vida, mas também li muito poucas – as verdades têm que ser ditas. De qualquer forma, é com confiança que afirmo a qualidade deste enredo altamente premiado que nos conta uma narrativa espacial sobre um par em fuga por pertencer a facções em guerra (um planeta e o seu satélite). A narradora é a filha de ambos, recém nascida, e a ficção tem tantos paralelismos com a realidade que é impossível não se ficar impressionado. Quanto à arte é fascinante, absolutamente fascinante. Têm mesmo de experimentar isto. 
Fusão e Separação estão mesmo patamar, personagens young adult, muita acção e nações em declínio total que só poderão ser salvas no limiar da extinção da humanidade. Romances mornos, intrigas bastante bem trabalhadas e cenários cruéis, fazem destes dois livros apostas de sucesso dentro do seu género. O segundo é o último de uma trilogia e o primeiro é o interlúdio de um final que adivinho épico. 
E Wayward Pines foi… foi uma viagem extraordinária. Não é possível resumir a história numa frase, logo convido-vos a ler a minha opinião deste livro que me deixou a salivar pela sua continuação, já lida – sei que há adaptação televisiva, em série, mas ainda não vi, confesso. 

Outras coisas deliciosas: 
Só Se Ama Uma Vez | Johanna Lindsey (Opinião)
Romance com o Duque | Tessa Dare (Opinião)
Seconds | Bryan Lee O'Malley (Opinião)
Pequenas Grandes Mentiras | Liane Moriarty (Opinião)

Johanna Lindsey e Tessa Dare foram novidades no meu catálogo de leituras, ambas dentro do género romance sensual de época que, como já sabem, é o tipo de bombom que como em segredo para descomprimir. Este tipo de histórias são gulosas, ponto. E estas senhoras ficaram a par de  outras que tanto gosto, logo merecem a referência. 
Apaixonei-me por Seconds, uma novela gráfica pela mão do O’Malley cujo o trabalho e criatividade admiro. Neste caso, vão encontrar um romance fantástico que vos levará ao universo da consciência, enquanto analisam relações sociais variadas, com um traço e contrastes, cores, marcantes – é muito bom, aliás dei-lhe 5 em 5 estrelas. 
Para terminar, Pequenas Grandes Mentiras mexeu comigo. Três mulheres, três gerações próximas e três géneros de famílias, todas com as suas disfuncionalidades e singularidades. É um livro com uma pitada de suspense e que nos põe a pensar na mente alheia, na capacidade de julgar, no quanto as aparências enganam. Gostei muito. 

Qual destes títulos gostavam de ler e ainda não tiveram oportunidade? 

Boas leituras*


terça-feira, 26 de janeiro de 2016


Diversificado e igualmente prazeroso, o 2.º Trimestre de 2015 também foi bastante agradável para esta vossa leitora em termos de páginas percorridas. 
De um dos locais mais inóspitos da Terra até Marte, com direito a romances açucarados e crimes de arrepiar, foram muitas as viagens e os sonhos de olhos abertos passados com uma boa história e que tiveram a capacidade máxima de me proporcionar entretenimento e não só. 

Deixo-vos, assim, os meus destaques entre Abril e Junho do ano passado. Livros que recomendo sem restrições aos amantes dos géneros referidos e não só. 


Alvorada Vermelha | Pierce Brown (Opinião)
Últimos Ritos | Hannah Kent (Opinião)
Para Sir Phillip, Com Amor | Julia Quinn (Opinião)
The Elite | Kiera Cass (Opinião)
Cress | Marissa Mayer (Opinião)
Hope - Uma Nova Esperança | Colleen Hoover (Opinião)
À Morte Ninguém Escapa | M. J. Arlidge (Opinião)

Sim, é verdade que não leio muita ficção científica mas, quando a encontro mais direccionada para o público em geral, confesso que adoro! Já agora, sou a única a considerar que este género é particularmente direccionado para os seus aficionados? Adiante, no 2.º trimestre tive o prazer de encontrar dois enredos fabulosos para quem quer experimentar este tipo de literatura, muito diferentes entre si mas com a capacidade de captar atenção de todo o tipo de leitores. 
O primeiro, Alvorada Vermelha, transportou-me para um Planeta Vermelho distópico onde um membro desta sociedade vai revoltar contra o sistema repressivo a que está sujeito. Dito assim, bem sei que parece apenas mais uma distopia, mas a esta obra é inexplicavelmente plena e complexa, com incontáveis pormenores que nos transportam para clássicos e contemporâneos, um protagonista insano e repleta de acção e tensão até ao último momento. Fiquei fã de Pierce Brown e não foi pelos seus olhos bonitos, juro! Quanto ao segundo livro dentro deste género, Cress (*suspiro*), é mais um retelling delicioso da Meyer e, desta feita, apresentou uma Rapunzel presa num satélite que sonha ser salva por um pirata espacial. Sim, ela é uma hacker e uma sonhadora que vos irá apaixonar desde as primeiras páginas – Marissa Mayer tem feito um trabalho magnífico com a sua série Lunar Chronicles.
Quanto a enredos históricos, Últimos Ritos foi o eleito e creio que foi o meu livro preferido do ano. E digo-vos creio porque, mesmo passados meses da sua leitura, ainda tenho dificuldade em explicar como me senti em relação às suas páginas perturbadoras de uma Islândia tão próxima temporalmente e tão distante de tudo o que conheço – leiam a opinião. 
E porque esta foi uma temporada romântica: Para Sir Phillip, Com Amor voltou a mostrar uma Quinn ao mais alto nível dentro do estilo romance sensual de época; Elite deu a continuação perfeita a uma distopia amorosa onde assisti a uma das melhores evoluções no que diz respeito a relações efectivas; Hope - Uma Nova Esperança rescreveu sobre a perspectiva do par masculino um dos namoros mais bonitos que tive o prazer de descobrir entre páginas. Sim, o amor sabe ser lindo. 
Por fim, À Morte Ninguém Escapa, o segundo livro da série Helen Grace, não desiludiu e, mais uma vez, encontrei um serial killer arrepiante que se revelou no timing perfeito, enquanto ansiosamente fui descobrindo mais sobre a heroína de Arlidge

E, uma vez mais, estão escolhidos os favoritos. Estão a acompanhar alguma das séries que nomeie nesta publicação? Concordam com as minhas escolhas? 

Boas leituras*

sábado, 23 de janeiro de 2016


Não sei se sou a única, mas tenho a sensação que 2015 já terminou há meio século! Ainda assim, como vem sendo da praxe, eu não podia deixar de vos mostrar os meus eleitos do ano que findou… quem sabe para vos recordar de algum livro que queriam ter lido mas deixaram passar ou talvez apenas para me lembrar a mim mesma de alguns momentos verdadeiramente bons que passei entre páginas. 

Como fiz em anos anteriores, dividi os meus Destaques 2015 em 4 publicações, referentes aos 4 trimestres, e não se admirem se o número de eleitos for diminuindo de trimestre para trimestre, afinal de contas o ano passado fica marcado como aquele em que li menos desde que comecei a dedicar-me a este cantinho. 

Os escolhidos entre Janeiro e Março foram:

Entre o Agora e o Sempre | J. A. Redmerski (Opinião)
A Todos os Rapazes Que Amei | Jenny Han (Opinião)
Every Day | David Levithan (Opinião)
O Palácio de Inverno | Eva Stachniak (Opinião)
O Miniaturista | Jessie Burton (Opinião)
Um, Dó, Li, Tá | M. J. Arlidge (Opinião)


Os livros que escolhi não têm qualquer ordem de preferência, até porque as suas leituras são bastante distintas e não tenho como compará-los. 
Para policial, Arlidge foi uma das surpresas do ano, com tensão desde o primeiro capítulo, um serial killer surpreendente até aos últimos momentos do enredo e uma heroína que lhe fez justiça permanentemente. 
Para quem procura algo leve e doce A Todos os Rapazes Que Amei preenche todos os requisitos. Esta história é o urso de peluche deste lote e promete aquecer corações e deixar qualquer leitor a sonhar com o seu primeiro amor. 
O Palácio de Inverno e O Miniaturista são romances históricos muito distintos, o primeiro baseado em factos reais mas com uma personagem principal que nos oferece uma visão única sobre a ascensão de Catarina, A Grande, e o segundo, com um traço de realismo mágico, consegue uma trama bastante complexa e interessante sobre a burguesia holandesa do século XVII – algo que adorei descobrir. 
Fã de romances como sou, tinha de colocar Entre o Agora e o Sempre nesta lista, uma história credível, intensa e apaixonante sobre um casal que foi capaz de me provocar arritmia cardíaca e Every Day conquistou o seu lugar pela originalidade e versatilidade – existe tanto nestas linhas e em tão poucas palavras…

E não posso ainda deixar de mencionar… 
A Educação de Felicity | Marion Chesney (Opinião)
Ligeiramente Perverso | Mary Balogh (Opinião)

Embora não tenham sido 5/5 estrelas, este género de leitura – romance sensual de época – proporciona-me sempre aquilo que considero entretenimento ao mais algo nível quando o encontro com qualidade. Neste caso, Mary Balogh não me desiludiu, todos os livros dela têm dado sentido ao significado da palavra prazeroso. E, por outro lado, Marion Chesney fez-me ir às lágrimas de tanto rir… esta senhora sabe, definitivamente, fazer as suas leitoras felizes.

E pronto, é isto. Agora o que quero saber é se leram algum destes livros e se concordam comigo ou, eventualmente, se algum deles consta na vossa wishlist

Boas leituras*


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016



Mais do que contar as histórias, 
É importante que cada uma delas conte verdadeiramente para mim. 

Boas leituras




*Janeiro*

1. Enlaçados | Emma Chase (Opinião)
2. Rainha Vermelha | Victoria Aveyard (Opinião)

*Fevereiro*

3. Quando as Estrelas Caem | Amie Kaufman & Megan Spooner (Opinião)
4. As Horas Invisíveis | David Mitchell (Opinião)
5. A Noiva do Marquês | Tessa Dare (Opinião)

*Março*

6. Fala-me de Um Dia Perfeito | Jennifer Niven (Opinião)
7. O Filho Dourado | Pierce Brown (Opinião)

*Abril*

8. A Casa de Bonecas | M. J. Arlidge (Opinião)
9. Uma Chama Entre as Cinzas | Sabaa Tahir (Opinião)
10. Mais Maldito Karma | David Safier (Opinião)
11. Nós os Dois | Andy Jones (Opinião)

*Maio*

12. A Rainha de Tearling | Erika Johansen (Opinião)
13. A Prometida do Capitão | Tessa Dare (Opinião)
14. Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa | Judith Kerr (Opinião)

*Junho*

15. Numa Floresta Muito Escura | Ruth Ware (Opinião)
16. As Raparigas Esquecidas | Sara Blædel (Opinião)

*Julho*

17. A Vingança Serve-se Quente | M. J. Arlidge (Opinião)
18. Ready Player One - Jogador 1 | Ernest Cline (Opinião)
19. A Livraria dos Finais Felizes | Katarina Bivald (Opinião)


*Agosto*

20. Pede-me o que Quiseres e eu Dar-te-ei | Megan Maxwell (Opinião)
21. O Império Final | Brandon Sanderson (Opinião)
22. O Pacto | Elle Kennedy (Opinião)


*Setembro*

23. Maestra | L. S. Hilton (Opinião)
24. A Rapariga Calendário - Vol.1 | Audrey Carlan (Opinião)
25. P.S. Ainda Te Amo | Jenny Han (Opinião)
26. Príncipe dos Espinhos | Mark Lawrence (Opinião)


*Outubro*

27. Confiam em Mim | Jennifer Armentrout (Opinião)
28. Tudo Vale no Amor | Eloisa James (Opinião)
29. A Rapariga do Calendário, Livro 2 | Audrey Carlan (Opinião)
30. A Rapariga do Calendário, Livro 3 | Audrey Carlan (Opinião)


*Novembro*

31. O Poço da Ascensão | Brandon Sanderson (Opinião)
32. A Rapariga do Calendário, Livro 4 | Audrey Carlan (Opinião)

*Dezembro*

33. Nem Todas as Baleias Voam | Afonso Cruz (Opinião)
34. A Loucura de Lorde Ian Mackenzie | Jennifer Ashey (Opinião)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Chegou ao fim mais um passatempo, desta feita com o apoio Editorial Presença


Para sorteio estava disponível um exemplar do título vencedor do Vencedor do World Fantasy Novel Award 2015, As Horas Invisíveis de David Mitchell.

Gostaria, como sempre, de agradecer a todos pelas vossas participações. E, se não foi o vencedor/a, não desanime, haverá mais oportunidades em breve. 

Sem mais demoras, quem receberá este exemplar é:

110* Joana Ferreira, Porto

Os meus sinceros parabéns, espero que usufrua de uma excelente leitura.
E o meu muito obrigado à Editorial Presença por me oferecer a possibilidade de realizar este passatempo. 

Boas leituras*

Para comprar o livro As Horas Invisíveis, aqui.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Sinopse:
O mundo de Mare, uma rapariga de dezassete anos, divide-se pelo sangue: os plebeus de sangue vermelho e a elite de sangue prateado, dotados de capacidades sobrenaturais. Mare faz parte da plebe, os Vermelhos, sobrevivendo como ladra numa aldeia pobre, até que o destino a atraiçoa na própria corte Prateada. Perante o rei, os príncipes e nobres, Mare descobre que tem um poder impensável, somente acessível aos Prateados.
Para não avivar os ânimos e desencadear revoltas, o rei força-a a desempenhar o papel de uma princesa Prateada perdida pelo destino, prometendo-a como noiva a um dos seus filhos. À medida que Mare vai mergulhando no mundo inacessível dos Prateados, arrisca tudo e usa a sua nova posição para auxiliar a Guarda Escarlate – uma rebelião dos Vermelhos – mesmo que o seu coração dite um rumo diferente.

Poderia começar esta opinião dizendo-vos o quão positivamente surpreendida fiquei com este livro mas, em abono da verdade, eu já sabia que Rainha Vermelha tinha tudo para ser a história aprazível que se veio a revelar. 
Mesclando diversos géneros literários que eu aprecio e sem a necessidade de tornar complexas as ideias fundamentais mas de interiorização simples do seu enredo, Victoria Aveyard primou pelas suas comparações belas e directas às emoções do leitor que, como por magia, se vê rapidamente envolvido num universo distópico e requintado onde a crueldade e a bondade são, de forma crua, exactamente o que aparentam ser.

Sem uma definição temporal exacta, este mundo é-nos apresentado pela perspectiva de Mare, uma jovem Vermelha cuja condição, de plebeia, é limitada pela cor do seu sangue. Assim, é tendo como ponto de partida o desolador cenário da sua aldeia, Stilts, que conhecemos os primeiros dramas desta sociedade que mina os indivíduos desde meninice, oprimindo-os, com um futuro certo na frente de guerra para todos os que não têm uma formação profissional – a generalidade. Mas, como elucida a sinopse, um rasgo do destino irá aproximar Mare do outro lado desta realidade, dos Prateados, expandindo o seu horizonte visual e encaminhando-a para uma jornada tão ou mais perigosa do que aquela que lhe estava anteriormente predestinada. 

Seguindo a actual corrente literária, de protagonistas jovens com passados marcados por traumas e/ou violência, Mare acaba por revelar as lacunas da sua falta maturidade e por se deixar atraiçoar pelas emoções, não sendo, desta feita, a típica heroína perfeita e conseguindo, provavelmente, cativar quem a lê pela sua futura evolução. Para lá destas características, a sua personalidade irreverente, coragem temerária e consciência contraditória são singularidades que me atraíram particularmente, deixando-me expectante pela incerteza e instabilidade das suas acções, que permitiram que os diversos desfechos do enredo estivessem sempre em aberto. 

No que respeita a intervenientes secundários e aos seus contributos, são uma mais-valia pela sua multiplicidade e a variedades de perspectivas, quadros sociais, que conseguem oferecer ao leitor. Desde os rasgos afectivos comuns de simples serviçais (Gisa), às visões minuciosas por parte de revolucionários (Farley), temos oportunidade de compreender os Vermelhos de diversos pontos de vista e de perceber os seus diferentes trajectos e posturas, alguns desde muito jovens, como o melhor amigo da personagem principal, Kilorn.
No entanto, e porque Mare acaba por passar grande parte da história entre Prateados, é pela corte e as suas singularidades que senti maior afectividade. Neste grupo em particular, a empatia é muitas vezes dúbia e, exceptuando a Rainha Elara, uma vilã em todo o sentido do termo, os meus sentimentos por estes intervenientes (Cal e Maven, por exemplo) foram maioritariamente tão fascinantes quanto repugnantes; afinal, também estes não passam de piões uma luta que transcende Mare.  

Para lá das figuras ficcionais que nomeei, confesso que foi o mundo descrito e as peculiaridades que o caracterizam que me conquistaram e é sobre estes que gostaria de falar-vos um pouco. 
Lembram-se de no início ter frisado que o livro abrange vários géneros literários? Assim é, e um do que mais gosto é a componente histórica da narrativa. A corte Prateada, subdividida por Altas Casas, é qualquer coisa de impressionante, repleta de intrigas, traições e sangue, de falsidade e máscaras caiem quando menos se espera, num jogo em que cada passo é ameaçado, por muito prudente que seja, por paredes que têm literalmente ouvidos. 
Cada uma destas Altas Casa é caracterizada pelo seu Prestígio, poder, e aqui entra em acção outro género que adoro, a fantasia. Os seus elementos, de sangue prateado, podem ser um Swift, Telky, Strongarm, Whisper, Burner, Magnetron, Nymphy, etc., e, como o próprio nome induz, serem extraordinários na rapidez, capazes de mover objectos com a mente, ter uma força sobrenatural, entrar na psique de outros ou dominar elementos, são variados e proporcionam combates deliciosos. Sim, são uma corte violenta e fazem da brutalidade uma forma de entretenimento, com os seus Prestígios a designar o seu papel na escala de ascensão social. 

Por fim, gostei muito daquilo que pode definir a obra como distópica, quer pelos seus cenários, quer pelo ambiente que é transmitido. 
A Mansão de Summerton e Harbor Bay revelam um panorama com traços bastante medievais onde rasgos de futuro, televisões por exemplo, vos podem encantar, enquanto as Stilts, com um ambiente rural e primitivo, passam bem a imagem do povo, da repressão e da vida dura que motivará a origem da Guarda Escarlate – não vou fazer spoiler. Fiquei, confesso-vos, muito curiosa por saber mais sobre as Lakelands, mas esse é um cenário de que vos falarei quando fizer a opinião da continuação que, essa sim, poderá ter spoilers por ser o segundo título da trilogia. 

Para terminar, tudo o que citei é envolvido em romance e algum drama familiar, dada a frágil situação de Mare, o que torna a história ainda mais interessante. Se tem lacunas, claro que sim, mas tem efectivamente pontos positivos suficientes para me deixar muito curiosa sobre a sua continuação, sobre o que se segue nesta guerra entre Vermelhos e Prateados, entre uma corte e outra mais distante que ainda dará muito que falar. Em conclusão, um enredo bem trabalhado, com imenso potencial e muito por onde desenvolver. 

Uma boa aposta Saída de Emergência em terras lusas, que esta vossa leitora já tinha debaixo de olho desde o seu lançamento no original, que recomendo aos fãs dos vários tipos de narrativas acima nomeados. 

Título: Rainha Vermelha
Autora: Victoria Aveyard
Género: Fantasia; Distopia



domingo, 17 de janeiro de 2016


Depois de Um Marquês Irresistível (vencedor do Prémio RITA para melhor romance histórico), Sarah MacLean regressa às livrarias com o elogiado Um Conde Apaixonante. Um romance divertido, cativante e sensual. 

Título: Um Conde Apaixonante
Autor: Sarah MacLean
N.º Páginas: 352
PVP: 18.79 €
ISBN: 9789898800176

Sinopse:
Lady Philippa Marbury, ou Pippa, é? estranha. É jovem, bela e filha de um marquês respeitado da sociedade, mas interessa-se por livros em vez de rapazes, por ciência em vez de passeios, e por laboratórios em vez de amor. O seu plano é casar-se em breve com o seu noivo, um homem simples, e viver o resto dos dias em sossego com os seus cães e as suas experiências científicas. Mas antes do casamento, Pippa tem duas semanas para experimentar tudo o resto. Quinze dias para fazer pesquisa sobre as partes excitantes da vida. Não é muito tempo e, para o fazer, precisa de um guia que esteja familiarizado com os recantos mais obscuros de Londres.
Ela precisa de Cross: o sócio da casa de jogo mais exclusiva da cidade, e que tem fama de ser o maior conhecedor do mundo do vício e dos prazeres. Mas a fama muitas vezes esconde segredos negros, e quando a nada convencional Pippa lhe pede que lhe arruíne a reputação, isso vai ameaçar tudo o que ele sempre se esforçou por proteger.

Leia um excerto AQUI

«Este livro não devia ser apenas lido, devia ser saboreado. É decadência e prazer, palpitação e tormento, humor e desejo. É arrebatador; uma leitura maravilhosa.» - Usa Today 
«Absolutamente cativante e requintadamente sensual.» - Booklist 
«Uma história original, sedutora, divertida e apelativa como o pecado.» - Library Journal 
«Riso e luxúria deliciosamente entrelaçados.» - Publishers Weekly

Da mesma autora:

Sobre a autora:
Sarah MacLean nasceu em Rhode Island, na costa leste dos Estados Unidos. É autora bestseller do New York Times e do USA Today. Foi também vencedora do Prémio RITA para Melhor Romance Histórico de 2013.
Desde adolescente que desejou ser romancista. O seu amor pela ficção histórica levou-a a formar-se em História da Europa no Smith College, em Massachusetts, e em Ciências da Educação, na Universidade de Harvard. Mudou-se para Nova Iorque para se dedicar à carreira na escrita, e é aí que ainda hoje vive com o seu marido, o seu cão, e a sua imensa coleção de romances.
É colunista no Washington Post. Venceu duas vezes o Prémio RITA para Melhor Romance Histórico, atribuído pela Associação Americana de Escritores de Romance, com os romances Um Marquês Irresistível e No GoodDuke Goes Unpunished, este último a publicar em 2016 pela Topseller.
Saiba mais sobre a autora em: www.sarahmaclean.net

Saiba mais em: Topseller


Como esta vossa leitora não tem conseguido escrever opiniões, hoje resolveu fazer mais um passatempo. Desta feita, com o apoio Objectiva do Grupo Editorial Penguin Random House.


Para sorteio, está disponível um exemplar do título Segredos, de Judite Sousa

Para se habilitarem a este exemplar, terão unicamente de responder à fácil questão abaixo colocada, ter atenção as regras de participação e ser seguidor do blogue e/ou fazer GOSTO na página do Facebook do blogue.
A partilha do link nas redes sociais não é obrigatória, mas fico grata se o fizerem.

Descubra a sua resposta aqui no Blogue.


Boas leituras*

Regras de participação:
1. Passatempo válido até 23h59 do dia 6 de Fevereiro de 2016 (sábado).
2. Só é possível uma participação por pessoa e e-mail.
4. Ser seguidor do blogue e/ou fazer GOSTO na página do Facebook do blogue.
3. Só serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
5. O vencedor será sorteado aleatoriamente, será posteriormente contacto por e-mail e o resultado será anunciado aqui, no blogue.
6. Todas as participações com questões erradas e/ou que não obedeçam às regras serão automaticamente anuladas.
7. A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio no correio de exemplares enviados pela própria e/ou pela editora.
8. Boa Sorte!


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cath ama os seus livros e a sua família. Haverá espaço para mais alguém?

Título: Fangirl
Autor: Rainbow Rowell
N.º Páginas: 448
PVP: 17.76 €
ISBN: 9789897102097

Sinopse:
Todo o mundo é fã dos livros de Simon Snow. Mas Cath vai mais longe: ser fã desses livros tornou-se a sua vida. Ela e a sua irmã gémea, Wren, refugiaram-se na obra de Simon Snow quando eram miúdas, e na verdade foi isso que as salvou da ruína emocional que foi a perda da mãe.
Ler. Reler. Interagir em fóruns, escrever ficção baseada na obra de Simon Snow, vestir-se como as personagens dos livros. Mas essas fantasias deixam de fazer sentido quando se cresce, e enquanto Wren facilmente abandona esse refúgio, Cath não consegue fazê-lo. Na verdade, nem quer.
Agora que vão para a universidade, Wren não quer ficar no mesmo quarto de Cath. E esta fica sozinha e fora da sua zona de conforto. Partilha o quarto com uma miúda arrogante; tem um professor que despreza os seus gostos; um colega atraente mas que apenas fala sobre a beleza das palavras... e, ainda por cima, Cath não consegue parar de se preocupar com o seu pai, tão querido, frágil e solitário.
A pergunta paira no ar: será que ela consegue triunfar sem que Wren lhe dê a mão? Estará preparada para viver a vida em seu nome? Escrever as suas próprias histórias? E se isso significar deixar Simon Snow para trás?

Da autora de Eleanor & Park, descubra uma nova história sobre aprender a amar.

Sobre a autora:
Rainbow Rowell vive em Omaha, Nebraska, com o marido e os dois filhos. Por vezes escreve sobre os adultos, e outras vezes sobre jovens, mas aborda sempre pessoas tagarelas, que erram e fazem asneiras e que se apaixonam. Quando não está a escrever, Rainbow lê banda desenhada, planeia viagens ao Disney World, e argumenta sobre coisas que na verdade não são muito relevantes no grande esquema do mundo.
Visitem o seu website em www.rainbowrowell.com


Saiba mais em: Saída de Emergência



Quem é o herói das eras?

Título: O Herói das Eras
Autor: Brandon Sanderson
N.º Páginas: 432
PVP: 19.80 €
ISBN: 9789896378400

Sinopse:
Para pôr fim ao Império Final e restaurar a harmonia e a liberdade, Vin matou o Senhor Soberano. Mas, infelizmente, isso não significou que o equilíbrio fosse restituído às terras de Luthadel. A sombra simplesmente tomou outras formas, e a Humanidade parece amaldiçoada para sempre.
O poder divino escondido no mítico Poço da Ascensão foi libertado após Elend e Vin terem sido ludibriados. As correntes que aprisionavam essa força destrutiva  foram quebradas e as brumas, agora mais do que nunca, envolvem o mundo, assassinando pessoas na escuridão. Cinzas caem constantemente do céu e terramotos brutais abalam o mundo. O espírito maléfico libertado infiltra-se subtilmente no exército do Imperador Elend e os seus oponentes. Cabe à alomante Vin e a Elend descobrir uma forma de o destruir e assim salvar o mundo. Que escolhas irão ser ambos forçados a tomar para sobreviver?

Da mesma série: 

Sobre o autor:
Brandon Sanderson é uma estrela em ascensão na fantasia norte-americana conhecido pela sua saga Mistborn e por ter terminado a série de fantasia épica A Roda do Tempo de Robert Jordan, após o falecimento deste. Em 2010, iniciou uma nova série de fantasia, Stormlight Archive, com o título The Way of Kings, além de outras séries direcionadas para o público jovem-adulto. Dá aulas de escrita criativa e participa em podcasts sobre escrita e o género fantástico.

Saiba mais em: Saída de Emergência



quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Letras Escarlates não é só o melhor livro de fantasia urbana do ano, é provavelmente um dos melhores de sempre. 

Título: Letras Escarlates
Autor: Anne Bishop
N.º Páginas: 512
PVP: 17.76 €
ISBN: 9789896377397

Sinopse:
Ninguém tem a capacidade de criar novos mundos como Anne Bishop, autora bestseller do The New York Times. Nesta nova série somos transportados para um mundo habitado pelos Outros, seres sobrenaturais que dominam a Terra e cujas presas prediletas são os humanos. 
Meg é uma profetisa de sangue. Sempre que a sua pele é cortada, ela tem uma visão do futuro – um dom que mais lhe parece uma maldição. O Controlador de Meg mantém-na aprisionada de forma a ter acesso total às suas visões. Quando finalmente ela consegue escapar, o único sítio seguro para se esconder é no Pátio de Lakeside – uma zona controlada pelos Outros.
O metamorfo Simon Wolfgard sente alguma relutância em contratar a estranha que lhe pede trabalho. Sente que ela esconde algo e, para além disso, ela não lhe cheira a uma presa humana. Algo no seu íntimo leva-o a contratá-la, mas ao descobrir quem a jovem realmente é e que o governo a procura, ele terá de tomar uma decisão. Será que proteger Meg é mais importante do que evitar o confronto que se avizinha entre humanos e Outros?

Sobre a autora:
Anne Bishop vive em Upstate New York onde gosta de passar o tempo a jardinar, ouvir música, e a escrever negros romances. É autora de vários romances, incluindo a premiada Trilogia das Jóias Negras.

Saiba mais em: Saída de Emergência


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Com o maravilhoso apoio Planeta Manuscrito, trago-vos hoje um novo passatempo para os fãs de distopias mas, sobretudo, de romances. 


Para sorteio, está disponível um exemplar do livro Quando as Estrelas Caem das autoras Amie Kaufman & Meagan Spooner. «Absolutamente brilhante. Esta é a ficção científica pela qual esperava! Acção, romance, voltas e mais voltas, este livro tem tudo!» - New York Times

Para se habilitarem a este exemplar, terão unicamente de responder às fáceis questões abaixo colocadas, ter atenção as regras de participação e ser seguidor do blogue e/ou fazer GOSTO na página do Facebook do blogue.
A partilha do link nas redes sociais não é obrigatória, mas fico grata se o fizerem.

Descubra a sua resposta aqui no Blogue.

Boas leituras*

Regras de participação:
1. Passatempo válido até 23h59 do dia 30 de Janeiro de 2016 (sábado).
2. Só é possível uma participação por pessoa e e-mail.
4. Ser seguidor do blogue e/ou fazer GOSTO na página do Facebook do blogue.
3. Só serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
5. O vencedor será sorteado aleatoriamente, será posteriormente contacto por e-mail e o resultado será anunciado aqui, no blogue.
6. Todas as participações com questões erradas e/ou que não obedeçam às regras serão automaticamente anuladas.
7. A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio no correio de exemplares enviados pela própria e/ou pela editora.
8. Boa Sorte!


domingo, 10 de janeiro de 2016

O 1.º livro da trilogia Starbound  
Um romance intenso. 
Uma história de amor. 
O Titanic distópico.

Título: Quando as Estrelas Caem
Autor: Amie Kaufman & Meagan Spooner
N.º Páginas: 360
PVP: 18.85 €
ISBN: 9789896576066

Sinopse:
É uma noite igual às outras a bordo da Ícaro, os passageiros divertem-se. Tarver convida Lilac para ver as estrelas.   
Então, a catástrofe abate-se sobre a enorme nave de luxo: de súbito é puxada para fora do hiperespaço e despenha-se no planeta mais próximo. Lilac Laroux e Tarver Merendsen sobrevivem. E estão sozinhos.  
Lilac é a filha do homem mais rico do universo. Tarver é de origens humildes, um jovem herói de guerra que aprendeu há muito tempo que as jovens como Lilac só dão grandes problemas.  
Mas sozinhos têm de confiar um no outro e trabalhar juntos, encetando uma jornada tortuosa pelo misterioso e lúgubre planeta para procurar ajuda.   
Enquanto lutam para salvar as vidas no meio do enigmático planeta descobrem que, apesar das diferenças, as estrelas começam a iluminar os seus corações com a luz do amor.   

«Absolutamente brilhante. Esta é a ficção científica pela qual esperava! Acção, romance, voltas e mais voltas, este livro tem tudo!» - New York Times
«Lilac e Tarver são personagens profundas, complexas e fortes, os jovens que conseguem provocar no leitor sentimentos de admiração do leitor, frustração e simpatia... um testemunho de amor, lealdade, coragem, e o poder do bem sobre a ganância e perversidade.» - Booklist

Sobre as autoras:
Amie Kaufman e Meagan Spooner são amigas há muitos anos e viajaram pelo mundo (mas ainda não pela galáxia), incluindo todos os continentes. Têm a certeza que viajar no espaço é apenas uma questão de tempo. Megan vive em Asheville e Amie em Melbourne, apesar da distância estão unidas pelo amor mútuo pelo espaço.

Saiba mais em: Planeta Manuscrito



sábado, 9 de janeiro de 2016

Sinopse: 
Matthew Fisher é um banqueiro bem-sucedido, posição que lhe permite desfrutar dos prazeres materiais e morar num apartamento com vista para o Central Park. Matt sempre foi um sedutor e um mulherengo incorrigível. Ele admite que, enquanto não encontrar a «mulher certa», se vai divertindo com todas as «mulheres erradas». Apesar disso, ele quer assentar.
Delores Warren é uma mulher diferente. O seu trabalho como engenheira espacial não a impede de ser sensual, extravagante e espontânea. Dee (como é conhecida) é decidida, principalmente no que respeita aos homens. Por ter vivido uma sucessão de relações que correram mal, resolve desistir dos compromissos sérios e aproveitar apenas os encontros casuais pelas noites de Nova Iorque.
Quando se conhecem, Matt acredita que encontrou finalmente a pessoa certa. Conseguirá ele fazê-la mudar de ideias e levá-la a aceitar um relacionamento sério?

Quem me lê há algum tempo já conhece o meu apreço por esta autora capaz de me colar um sorriso no rosto, da primeira à última página, e esta foi, definitivamente, mais uma leitura muito feliz.
Não sei se é a sua perspicácia, mordaz nos diálogos e assertiva nas personalidades, ou o espírito sagaz do seu enredo, capaz de me cativar instantaneamente, mas a verdade é que o humor de Emma Chase, mesmo nos relatos mais dramáticos, faz de me mim uma adoradora das suas histórias cruas e simples, de apontamentos singulares, em que revejo emoções comuns a cada um de nós. 

Depois de Envolvidos e Enrolados, títulos em que ficámos a conhecer a pormenor a atribulada relação de Drew Evans e Katherine Brooks, finalmente temos a oportunidade de descobrir como é que Matthew Fisher e Delores Warren, os seus amigos íntimos, tiveram direito a um final quase perfeito – sendo o quase, neste relacionamento, a chave para a felicidade deste par delicioso. Assim, e como seria expectável numa narrativa em que a protagonista é a extravagante Dee, esta é uma comédia romântica com direito a gritos de raiva e a gargalhadas desarmantes, a lágrimas e a corações partidos, mas também a um entusiasmo contagiante de quem encontra a alegria nas pequenas coisas. Ou seja, Enlaçados é pleno em efusividade e peripécias, entretenimento puro para os fãs deste género literário. 

Apesar dos personagens principais já serem conhecidos do leitor, confesso que me consegui surpreender com as peculiaridades de cada um, ambos marcados pelo passado e com perspectivas de futuro bastante distintas do que se faria prever. 
Para quem acreditava que Matt seguia as pisadas de Drew, fugindo de relacionamentos, este irá espantar-vos quando acredita ter encontrado a mulher certa, bem como pelas suas capacidades de entrega e metamorfose enquanto luta pelos seus intentos. Não é perfeito, isso é certo, e em momento algum assume a postura de herói capaz de sustentar sozinho uma relação, mas a forma como conduz o seu lado desta batalha emocional é admirável e esta vossa leitora não se importava nada de o ver passar da ficção para a realidade. Dee, por outro lado, revela fraquezas inesperadas e traumas que a sua postura jamais faria antever. Tal não a torna menos interessante, de todo, simplesmente tem muito mais que trabalhar até encontrar a estabilidade e confiança necessárias para um compromisso. Desta feita, apesar da química entre este par, são muitas as diferenças que os separam mas que, igualmente, tornam a sua ligação mais atractiva. 

Embora este livro possa ser apreciado sem a necessidade de folhear os antecedentes da série Tangled, para quem o fez há pormenores das narrativas anteriores que, juntamente com o revisitar de intervenientes que nos são queridos, tornam a leitura ainda mais agradável. Afinal, este é mais um romance bastante simples numa análise geral de conteúdos – relações afectivas de todo o tipo, os seus fracassos, medos, conquistas e desenvolvimentos –, atraindo principalmente pela forma como se apresenta e pelos seus personagens.  

Quando à escrita, discurso, temos uma vez mas um narrador do sexo masculino, o Matt, o que para mim continua a ser um estimulante ponto-chave, permitindo não só apimentar e aprofundar o olhar das leitoras sobre si mesmas, assim como levar os restantes leitores a observar de fora comportamentos e emoções com os quais coaduna. Resumindo, existem olhos brilhantes, sim, mas tal não implica falsos lirismos, através de um texto que vai directamente às sensações na sua componente mais luxuriosa, impulsionando o lado mais literal, físico, das relações e compensando com sentimentos sinceros que, por nem sempre serem romanceados, nos fazem reflectir à séria sobre um relacionamento. 

Enfim, entre gargalhadas e tomadas de consciência, é evidente que Emma Chase continua a somar pontos e a cativar-me, como uma das minhas apostas Topseller de eleição - venha o próximo. Sem dúvida, uma das minhas primeiras sugestões para quem gosta de romances. 

Enrolados Opinião
EnvolvidosOpinião

Título: Enlaçados
Autora: Emma Chase
Género: Comédia Romântica
Editora: Topseller



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