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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Sinopse:
Com dezasseis anos, Cinder é considerada pela sociedade como um erro tecnológico. Para a madrasta, é um fardo. No entanto, ser cyborg também tem algumas vantagens: as suas ligações cerebrais conferem-lhe uma prodigiosa capacidade para reparar aparelhos (autómatos, planadores, as suas partes defeituosas) e fazem dela a melhor especialista em mecânica de Nova Pequim. É esta reputação que leva o príncipe Kai a abordá-la na oficina onde trabalha, para que lhe repare um andróide antes do baile anual.
Em tom de gracejo, o príncipe diz tratar-se de «um caso de segurança nacional», mas Cinder desconfia que o assunto é mais sério do que dá a entender.
Ansiosa por impressionar o príncipe, as intenções de Cinder são transtornadas quando a irmã mais nova, e sua única amiga humana, é contagiada pela peste fatal que há uma década devasta a Terra. A madrasta de Cinder atribui-lhe a culpa da doença da filha e oferece o corpo da enteada como cobaia para as investigações clínicas relacionadas com a praga, uma «honra» à qual ninguém até então sobreviveu. Mas os cientistas não tardam a descobrir que a nova cobaia apresenta características que a tornam única. Uma particularidade pela qual há quem esteja disposto a matar.

© A última opinião de 2012 é de um dos melhores livros do ano…
… é bom terminar assim! ©


Ao longo do ano tenho vindo a render-me às distopias e a sua capacidade de ensaiar, distorcer e perspectivar um futuro ousado. Mais do que a tecnologia ou a fantasia, neste género literário fascinam-me as alterações sociais que a humanidade poderá vir a sofrer para se adaptar, encanta-me que as emoções possam vir a ser mais preciosas, quando agora são muitas vezes desvalorizadas, e surpreende-me reflectir sobre o pouco que tenho agora imaginando-o, num tempo distante, como algo inestimável. Cinder conseguiu seguir todos estes conceitos à risca e muito mais, pontuando consecutivamente o seu enredo de pormenores brilhantes e desenvolvendo uma heroína intemporal, modificando-a eximiamente sem que esta perder-se a sua originalidade, ao longo de uma narrativa com um fundo conhecido de todos nós.

Como próprio título induz, esta história foi, em parte, inspirada no clássico da Cinderela, um conto de fadas que tem perpetuado ao longo de muitas épocas diferentes sendo, a mais antiga, datada de, aproximadamente, 860 a. C., no entanto a forma como a autora o trabalhou este texto comum funcionou na perfeição, evidenciando as características principais do enredo original atendendo, contudo, enquadra-lo numa comunidade arrojada que espelha na perfeição dicotomia futuro e antiguidade.

Em relação à protagonista, Cinder segue a mesma linha até então adoptada para a Cinderela com excepção de não haver o cuidado de evidenciar a sua beleza, muito pelo contrário. Ela uma cyborg, ex. humana, a quem foi salva a vida através de uma actualização tecnológica muito avançada acabando por ficar com partes do corpo mecânicas sendo, por ironia, ela própria uma mecânica que, seguindo a linha original de encantar, é explorada pela madrasta que pretende ver uma das suas duas filhas biológicas casada com o Príncipe Imperador Kai. No que respeita a outras personagens estas são o ponto fraco do livro, muito embora sejam superiores à maioria das personagens secundárias que podemos encontrar. São interessantes, sim, mas no geral nenhuma tem particularidades excepcionais e acabam por ser exploradas de forma ligeiramente superficial, exceptuando, talvez, o andróide que acompanha Cinder, Iko. Este robô faz-nos reflectir até que ponto existe justiça na criação de uma máquina com emoções quando existe a possibilidade de, posteriormente, ser considerada uma produção falhada. E isto, meus caros leitores, é um tema que me faz pensar bastante em relação aos avanços que a humanidade vai alcançado nesta área científica em particular.

O ambiente é outro dos aspectos bem conseguidos nesta obra. A autora consegue criar um conceito inovador em torno da actual Pequim, local onde se desenvolve a acção, e ao mesmo manter-se fiel aos dramas sociais de sempre. Desta feita, quem lê pode visualizar arranha-céus e carros voadores misturados com vendas de rua e a pobreza de um povo derrotado pela peste. Esta peste, uma doença que está a destruir a população terrestre a conduzi-la para um fim previsível, é outro dos conceitos explorados que está bem conseguido, evidenciando que por muita tecnologia que se crie estamos sempre um passo atrás no que se trata de encontrar curas para o que é realmente importante.

No que se trata de pormenores, gostei bastante dos lunares, sobre os quais não vou adiantar assunto nesta primeira opinião porque, creio, vos dará bastante prazer descobri-los vocês mesmos. Posso, no entanto, adiantar-vos que vivem na Lua e que têm uma rainha má, muito má, e que esta vilã acaba por ser quem impulsiona todo o desenvolvimento da história que, de certa forma, consegue fugir um pouco ao habitual conceito de romance YA, ao brindar-nos com tudo o que vos disse anteriormente.

Em suma, esta é uma leitura que aconselho a quem gosta não só de distopias como de ficção científica mas, também, aos leitores que sabem apreciar as entrelinhas de uma narrativa de entretenimento.

Marissa Meyer tem uma escrita acessível a qualquer leitor e conquistou-me, particularmente, pela sua criatividade e imaginação extraordinárias, bem como através do método adoptado para aliar todos os temas que explora ao longo do texto.
As suas descrições são particularmente cuidadas na criação de ambiente, em questões relacionadas com a tecnologia e todo o conceito maravilhoso da ficção. Existe também primor ao retractar as emoções de Cinder, que facilmente criará empatia com os leitores (não fosse ela a Cinderela), ao mesmo que tempo que não nos deixa esquecer a sua juventude versus maturidade conseguida através das dificuldades da sua vida.
Marissa é uma autora inteligente e Lunar Chronicles promete futuras leituras maravilhosas, eu, pelo menos, estou ansiosa pelo próximo livro que será publicado no original em Fevereiro com o título Scarlet.

Quanto a mim, adorei a história e vai certamente contar entre os melhores dentro do seu género.
Gostei de tudo aquilo sobre o qual me fez reflectir e da simplicidade e valor transmitidos através de alguns gestos de amizades. Gostei igualmente da janela que se abriu para um novo mundo e me fez sonhar, assim como de recordar a intemporalidade das histórias de encantar.
Já agora, não sei bem porquê, mas houve alguns momentos que me fizeram lembrar o tecnologia de Star Wars, o que não é mau, de todo, e me leva a citar que também achei interessante a forma como o nosso mundo está dividido e tudo o que esta relacionado com o imperialismo chinês.

Esta obra é uma grande aposta Planeta Manuscrito, que em 2012 se esmerou particularmente para oferecer boas leituras a todos nós. É uma obra que eu gostava de sugerir a todos os leitores mas que, por receio de ser mal interpretada, sugiro apenas ao leitores deste género literário.

Título: Cinder
Autora: Marissa Meyer
Género: Distopia, Ficção Científica

4 comentários :

Morrighan disse...

A tua opinião está muito boa!

Como bem sabes este livro encontra-se no meu top 10 de livros de sagas do ano :))

Beijinho e bom ano novo!

Elphaba disse...

Obrigado Morri :)
O livro é fantástico. Estou ansiosa pelo próximo... Já sabes que não vai ter a mesma protagonista?

Beijinhos, Bom ano.

Olá Daniela! Igualmente :)
Obrigado pelo aviso. Beijinhos*

Mil Folhas disse...

Olá!

Deixei-te um selo no meu blog! =)

Fernanda Bizerra disse...

Não conhecia este livro e gostei agora é colocar na listinha de leitura..rsrs


Tem promoção no blog, participe!

http://fernandabizerra.blogspot.com.br/


Beijokas!

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