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A Elphaba...

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sexta-feira, 5 de julho de 2013
Sinopse:
Como todos os Bedwyn, Aidan tem a reputação de ser arrogante. Mas este nobre orgulhoso tem também um coração leal e apaixonado - e é a sua lealdade que o leva a Ringwood Manor, onde pretende honrar o último pedido de um colega de armas. Aidan prometeu confortar e proteger a irmã do soldado falecido, mas nunca pensou deparar com uma mulher como Eve Morris. Ela é teimosa e ferozmente independente e não quer a sua proteção. O que, inesperadamente, desperta nele sentimentos há muito reprimidos. A sua oportunidade de os pôr em prática surge quando um parente cruel ameaça expulsar Eve de sua própria casa. Aidan faz-lhe então uma proposta irrecusável: o casamento, que é a única hipótese de salvar o lar da família. A jovem concorda com o plano. E agora, enquanto toda a alta sociedade londrina observa a nova Lady Aidan Bedwyn, o inesperado acontece: com um toque mais ousado, um abraço mais escaldante, uma troca de olhares mais intensa, o "casamento de conveniência" de Aidan e Eve está prestes a transformar-se em algo ligeiramente diferente...

São raros, mas existem livros que são verdadeiras fábricas de fazer sorrisos e este é um deles.
Uma promessa em tempo de guerra, um homem e uma mulher honrados e duas personalidades fortes, são a chave para este protótipo que representa na perfeição um romance de época que, prometo-vos, incendiará o coração de todos aqueles que desejem perder-se entre as páginas de uma história de amor.

Ligeiramente Casados foi a minha estreia com a autora Mary Balogh e, indiscutivelmente, entrou para minha lista de eleitas neste género literário, pontuando o seu texto com descrições agradáveis, um humor igualmente aprazível e uma trama que captou totalmente a minha atenção, através das suas personagens centrais, pelas quais torci logo a partir das primeiras linhas deste livro.

Ele. Aidan Bedwyn, é conhecido pela sua conduta militar imaculada com a qual pretende singrar na família e na vida - uma vez que sempre foi remetido para segundo plano pelo seu irmão mais velho, duque. E, para o bem ou para o mal, a postura recta e lealdade para com os seus leva-o a que, num momento de fatalidade, prometa a um companheiro de armas que após finda a sua vida salvaguardará e protegerá a sua irmã, agora só, Eve Morris.
Ela, por sua vez, é uma jovem independente que após anos de submissão ao seu falecido pai aguarda, com expectativa, a chegada do seu irmão da guerra para a concretização dos seus anseios - dar estabilidade a um grupo de renegados sociais -, enquanto espera, com alguma inquietação, a chegada do amor da sua vida, do homem que lhe roubou a inocência.
Infelizmente, tanto Eve como Aidan irão ver logrados os seus planos. Afinal de contas, com a morte do seu irmão, Eve tem apenas alguns dias para casar de quiser continuar com os seus objectivos e Aidan, preso a uma promessa, terá de abdicar de parte dos seus projectos, incluindo mesmo a sua liberdade, se quiser manter-se fiel à palavra que jurou cumprir ao seu companheiro de armas.

A premissa, como puderam ler, é muito simples mas nem por isso menos divertida e repleta de reviravoltas para este jovem casal díspar que, aquando ligeiramente casado, acabará por descobrir uma complexidade emocional que irá muito além das palavras contrariadas, ditas no passado, em nome de um bem maior.
Confesso-vos que me apaixonei-me por Eve e Aidan. São realmente fabulosos! E embora o leitor não esteja constantemente perante cenas tórridas de paixão, é impossível não visualizar os querubins em torno deste par que faz faísca só com o olhar. As suas personalidades são vincadas e arrebatadores, sendo esse o seu maior trunfo e quando aliadas a uma generosidade e valores tão bonitos, são algo maravilhoso de se ler em qualquer bom romance que, certamente, permanecerá na recordação os seus leitores.

As personagens secundárias são também elas interessantes, dividindo-se em três grupos distintos, a sua maneira igualmente interessantes, e que têm como principal função mostrar ao leitor diversas questões, polémicas ou não, do tempo em que e narrada a acção.
Em primeiro lugar temos a família, se é que se pode denominar desta forma, biológica de EveEles são os vilões deste texto e espelham ganância no seu jogo de interesses, muitas vezes utilizado nesta época em que os homens, mesmo depois de mortos, tinham total poder sobre a vida das mulheres, através de cláusulas contratuais hereditárias que monopolizavam totalmente a felicidade dos herdeiros. Acreditem que entre a crueldade há espaço para momentos bastante animados.
Outro grupo é constituído pelos patinhos feios de Eve, um grupo singular de caricaturas perfeitas de exclusão e injustiça, algo que infelizmente ainda hoje se verifica. Eles irão enternecer os vossos corações e são, sem dúvida alguma, uma mais-valia para este livro enriquecendo-o e singularizando-o.
E, por fim, temos a família Bedwyn, que é a menos explorada no livro embora seja protagonista o suficiente para que nos seja dada a conhecer a elite londrina do momento. Estes são muito destintos entre si e serão, certamente, as futuras personagens principais desta série, pelo que o leitor deverá estar atento as particularidades de cada um para tentar adivinhar o que esta autora ainda tem para oferecer.

Em suma, embora este seja um livro com muitos pormenores é também muito focado nos seus intervenientes, algo que aqui foi, a meu ver, trabalhado de forma muito positiva pelos muitos passados explorados que nos oferecem pormenores históricos interessantes. Ainda assim, o romance foi sempre o alvo central do enredo que me conquistou totalmente e comoveu, efusivamente, o meu coração.

Mary Balogh revela com este título uma escrita simples mas cuidada, adequada à acção e que proporciona entretenimento de excelência.
Não sendo extensa nas suas descrições, estas não deixam de ser belíssimas dando a ver na perfeição os seus cenários, quer bucólicos, quer citadinos, algo que complementou com apontamentos reais da história inglesa para que o interesse e a ligação do leitor ao texto sejam plenos. 

Quanto a mim, não vou querer perder pitada desta série Bedwyn, composta por seis livros, e que promete muitas aventuras e peripécias numa época em que o amor ainda era um tabu, mas lá que existia, existia e aparentemente, embora raro, era arrebatador - é uma história verdadeiramente deliciosa.

Esta é uma publicação ASA que recomendo a todos os leitores de romance sem excepção e aos fãs de Julia Quinn, publicada por esta editora, em particular. Vão adorar.

Título: Ligeiramente Casados
Autora: Mary Balogh
Género: Romance de Época
Editora: ASA



4 comentários :

Neptuno_avista disse...

Ai, ainda não sei porque é que ainda não peguei em nenhum livro desta autora! Tenho lido opiniões tão positivas que fazem querer agarrar de imediato um destes livros, e até agora, nada! Ai, ai, não posso deixá-los para trás durante mais tempo, tenho de os procurar para poder lê-os!
Beijinho

Elphaba disse...

Os outros não sei Neptuno, mas este tenho a certeza de que vais gostar. É fantástico a sério *.*

Boas leituras * Beijinhos!

Anónimo disse...

Também foi o meu primeiro desta autora e adorei.
Caso não o tivesse lido, esta sinopse iria certamente me convencer.
Telma Duarte

Elphaba disse...

É verdade... É um livro difícil de potencializar sem correr a spoiler mas eu, da minha parte, estou feliz por ter arriscado *.*

Beijinhos e boas leituras Telma.

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