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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
Fascinada por outros mundos e uma eterna sonhadora, assim eu sou.

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terça-feira, 30 de novembro de 2010
~


Estes foram os meninos que me chegaram a casa esta mês:
* Cidade das Cinzas – Cassandra Clare
* Sangue Felino – Charlaine Harris
* Meio-Dia Azul – Scott Westerfeld (opinião Aqui!)
* Possessão – Jennifer Armintroud (leitura do momento)
* Comer, Orar e Amar – Elizabeth Gilbert
* Perfeitos – Scott Westerfeld (Livro ganho no passatempo do blogue Bela Lagosi is Dead )
*As Raparigas Que Sonhavam Ursos – Margo Lanagan (Via Winkingbooks – Aqui! )
segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ricardo Coração de Leão
José- Augusto França

Colecção: Grandes Narrativas
P.V.P.: 15,158,90 €
Nº de Páginas: 184

Sinopse: Ricardo Coração de Leão não é «um romance histórico», como o seu título pode fazer supor: as amigas do herói assim lhe chamavam por gosto e proveito, mas, universitário e jornalista, Ricardo viveu, em Portugal, crises dos anos 60 e 70 e, em França, o Maio de 1968. Depois, entre amores e desamores, incógnita e ocasionalmente cruzados, instalou-se numa quinta que fora dos Templários, a escrever, mais ou menos, a história da família. É o primeiro volume do díptico «Duas Vidas Portuguesas», cujo segundo, intitulado João sem Terra, por compreensível sugestão, põe outro protagonista da mesma geração a emigrar para França, recusando a guerra colonial. Repensando os temas, não será, porém, errado achar que Ricardo Coração de Leão, como João sem Terra, são «romances históricos», por representarem duas vidas portuguesas dos anos 60 a 80, ou mais…
Sinopse:
Depois de séculos à espera, presos na hora secreta, os darklings voltarão a caçar.
Os midnighters de Bixby, em Oklahoma, julgavam que compreendiam a hora secreta da meia-noite – até o tempo ter parado a meio do dia.
O ruído da escola interrompe-se.
Há chefes de claque suspensas no ar.
Tudo é envolvido pelo azul da meia-noite.”

E com este terceiro livro termina a série Midnighters, a primeira do autor Scott Westerfeld a ser publicada em Portugal pela editora Vogais.

Para relembrar, no primeiro livro “A Hora Secreta” (opinião Aqui!) é nos feita a introdução ao tempo azul, descobrimos o poder de cada uma das nossas personagens e a forma como isso os influência no seu dia-a-dia e a sua maneira de agir.
Em “No Limiar das Trevas” (opinião Aqui!), são revelados alguns segredos da meia-noite e introduzidas novas personagens, conhecemos também mais profundamente os protagonistas e as suas personalidades o que nos permite criar uma maior familiaridade e empatia com os mesmos.
Mas é em “Meio-Dia Azul” que seremos realmente surpreendidos pelo autor...

No término desta aventura os nossos cinco personagens Rex, Melissa, Jonathan, Jessica e Dess estão longe de imaginar os perigos que estão para vir. A hora azul está a mudar e predadores antigos, desesperados por centenas de anos sem caça, iram despertar colocando toda a população da pequena cidade do Oklahoma sob perigos inimagináveis revelando a sua faceta mais horrenda e temível.
São muitos os mistérios que estão ainda por revelar e num espaço de tempo cada vez mais curto os nossos personagens, tão distintos, serão não só surpreendidos pelo que julgavam conhecer como terão de se juntar uma vez mais pela sua sobrevivência arriscando ao limite as suas próprias vidas.


Não posso deixar de reforçar a genialidade do autor na forma como foi expondo a histórias e os seus intervenientes ao longo deste três livros. No primeiro simpatiza-se, no segundo gosta-se mas é o no final que nos deixa realmente subjugados.
Ao longo desta série vão sendo criados laços e relações, seguidos de mortes e terminando com um final realmente surpreendente e inesperado.
Neste último volume tudo o que julgávamos como certo é posto em causa e o leitor acaba por ficar constantemente surpreso enquanto desfolha o final desta história, com um aumento considerável do suspanse o autor mantém-nos presos até ao último momento.


Como já tinha dito anteriormente esta não é para mim a série mais bem concebida de Scott Westerfeld, mas ainda assim, consegue dar provas do seu talento quer numa escrita fluida e bem colocada, quer na sua imaginação sem limites.

Para mim este ultimo volume é sem sombra duvida o momento alto de toda a trilogia e para quem de alguma forma ficou desiludido no inicio deve levar esta leitura até ao fim deixando-se render a esta aventura.

Título: Meio-Dia Azul
Autor: Scott Westerfeld
Género: Fantasia
Editora: Vogais 
domingo, 28 de novembro de 2010
Pois é este a Presença tem Natal para todos!
Para os Mais Pequenos (aqui)
Para os Avós (aqui)
Para Toda a Gente (aqui)
Para a Mãe (aqui)
Para o Pai (aqui)
Cliquem nas frases acima para verificar as ofertas disponíveis e boas compras!
sábado, 27 de novembro de 2010




PS*O Natal está a chegar, com ele as melhores campanhas e oportunidades para adquirir novos livros na Bertrand. Cliquem nas imagens para saber mais!*
quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Caso desejem ir a este lançamento não se esqueçam de confirmar a presença para os contactos presentes no Flyer.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Sinopse:
“O Sol põe-se sobre a Humanidade. A noite pertence agora aos demónios vorazes que materializam na escuridão e que caçam, sem tréguas, uma população quase extinta, forçada a acobardar-se atrás da segurança de guardas de poder semi-esquecidas. Mas estas guardas apenas servem para manter os demónios à distância e as lendas falam de um Libertador; um general, alguns chamar-lhe-iam profeta, que em tempos uniu a Humanidade e derrotou os demónios. No entanto esses tempos, se alguma vez existiram, pertencem a um passado distante.
Os demónios estão de volta e o Libertador é apenas um mito… Ou será que não?
Do deserto vem Ahmann Jardir, que transformou as tribos guerreiras de Krasia num exército que extermina os demónios. Ele auto-proclamou-se Shar’Dama Ka, O Libertador, e trás consigo armas ancestrais – uma lança e uma coroa – que atribuem credibilidade à sua pretensão. Ao jurar seguir os passos do primeiro Libertador, ele veio para Norte a fim de unir as cidades-estado numa força única que lutará contra os demónios, quer elas queiram quer não.
Mas os habitantes do Norte afirmam possuir o seu próprio Libertador, Arlen, que todos conhecem por O Homem Pintado, uma figura obscura com pele tatuada com guardas tão poderosas que se tornou um oponente temível a qualquer demónio. O Homem Pintado nega ser o Libertador, no entanto as suas acções falam mais alto que as suas palavras, ensinando homens e mulheres a enfrentar os seus medos e a oporem-se às criaturas que os atormentam à séculos.
Em tempos o Shar’Dama Ka e O Homem Pintado foram amigos, irmãos de armas, mas agora são adversários ferozes. Apanhados nas contenta estão Renna, uma jovem que é levada até aos limites da resistência humana; Leesha, uma jovem e orgulhosa herbanária cujos dotes de guardadora superam os do próprio Homem Pintado; e Rojer, um jogral com um dote para a musica que acalma os demónios, ou os leva a tamanho frenesim que se atacam uns aos outros. Mas, enquanto as velhas alianças são testadas e as novas se estabelecem, surge uma nova espécie de demónio, mais inteligente e mortífero do que qualquer outro alguma vez visto.”


Depois de um emocionante começo com o livro “O Homem Pintado” (opinião Aqui!) mal podia esperar para me agarrar a “Lança do Deserto” e Peter V. Brett, mais uma vez, não desiludiu.


Como já nos tinha habituado no volume anterior o autor gosta de nos familiarizar com as suas personagens e por isso revela-nos a sua existência desde a infância, o mesmo sucede com Ahmann Jardir um personagem já conhecido mas que atinge grande relevo neste segundo livro.
Com direito a aproximadamente 250 páginas de introdução onde abrimos portas a Krasia uma terra em que podemos encontrar uma cultura com semelhanças ao nosso Médio Oriente e um povo rígido que cresce e vive sobre regras brutais que desafiam a resistência humana. Nada fica por dizer ainda que sem descrições demasiado extensas.

Contrariamente ao povo de Krasia que é lutador nato, no Norte a mudanças também começam a ser visíveis e as rotinas de medo começam, muito lentamente, a ser modificadas… Os responsáveis desta transformação são Arlen, Leesha e Rojer que agora são “O Homem Pintado”, a “Herbanária Guardadora” e o jogral que é “Encantador de Demónios” com a música do seu violino. Eles vão revolucionar a mentalidade de gerações saturadas de morrer e de perder os que lhes são queridos, iram mostrar a este povo que os demónios que tomam conta da noite podem ser derrotados.

A escrita de Peter V. Brett continua sensacional e este dá-nos acesso durante a narrativa a tudo o que é necessário para uma boa leitura. Personagens excepcionais. Um enredo envolvente. Um cenário intrigante. E uma atmosfera de suspense.
Aos poucos vai-nos sendo revelado os caminhos sinuosos das personagens agora amadurecidas e após vivenciar-nos o que os seus destinos têm vindo a construir será cada vez difícil, para nós leitores, ficarmos indiferentes.

Uma última nota para a capa, é linda! Eu estou desejosa de pegar no próximo livro deste autor e emocionar-me perante personagens tão ricas e momentos emotivos tão fortes, só espero não ter de esperar muito...


Título: Lança do Deserto
Autor: Peter V. Brett
Género: Fantasia
Editora: Gailivro


Caso desejem ir a este lançamento não se esqueçam de confirmar a presença para os contactos presentes no Flyer.  
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Uma Promessa para Toda a Vida

Nicholas Sparks
Colecção: Grandes Narrativas
P.V.P.: 18,68 € 11,50 €
Nº de Páginas: 328

Sinopse: A vida de Miles Ryan poderia ter acabado no dia em que mataram a sua mulher, dois anos antes, num acidente de viação. Sarah Andrews é professora primária, em fuga de um casamento desastroso e de um divórcio problemático. Sentindo que esta poderia ser a última chance de viverem e de serem felizes, Sarah e Miles procuram começar de novo. E pela primeira vez em anos irão novamente rir e amar. (Aqui!)
domingo, 21 de novembro de 2010
Parece mentira, certo?

A editora Planeta Manuscrito vai editar mais um livro da autora Cassandra Clare!

Eu comecei a ler esta autora recentemente e adorei, saber que posso adicionar mais um livro com a sua maravilhosa escrita à minha lista de futuras leituras deixa-me realmente feliz.

Deixo-vos o Book Trailer que já começa a ser divulgado, está realmente giro e deixa imensa expectativa =)

Sinopse:
Por vezes, há boas razões para recear a escuridão…

Aos onze anos, Arlen vive com os seus pais numa pequena quinta, a meio dia de viagem da aldeia isolada de Ribeiro de Tibbet. Quando a escuridão cai sobre o mundo de Arlen, uma estranha névoa ergue-se do chão, com uma promessa de morte aos que foram suficientemente tolos para enfrentar a escuridão crescente; pois há demónios famintos que se materializam da névoa e se alimentam dos vivos. Quando o sol se põe, não resta alternativa senão abrigaram-se por atrás das guardas mágicas e rezarem para que as suas protecções resistam até as criaturas se dissolverem aos primeiros indícios da madrugada.
A partir do momento em que a sua vida é despedaçada pela praga dos demónios, Arlen vê-se forçado a perceber que é o medo, e não os demónios, a dominar verdadeiramente a Humanidade. Acreditando que existirá algo mais no mundo, ele arrisca abandonar a segurança das suas guardas com o objectivo de descobrir um novo caminho.
Na pequena aldeia de Outeiro do Lenhador, o futuro perfeito de Leesha é destruído pela traição e por uma mentira. Publicamente humilhada, acaba a recolher ervas e a cuidar de uma anciã mais temível do que os nuclitas. No entanto, a sua desgraça transforma-a na guardiã de um saber antigo e perigoso.
Órfão e mutilado pelo ataque dos demónios, o jovem Rojer encontra o conforto no domínio das artes musicais de um Jogral, descobrindo que o seu talento único lhe confere um poder inesperado na noite.
Juntos, estes três jovens irão oferecer à Humanidade uma última e fugaz hipótese de sobrevivência”


Este é daqueles livros para se saborear demoradamente, percorrendo cada página como quem navega para um novo mundo. Peter V. Brett surpreendeu-me muito pela positiva e senti-me plenamente satisfeita após terminar a leitura deste primeiro livro.

O Homem Pintadoleva-nos a percorrer o mundo, em que a noite pertence aos demónios, sob o ponto de vista das personagens Arlen, Leesha e Rojer, três vidas cativantes e moldadas pela dureza de uma infância e adolescia traumáticas. Crescendo em meios diferentes, estes três jovens desvendam-nos vários “universos” distintos que permitiram ao autor desenvolver nas personagens aptidões diferenciadas mas que unidas farão a diferença no futuro que lhes está reservado.

É um livro que nos presenteia também com diversos pormenores atraentes, entre eles devo citar as guardas mágicas, a mentalidade dos povoados e a riqueza cultural que o autor transmite, são sem dúvida detalhes que facilmente nos permitem recriar na nossa mente todo o mundo envolvente.

É também importante sublinhar que não sendo um livro que apela ao terror o autor não se priva de revelar situações desumanas e capazes de despertar alguma sensibilidade. É livro que aprimora também nas personagens secundárias que com algum relevo são o ponto de partida para a ascensão dos personagens principais, como tal não foram descurados e todos eles conseguem despertar no leitor algum sentimento.

A escrita é fluida e muito envolvente e apesar de o livro ter um tamanho considerável desfolha-se a grande velocidade com breves descrições e uma ânsia de saber mais e mais sobre as personagens, o seu futuro e o futuro de todas as gentes.

Com uma pitada de romance e uma pitada de história (história essa do universo de Peter V. Brett), junta-se o dobro em acção e este é sem dúvida um bom livro de fantasia com todos os condimentos a que se tem direito.

Terminamos esta história com um cruzar de destinos e personagens maduras que prometem muito, no próximo livro   “A Lança do Deserto” que posso dizer desde já que não desilude.

Titulo: O Homem Pintado
Autor: Petter V. Brett
Género: Fantasia
Editora: Gailivro
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Não estava previsto mas aconteceu, só tenho a agradecer porque gostei muito!

No dia de ontem fui dar um pequeno passeio e almoçar fora, depois do almoço apeteceu-me ir o cinema e lá estava “Harry Potter and the Deathly Hallows”, julgava encontrar uma sala cheia mas sendo a sessão das 15h45 a sala estava quase vazia e passei quase três horas deliciada!

Que nostalgia… ainda me recordo, enquanto menina da emoção que sentia ao aguardar cada livro, lia e relia antes de sair o próximo volume para avivar a memória e recordar emoções. Ontem não foi diferente, posso dizer-vos que chorei e que de olhos brilhantes voltei a sentir-me rapariguinha.

É notável o melhoramento quer por parte do elenco, quer na produção. Um filme destinado para maiores de 12 anos o que é acertado, pois havia duas crianças entre a plateia e não achei o filme adequado para a sua juvenilidade.

Existe morte, existe luta, poções e feitiços como já estamos habituados, é um filme que aconselho mesmo para quem não segue a saga. Obviamente que a compreensão ficará à quem para aqueles que não estão habituados à magia de Mr. Potter, mas a produção está bem concebida permitindo a qualquer um desfrutar de bons momentos de ficção.

Eu quero ver novamente enquanto se encontrar em exibição e estou corroída de vontade para reler o último livro “Harry Potter e os Talismãs da Morte”. Por agora é aguardar com saudade até Julho por um final que sei que só poderá ser em grande desta saga épica e marcou a minha geração... Que tortura!



quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Já conhecem o livro?

Eu já tinha tomado conhecimento deste livro pelo ponto de venda Fnac mas também pela publicidade efectuada em outros blogues e é com gosto que vejo despertar mais uma obra de fantasia em português pelas mãos do autor Humberto Oliveira.

“Os Bárbaros” é um livro que faz parte da Colecção Mundos Fantásticos publicado pela Chiado Editora no passado mês de Agosto.


Sinopse:
“Lá no alto, sobre os restos caducos daquilo que um dia se chamou "humanidade", paira hoje uma abóbada celeste entabuada.
A chuva cai. Os dias são negros e iguais. Sempre iguais.
As terras estão vazias, despidas de gente. Edificações desabaram. Populações desapareceram. Povos extinguiram-se, como sementes queimadas, como vento passageiro de prazo expirado.
O ano? Há muito tempo atrás. Numa era esquecida.
Contudo, para Alexx Kajih, um sobrevivente desse holocausto que resiste no limite das forças, um sonho ainda é força motriz que o instiga avante.
E enquanto esse sonho perdurar... a esperança viverá nele”

Para conhecer um pouco melhor o autor podem verificar a sua ficha técnica disponibilizada pela Chiado Editora (Aqui!) ou mesmo na própria página do autor Humberto Oliveira (Aqui!).

É muito bom ver que mesmo com todas as contrariedades ainda não foram totalmente podadas as oportunidades aos jovens escritores de hoje e a partir do momento da publicação fica nas mãos de todos nós dar-lhes um oportunidade de crescimento.

Se quiserem adquirir esta obra podem fazê-lo através do site da Chiado Editora (Aqui!) ou através dos já conhecidos pontos de venda como a Fnac, Wook, Bertrand entre outros. (Preço de editora 17€)

Espero em breve ter a oportunidade de desfolhar mais esta história... Boas leituras!
domingo, 14 de novembro de 2010
Sinopse:
(…)
“Caminharam juntos até ao passeio. Laura deixava para trás a sua mota, com pesar. Aquela mota que acompanhara por tantas vezes, e que sentia como parte de si. Fosse como fosse, teria de a deixar para trás quando partissem. Talvez, devesse fazer o mesmo com aquela nova verdade, que a deixara frustrada.
Os seus pais nunca lhe haviam falado de vampiros. Os vampiros faziam parte do imaginário popular, das histórias de terror, do cinema. No fundo era como Gabriel dizia: uma verdade rejeitada pelos eruditos. E os seus pais não eram povo.
Como é que poderia imaginar um mundo maravilhoso com vampiros e lobisomens?!
Se os asquerosos não teriam lugar nesse novo mundo, aqueles também não o teriam. Seria necessário eliminá-los!
De repente a iluminação piscou. Os olhos de ambos fixaram-se no horizonte, até onde alcançavam, e começaram a ver a luzes extinguirem-se, umas atrás das outras, como peças de dominó, como se as trevas fossem tragando a luz num gloop-gloop dantesco; anúncios atrás de anúncios, cartazes electrónicos atrás de cartazes electrónicos, salas de escritórios atrás de salas de escritórios; e os candeeiros nas ruas...
Uma espécie de rastilho correu as ruas de Lisboa apagando tudo o que eram luzes.
Fez-se trevas.
Um piscar trémulo e insistente atraiu a atenção de Gabriel. Um dos candeeiros da Av. 5 de Outubro extinguia-se como uma brasa, para logo se reacender como se assoprado, até que desistiu. Lembrou-o, sarcasticamente, da esperança da humanidade...
As trevas desceram sobre Lisboa.”
(…)


Sentia-me bastante intrigada quando comecei a desfolhar este livro. Não conhecia o autor, mas sendo português era obrigatório dar-lhe uma oportunidade.

O título não é, de todo, explícito e durante a narrativa não conseguimos concluir a que se refere, mas poderemos enquadrar a “Terra” como sendo um “Império” no universo e que se encontra sob ataque de seres de outro mundo. Neste primeiro volume iremos então presenciar “O Princípio” dessa invasão.

Em relação à nossa história ela é conduzida pelo personagem principal, Gabriel, que após acordar num hospital de campanha se depara com um cenário pós-apocalíptico.

Será sob essa perspectiva que vamos então descobrir o que está a alterar o nosso planeta, sabendo que toda a tecnologia de ponta deixou de funcionar, o nosso ar passou a ter uma consistência estranha e as pessoas simplesmente estão a ser atacadas e a desaparecer. Estranho?
Desenganem-se, o mais estranho ainda está para vir entre batalhas e cenas repletas de acção, enquanto o nosso jovem Gabriel se depara com uma realidade que só julgava possível no pequeno e grande ecrã ou em livros de FC.
O caminho de Gabriel não se advinha fácil e as perspectivas de sobrevivência são diminutas mas o nosso personagem não descansará enquanto não descobrir o que está a acontecer ao nosso planeta que aparenta estar a modificar-se correndo o risco de levar a humanidade a uma regressão do desenvolvimento do seu espécime. Enquanto caminhamos com Gabriel pela sua vida e necessidade de descoberta vamos ainda poder depararmo-nos com seres do fantástico como os vampiros, mas também mutantes e seres humanos iguais a todos nós com crenças e conceitos numa Lisboa no ano de 2029.

Uma das personagens que mais gostei foi Laura, poderia ter sido mais trabalhada como mulher mas ainda assim tem uma humanidade tocável que tenta a todo o custo guardar e fazer ver durante a trama.


Posso dizer-vos que fui surpreendida por uma narrativa breve (196 páginas), mas que desenrola a um ritmo acelerado, prendendo desta forma o leitor que se vê obrigado a continuar a história para saber o rumo dos protagonistas.

Por sua vez a imaginação de Paulo Fonseca não pode, de forma alguma, ser posta em causa e apesar de nem sempre, em minha opinião, a narrativa ter sido exposta da forma mais correcta é visível o imenso potencial desta história. Eu diria que este livro poderia ter sido mais bem concebido se tivesse mais 200 páginas e tivesse sido permitido ao autor desenvolver mais todas as temáticas envolventes. Ficamos com a sensação que foi feito muito depressa entendem? Apesar do visível trabalho de pesquisa falta qualquer coisa.

Mas sim, é um bom livro de ficção científica (com nuances de fantasia e romance), que com uma boa dose de suspanse deixa em aberto uma continuação que quererei ler em breve.


Eu gosto de ler em português e mesmo que não seja uma obra extraordinária terá sempre um cantinho especial na minha estante.

Queria por fim agradecer ao Blogue da Morrighan onde ganhei este livro num passatempo tendo assim a possibilidade de enriquecer um pouco mais a minha singela biblioteca com aquilo que Portugal tem de bom.


Titulo: Império Terra - O Princípio
Autor: Paulo Fonseca
Género: Ficção Científica.
Editora: Papiro Editora
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Já conhecem?

Bem eu li hoje a noticia e não resisti, aderi!
Funciona exactamente como o famoso BookMooch com a diferença de que é português.
Para pessoas como eu, que têm mais facilidade em ler em português é óptimo.

Portanto o livros que não gosto, livros repetidos ou simplesmente livro que quero desfazer-me encontrei a forma ideal de o fazer. Winkingbooks.

Espero que também gostem. Cliquem na imagem e venham conhecer melhor esta iniciativa!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Também eu consegui atingir a tão aclamada meta.

Penso que este ano li mais que em anos anteriores, talvez por ter começado a interiorizar mais todo o universo literário disponibilizado pela internet.

Eu que adoro literatura fantástica, alcancei os 50 livros com “A Rapariga Que Roubava Livros”, um romance da colecção Grandes Narrativas da Editorial Presença.

O meu desejo é continuar a ler sempre, para sempre e enquanto a vida me permitir, a este ritmo ou a um ritmo mais lento o importante para mim é continuar a conseguir usufruir de mais histórias neste meu universo paralelo Elphaba. Conseguir continuar a desfolhar com a mesma paixão a cada livro, com leituras melhores outras piores, mas sempre com alguma aprendizagem.

Boas Leituras a todos.
Sinopse:
“Molching, um pequeno subúrbio de Munique, durante a Segunda Guerra Mundial. Na Rua Himmel as pessoas vivem um dia-a-dia penoso, sob o peso da suástica e bombardeamentos cada vez mais frequentes, mas não deixam de sonhar. A Morte, narradora omnipresente e omnisciente, cansada de recolher almas, observa com compaixão e fascínio a estranha natureza dos humanos. Através do seu olhar intemporal, é-nos contada a história da pequena Liesel e dos seus pais adoptivos. Hans, o pintor acordeonista de olhos de prata, e Rosa, a mulher com cara de cartão amarrotado, do pequeno Rudy, cujo herói era o atleta negro Jesse Owen, e de Max, o pujilista judeu, que um dia veio esconder-se na cave da família Hubermann e que escreveu e ilustrou livros, para oferecer à rapariga que roubava livros, sobre as páginas de Main Kampf recuperadas com tinta branca, ou ainda a história da mulher que convidou Liesel a frequentar a sua biblioteca, enquanto os nazis queimavam livros proibidos em grandes fogueiras. Um livro sobre uma época em que as palavras eram desmedidamente importantes no seu poder de destruir ou de salvar. Um livro luminoso e leve como um poema, que se lê com deslumbramento e emoção.”


Este foi sem dúvida um livro que me despertou o interesse mesmo antes de o ter nas mãos. Emocionalmente muito forte é para mim muito difícil transmitir-vos tudo o que senti. Quanto terminei de escrever a minha opinião tinha 4 páginas A4 e umas quinze páginas marcadas que gostaria de vos citar, mas sendo impossível expor algo tão extenso optei por colocar a minha opinião da seguinte forma:


História: Como é fácil perceber este livro é mais um retrato da Segunda Guerra Mundial. Desta feita vimos o sofrimento sob o ponto de vista da Alemanha pobre, mais propriamente um subúrbio de Munique, Rua de Himmel.
Através de Liesel, criança adoptada por família pobre conhecemos inúmeras vidas e prespectivas diferentes de viver a guerra. Existe pobreza, existe fome, existe dor, existe o medo constante mas existem também os sorrisos fáceis das crianças e através delas uma réstia de esperança na vida, os seus pormenores, as pequenas conquistas e ironias inocentes. Tudo isto enriquece esta história e deixa-nos na alma o sabor amargo de um dia-a-dia difícil em que cada pequena vitória não é mais que um belo castelo de areia.


As Personagens: Sem conseguir escolher uma como preferida posso dizer que as adorei a todas e às suas particularidades.

Morte: Como narradora tem um papel fundamental. Um ser cansado de transportar almas, com mais 40 milhões de almas carregadas a seus braços ainda antes de guerra findar, mostra-nos a forma como o mundo deixou de ter cor e passou a ser apenas cinzento. Confusa por não compreender o ser humano nas suas atitudes, somos por vezes confrontados com as suas reflexões e tentativas de compreender.
Oferece-nos os seus monólogos mais reais quando nos conta particularidades brutais, mas ainda assim sublimemente descritos sobre as crianças que carregou e afagou em campos de concentração. É também ela quem muitas vezes nos elucida sobre a forma como as personagens actuam ou pensam sendo intermediária entre o leitor e todas as outras vidas.

Liesel: Criança filha de mãe comunista e por isso mesmo dada para adopção. Durante a sua viagem para a Rua de Himmel perde o irmão e rouba o seu primeiro livro. Com uma história enriquecedora e preenchida de infortúnios é o laço que nos une a todas as outras existências. Uma menina sensível e apaixonada pela leitura rouba livros durante a narrativa das formas mais surpreendentes. Com uma inocência infantil descobre os afectos e o peso da perda. Com a sua carência humana estropia-nos o coração e termina a história como uma grande mulher.

Hans: É o pai adoptivo de Liesel e preenche a nossa história de humanidade numa realidade desumana e transcendente. Uma lufada de ar fresco e fonte de inspiração este homem é carinho e amor com o olhar.
Sobre ele vimos vários fardos, ex. combatente da primeira guerra vai ser novamente sacrificado, não pertence ao partido nazi e desta feita através dele vemos todas as dificuldades que isso acarreta. Com um coração enorme, Hans dos olhos cor e prata trás muitas emoções ao longo da narrativa.

Rosa: Mãe adoptiva de Liedel e a responsável pela sopa de ervilhas de segunda a domingo! Uma mulher dura, capaz de uma valente Watschen (uma boa surra) mostra à nossa criança a colher de pau, as ruas de Munique e outras vidas no seu oficio de “lavadeira”. Mas também demonstra a coragem para ultrapassar os tempos mais duros. É uma personagem crescente ao longo da narrativa. Primeiro estranha-se, depois gosta-se mas no fim é impossível não sentir adoração.

Max: O judeu pugilista. (Oh Max o que eu chorei por ti.) A verdadeira aflição de ser judeu é encarnada em Max, o seu medo, o seu ódio, a sua luta interior contra o próprio Fuhrer e a revolta imensa de existir naquele mundo. Quem não sentiria?
É uma personagem mágica, durante os meses que vive escondido na cave da família Hubermann oferece livros à menina Liesel e compartilha com ela um laço de perda e de amor, uma amizade tão crua e sincera que é impossível não nos sensibilizar de numerosas formas.

Rudy: O amiguinho de Liesel. Rudy é quem mais me fez sorrir na sua inocência de menino de rua, irmão de mais seis conhece a fome e o prazer da conquista. Sempre ao lado da “Rapariga Que Roubava Livros” vivem muitas peripécias. Atentos como só as crianças sabem ser, mostram-nos particularidades sem no fundo compreenderem bem toda a desgraça que os rodeia. Proporcionam ao leitor momentos doces e ternos, para mim inesquecíveis. Um beijinho para todos os Rudys que existiram neste mundo.


Todos os outros: Existem muitas outras personagens que gostaria de citar, como a mulher do presidente da câmara, Ilsa Hermann, que mostra a Liesel a sua biblioteca e loucura.
Tommy um companheiro de rua que também ele sofre maselas da guerra.
Frau Holtzapfel a visinha do lado rude e dura como pedra, mas não terá elas as suas razões?
São muitos, tantos os que enriquecem esta narrativa, tantos os que Liesel nos apresenta e que de alguma forma marcaram a sua vida. É difícil enumera-los, mas mais difícil é esquece-los.


Alguns Pormenores: É nos pormenores que esta história mais nos toca o coração. Somos muitas vezes sensibilizados sem nos apercebermos, alusões feitas aos pormenores mais crus da guerra nunca nos deixam esquecer o que estamos a reviver e o que aconteceu não só na Rua de Himmel como em toda Alemanha e países intervenientes. Paradas de judeus, “Rua das Estrelas Amarelas” e “Duche após Duche” são expressões inesquecíveis e que perduraram para sempre manchando a nossa história. Existem ainda os livros feitos por Max a que temos acesso, desenhos e histórias simples mas cheias de simbologia… é possível vermos as frases de Mein Kampf através das ilustrações sobrepostas, estes pormenores fazem sem dúvida toda a diferença.


A Escrita: Sou obrigada a fazer uma vénia a Markus Zusak, as suas descrições são sublimes. A Morte como narradora? Genial! O autor não deixa nenhum detalhe de fora e temos imensos apontamentos a negrito, sejam eles expressões, citações ou pequenos diálogos que enaltecem ainda mais toda a narrativa.


Citação: É mais forte que eu e tenho de citar uma passagem breve. Página 298, “O Diário da Morte: Os Parisienses”.
“Para mim o céu era da cor de judeus.
(…)
Arrepio-me sempre que me lembro, e tento abstrair-me.
Sopro ar quente para as mãos, para as aquecer.
Mas é difícil mantê-las quentes quando as almas continuam a tremer de frio.
Deus.
Digo sempre esse nome quando penso naquilo.
Deus.
Pronuncio-o duas vezes.
Digo o Seu nome numa tentativa vã de compreender. «Mas o teu trabalho não é compreender.» Sou eu mesma que respondo. Deus nunca diz nada. Pensam que são os únicos a quem ele nunca responde? «O teu trabalho é…» E deixo de me ouvir, porque, para falar fracamente, eu canso-me mim própria. (…)”


Eu: Eu, fui arrebatada para este livro. Sem dúvida o meu preferido deste ano. Chorei que nem uma perdida muitas vezes e dei por mim a lê-lo de forma sôfrega. Ao estilo masoquista entendem? Quanto mais chorava mais difícil era arrancar-me destas páginas. Quando terminei senti-me vazia e cansada emocionalmente como a Morte. Dei a mim mesma tempo para reflectir sobre tudo o que li e lembro-me de adormecer bem longe do meu quarto e bem perto de todos aqueles que vivi nesta história. Que posso dizer-vos, se tiverem uma oportunidade leiam, para mim foi Excelente.


Titulo: A Rapariga Que Roubava Livros
Autor: Markus Zusak
Género: Romance.
Editora: Editorial Presença
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Nem sempre as páginas me acompanham e algo que também me encanta é a música.

Quase de todos os géneros, depende do estado em que se encontra alma e por vezes até do livro que a transporta para lá deste mundo.

Hoje ouvi o poeta, ou o cantor, como prefiram. Hoje foi esta a eleita para reflectir sobre "A Rapariga Que Roubava Livros".

Esta música é linda e é tão nossa, se fosse só minha cantá-la-ia para todos vós, pois a todos os despertares podemos aplicar “uma frase batida, hoje é o primeiro dia do resto da tua vida”.



Sinopse:
"Virei-me para sair, mas a porta fechou-se a poucos centímetros da minha cara. De repente, um vento pareceu soprar através da sala e as fotografias nas paredes chocalharam. Quando me virei de novo para as raparigas, estavam as três a sorrir, os cabelos a ondularem-lhes a volta dos rostos como se estivessem debaixo de água.
O único candeeiro da sala tremeluziu, e apagou-se. Eu apenas conseguia distinguir faixas prateadas de luz que passavam sob a pele das raparigas, como mercúrio. Até os seus olhos brilhavam.
Começaram a levitar, as pontas dos sapatos regulamentares de Hecate mal tocando a carpete musgosa. Agora, já não eram rainhas do baile de finalistas, nem supermodelos – eram bruxas, e até pareciam perigosas.
Apesar de me debater contra a vontade de cair de joelhos e colocar as mãos acima da cabeça, pensei, “Eu também seria capaz de fazer aquilo?"


Sabem aquela sensação de ver um bolo com aspecto delicioso na montra de uma pastelaria pela manhã?
Passar o dia inteiro a pensar em como iremos desfrutar daquele deleitoso sabor.
Ao fim do dia, conseguirmos compra-lo e corrermos para casa já a pensar em cometer o pecado da gula.
E eis que então o aguardado momento em que damos a primeira e muito desejada dentada chega… e com ele derretem-se todos os nossos sonhos, ficamos completamente desiludidos pelo sabor. =/

Não perdemos o dia por isso, mas imaginamos mil e uma maneiras de como ele poderia ter terminado melhor. Assim me sinto em Relação a “Hex Hall”.


Este livro come-se com os olhos, a capa é muito bonita, com um gato preto e uma bruxa que desperta a curiosidade. Primeira nota, a bruxa é alérgica a gatos! (ainda não descobri porque é que ele entra na capa, mas pronto um pequeno erro perdoável.)

A história é gira, com todos os clichés de “Harry Potter” que retiram algum mérito a Rachel Hawkins, não deixa de ser uma história gira. Mas vejamos, não passa disso. Não surpreende, não cativa e percebemos que fizemos um mau investimento de 14€ (ou coisa que o valha).
Atenção, eu leio muita fantasia, quem lê pouca poderá sem dúvida desfrutar de bruxas e bruxinhas, lobisomens e fadinhas, mas para um amante do fantástico… Se tivesse quinze ou dezasseis anos teria gostado entendem?
A escrita é super infantil, não há segredo nos mistérios e mesmo as piadas são absolutamente teen

O ponto positivo vai para Sophie Mercer, a nossa heroína, pelo seu imenso sarcasmo e dose de humor. Não tive uma gargalhada por páginas mas deu para ir digerindo a história. O livro é pequeníssimo (felizmente), portanto recomendo a quem queira voltar a ser adolescentes durante um fim-de-semana.


Sei que quem segue com um pouco de atenção as minhas opiniões, deve sentir-se surpreendido por esta critica tão pouco positiva, mas acreditem até eu fiquei!

PS: Uma melhor amiga vampírica, amante de rosa-chiclete e lésbica (ou gay seguindo a tradução), as personagens da história são crianças… Nada contra mas deixa com toda a certeza um “mas”.


Titulo: Hex Hall
Autor/a: Rachel Hawkins
Género: Fantástico
Editora: Gailivro

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