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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sinopse:
Wynthrope Ryland é um experiente ladrão que usa o seu charme junto de mulheres bonitas e com posses para conseguir os seus bens valiosos. No entanto, essa vida de crime não é a que deseja para si e, quando jurou deixá-la, eis que tem de cometer um último crime para proteger a carreira e a família do seu irmão North. Moira Tyndale, uma imponente viscondessa, é o seu último alvo. Porém, quando o descobre já uma profunda ligação os une. Wyn percebe que não pode mais ignorar a sua paixão. Deve proteger os seus segredos e o seu passado, mas não pode protegê-la de si mesmo. Como pode ele escolher entre o desejo do seu coração e a segurança do seu irmão?

Como vem sendo habitual neste género literário, a sensualidade, um toque de mistério e os segredos luxuriosos de uma alcofa compõem a essência de Na Noite. As suas personagens, bem trabalhadas sem dúvida, são a alma desta história e espelham, com relativo esmero, o retrato de uma época em que as emoções eram enigmas mantidos muitas vezes para além do casamento.
Este é, portanto, o livro ideal para os leitores que dão prioridade ao romance e às intrigas sociais que construíram o curioso quadro da elite londrina no início do século XVII.

No que respeita ao enredo e aos seus protagonistas, Moira Tyndale destaca-se como uma jovem viúva, rica e muito bem-vista pela sociedade enquanto Wynthrope Ryland, por sua vez, se mantém à margem, usufruído do seu poder de sedução para levar acabo as suas actividades ilícitas.
Há muito tempo que Moira perdeu a esperança de conhecer o amor, ao aceitar casar-se com um homem pouco convencional que lhe ofereceu a liberdade. Mas agora, que se encontra novamente solteira e que trocou um primeiro contacto com o belo e mal-afamado Wyn, os fantasmas do passado retornam e o seu bilhete para a felicidade atinge um preço elevado que pode corromper a reputação e o orgulho que tanto lhe custaram a conquistar.
Wynthrope sempre quis provar o seu valor e deixar de ser apenas mais um entre a prole de irmãos de que faz parte. Quis o destino que o caminho traçado para si nunca fosse o mais correcto, roubando-lhe as ambições de um bom casamento mas ao aproximar-se de Moira, ao sentir o magnetismo e atracção entre ambos, este homem sabe que terá de parar de roubar em nome de uma causa em que já não acredita e, para isso, terá de fazer uma escolha muito difícil através de um último e derradeiro trabalho que poderá retirar-lhe a única oportunidade que concedeu a si mesmo.
Entre a vontade e o medo de serem felizes, descobrirem como se podem libertar dos seus passados e esquecerem aquilo de que a vida lhes privou, este casal terá muito por onde explorar, conceito que a autora trabalhou de forma muito intensa para deleite dos leitores que apreciam a descrição de emoções.

Para lá das personagens principais que dominam grande parte do enredo, que se sustenta quase na totalidade pelos seus anseios, este livro oferece-nos a possibilidade de explorar levemente intervenientes secundários que alguma forma aprimoram a história e apresentam um imenso potencial para dar continuidade à série Ryland Brother (embora esta não esteja a ser publicada pela ordem original), falo-vos, é claro, dos três irmãos de Wyn.
Além da família Ryland, Minerva, a irmã mais nova por quem Moira é responsável, é outra dos intervenientes que conhecemos pela sua proximidade à protagonista e que se evidência pela sua beleza, teimosia asinina e um humor interessante partilhado, também, por Nathaniel, amigo e confidente de Moira. Esta personagem é particularmente interessante porque explora uma temática actual mas pouco abordada em romances de época.

Quanto a pormenores, a narrativa apresenta um cenário fiel à época, sendo o seu texto muito direccionado para o carácter emotivo e dramático desta história, que visa transmitir mais uma imagem da nata social inglesa de uma forma muito lúdica. Existem pormenores interessantes, é um facto, mas o realmente acabará por marcar a leitura é o casal principal e o seu lado psicológico e sentimental que estão exaustivamente descritos.

Em suma, esta é uma boa opção para quem gosta desde estilo de livros mas tem pouca acção. Os mistérios poderiam estar mais explorados e prevalece a sensação de que tudo se centra no carácter das personagens que, por sua vez, muitas vezes sentimos necessidade de impulsionar a dar o passo que o leitor tanto anseia.

Kathryn Smith apresenta uma escrita cuidada, que prima pelo detalhe procurando encontrar a empatia do leitor com os seus intervenientes.
As suas descrições são agradáveis só que, não querendo repetir-me mas já o fazendo, pouco mostram fora do círculo de acção principal. Creio que não estando a série a ser publicada pela ordem original, existirão possivelmente muitas singularidades a que o leitor já deveria ter tido acesso para se ambientar durante a leitura.

Não sendo uma obra extraordinária, posso dizer que nada tenho a apontar às personagens que estão extremamente bem construídas, principalmente Moira que enternece quem lê pelo seu coração doce, generosidade e baixa auto-estima ao contrário do que pretende mostrar durante a narrativa. Gostei particularmente do seu carácter fidedigno para o tempo da história.
O ponto menos positivo é a exposição repetitiva dos pensamentos de Wyn e Moira que, embora sejam atractivos, a determinada altura o leitor já os conhece suficientemente bem para dispensar as suas reflexões.
O ponto alto foram, em definitivo, os momentos de acção, quer seja nos momentos mais enigmáticos onde se criou algum suspense, ou cenas mais românticas onde a autora soube transmitir a paixão.

Este livro é uma publicação Livros D’Hoje que aposta em géneros variados incluindo, claro, bons romances  que eu já tive descobrir e que me surpreenderam positivamente. Um livro para todos os leitores de romance sensual de época.

Título: Na Noite
Autora: Kathryn Smith
Género: Romance
Editora: Livros D’Hoje 

7 comentários :

Inês Santos disse...

Já o tenho cá em casa. A tua opinião só veio confirmar o que eu já sabia... que o tenho que ler o mais rapido possivel =P

Elphaba disse...

Se leste a minha opinião atentamente... Bem espero que gostes Ne :)

O meu desejo é sempre o mesmo Boas Leiuras *.*

Morrighan disse...

Eu cá, tenho para ler, mas ainda não me sinto suficientemente motivada!

Beijos e boas leituras

Elphaba disse...

É como disse Morrighan, as descrições emocionais são exageradas. Espero que os próximos da série sejam melhores.

Anónimo disse...

Já o li e até gostei. Não é nenhuma obra prima, mas é um livro que se lê bem e até é giro. :)

Tens um selinho no meu bloguinho :D

Bjs*

Elphaba disse...

Olá Crazy :)
Sim é giro mas sei lá... quando se lê Emma Wildes ou Lisa Kleypas, lemos este livro e ficamos a pensar que falta algo :P

Beijinhos & Obrigado pelo selo & Boas leituras*

Anónimo disse...

Sim, verdade. Comparando com essas autoras notamos logo diferenças bem grandes!

bjs*

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