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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sinopse:
Enquanto uma negra conspiração se vai expandindo por algumas cidades europeias, três adolescentes divertem-se, navegando pela Internet, tentando decifrar mistérios e crimes até então irresolúveis.
Dana, Mark e Rohan são provenientes de nações distintas mas os seus interesses e suas motivações convergem. À medida que uma onda de crimes vai assolando o território do velho continente, os jovens vão interagindo através das comuns salas de chat, falando sobre um infindável número de temas.
O percurso das suas vidas toma, porém, um rumo diferente, acompanhado de estranhos acontecimentos que podem mudar os seus destinos.
Paralelamente, uma sociedade secreta, cujos elementos parecem tão competentes quanto obstinados, move-se de forma obscura e sanguinária, onde todos os seus passos são criteriosamente preparados, na tentativa de alcançar um marco até então inatingível.

Quando este livro foi lançado, bastante comentado e, até, elogiado, confesso-vos que senti bastante vontade de o adquirir e, por isso, quando se proporcionou a compra, directamente ao autor com direito a autógrafo, não resisti.

Direccionada particularmente para os aficionados de policiais, A Trama da Estrela introduz o leitor no centro de um culto secreto no exacto momento em que este lima as últimas directrizes para levar a cabo uma operação que promete ceifar vidas. Ao mesmo tempo, e com igual cuidado, quem lê começa acompanhar uma peculiar relação entre três jovens que se conhecem através de uma sala de chat, um indiano, um alemão e uma inglesa – Rohan, Mark e Dana, respectivamente – entusiastas de enigmas criminais que perpetuam na história por resolver.
Quando esta sociedade misteriosa dá os primeiros passos no seu esquema diabólico, os jovens recebem as primeiras informações pelos meios de comunicação social e, rapidamente, ficam presos a todos os desenvolvimentos desta trama que aumenta a ligação entre eles e promete, à partida, que de alguma forma se ligarão à onda de crimes que aterrorizam a Europa.

A premissa deste texto é interessante e, como fazedora de opiniões, não me posso alargar muito mais sem vos revelar os pormenores que vos darão verdadeiro prazer descobrir, ainda assim posso contar-vos os pontos que mais gostei, e que me desiludiram, nesta trama que me fez lembrar, um pouco, os livros de Uma Ventura que acompanharam a minha infância.

No que respeita às personagens, estas atentam a pormenores gerais interessantes. Cognomes, traços de caracterização e ilustração de estratos particulares estão desenvolvidos com primor mas, quando se fala de personalidades, a verdade é que não consegui criar o tipo de ligação que muitas vezes liga o leitor à narrativa marcando-a pela diferença entre todas as outras ficando, neste caso, de alguma forma, a sensação de superficialidade e simples representação de géneros (jovens, criminosos, adultos). Existe, ainda assim, a possibilidade de o leitor encontrar, de forma positiva, características peculiares de mentes retorcidas nos vilões representados, destacando-os, a meu ver, como As personagens da história.  
Em relação aos jovens da sala de chat, considerei-os demasiado adolescentes e ambíguos nas suas atitudes, por vezes julguei-os bastante perspicazes e, noutros momentos, demasiado infantis nas suas emoções, o que poderá causar desconforto no leitor adulto mais indicado para este tipo de enredo.

Relativamente ao cenário, este é para mim o ponto forte do livro. As referências espaciais estão muito boas, sendo possível criar uma familiaridade com o ambiente onde se desenvolve a acção o que, confesso, muitas vezes foi a força matriz que esmiuçou a minha leitura. E, falando em acções, os crimes abordados são, também eles, bastante credíveis e logo que o leitor se aproxime da lógica dos seus acontecimentos sentirá, certamente, satisfação.  

Em suma, este é um livro para graúdos recordarem os livros de mistério que liam noutros tempos mas que peca pelo facto de não desenvolver bem algumas personagens que o poderiam tornar numa obra melhor.

Vasco Ricardo é um autor empreendedor, com uma escrita que se adapta a um público variado e que dá provas de uma imaginação coerente para este género literário.
Nota-se, claro está, algumas falhas de principiante que deveriam ter sido moldadas e corrigidas pelos responsáveis de edição, ainda assim eu não gosto de apontar o dedo a este tipo de questões relacionadas com a revisão de um texto pois não sou, de todo, uma profissional competente para o fazer.

Pessoalmente esperava mais, o que não invalida que o enredo não esteja interessante, bem como a conclusão da trama que me conseguiu surpreender de uma forma bastante positiva. Vasco Ricardo publicou no dia de hoje o seu segundo livro, O Diplomata, que, estou em crer, se trate de uma obra mais aperfeiçoada através da experiência adquirida com esta primeira publicação.

Título: A Trama da Estrela
Autor: Vasco Ricardo
Género: Policial; Ficção
Editora: Pastelaria Studios

2 comentários :

Unknown disse...

Olá.
Cheguei ao teu blogue através do teu post do "desabafo" sobre as opiniões literárias na blogosfera. Gostei do que escreveste. Louvo sempre quem dá a sua opinião sem se deixar tolher. Procuro fazer o mesmo.
Optei por colocar o meu comentário neste post e não em outro porque a opinião a esta obra foi a mais recente que publiquei e quis ler a tua crítica. Não diverge muito da minha, embora eu tenha sido mais cáustico. Há erros que não são admissíveis e, precisamente porque não sou especialista, se dou com eles sinto-me na obrigação de os mencionar. Foste, para além do Nuno Chaves - e de mim mesmo - a única a tecer comentários com alguma negatividade. Na minha óptica isso contribui para a tua credibilidade porque confesso que não percebo como se pode ser elogioso em demasia num livro como este. Não tenho nada contra o autor, nem o conheço, mas no facebook e na blogosfera parece que há um histerismo doido à volta deste escritor, pessoas que se deixam de falar, reacções violentas às críticas negativas (realistas) e, com toda a humildade e sinceridade, não consigo perceber porquê.
Enfim, estou a divagar.
Ganhaste mais um seguidor. Voltarei.
Boas Leituras.

Elphaba disse...

Olá André,
Deixa-me desde já agradecer o teu comentário, cada novo seguidor é muito bem-vindo e, se tiver blogue, ganha igualmente um novo seguidor pois gosto de ler opiniões literárias.
Em relação ao texto foi isso mesmo, um desabafo… foi interpretado de maneiras muito diversificadas mas quanto a mim deixou-me de consciência tranquila. Com tanta coisa que se publica era só o que faltava eu não poder ter um canto no meu espaço para publicar o que me apetece (o que não invalida toda a postura comercial que o meu blogue tem).

Em relação ao livro do Vasco Ricardo, confesso-te que lamento imenso ver-me obrigada a escrever o que escrevi, acho que as mentes *verdes* deveriam ser ajudadas por quem as edita para lhes dar uma boa rampa de lançamento e um livro destes, talvez não agora, creio que ficará para sempre como uma mancha no currículo do autor. (Que não culpo, nem por metade, pelo mau trabalho que foi feito.)

Em relação às opiniões em geral, as minhas, talvez venhas a descobrir que sou uma positivista que tenta ver sempre o lado mais apelativo de cada publicação (sempre que possível, claro). A postura que optei para o blogue faz-me procurar um público-alvo e realçar o que vale apena em cada leitura, bem como pequenas questões de reflexão que podem passar ao lado numa leitura diagonal. Embora leia um pouco de tudo dedico-me mais ao fantástico e ao romance, talvez seja mais assertiva nos comentários a essas obras. Tenho, de qualquer das formas, a crença de que qualquer afirmação tem de ser sucedida por uma justificação, isso é meio passo para algo… creio.
Agora sou eu que estou a divagar.

Boas leituras.

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