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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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domingo, 17 de julho de 2016

Sinopse: 
Em 2044 o mundo tornou-se um lugar triste, devastado por conflitos, escassez de recursos, fome, pobreza e doenças. Wade Watts só se sente feliz na realidade virtual conhecida como OASIS, onde pode viver, jogar e apaixonar-se sem constrangimentos. Quando o criador do OASIS morre, deixa a sua imensa fortuna e o controlo da realidade virtual a quem conseguir resolver os enigmas que aí escondeu. Os utilizadores têm apenas como pistas a cultura pop dos anos 1980. Começa assim uma frenética e perigosa caça ao tesouro. Nos primeiros anos, milhares de jogadores tentam solucionar o enigma inicial sem sucesso. Até que Wade por acaso desvenda a primeira chave. De um momento para o outro, vê-se numa corrida desesperada para vencer o prémio, uma corrida que rapidamente continua no mundo real e que põe em risco a sua vida.

Pela primeira vez em 6 anos, desde que criei o blogue, deixei-me levar pela loucura! Li e reli um livro de imediato por não conseguir abandonar uma história, por sentir que ainda havia tanto para receber de um folhear. E isto, estimados leitores, creio que dirá mesmo muito sobre o quanto gostei de Ready Player One - Jogador 1
Das temáticas à intensidade da acção, passando por um enredo cativante e personagens que nos fazem ansiar pelos seus futuros, esta narrativa explora um universo pouco publicado em terras lusas, promete remeter graúdos para sua juventude e ao mesmo tempo acredito que levará os miúdos para aquela que é, para mim, a época de ouro da sociedade contemporânea no que respeita ao entretenimento. 

Com uma criatividade extraordinária, Ernest Cline oferece-nos uma aventura que se desenvolve, paralelamente, onde ainda batem corações acelerados e no espaço virtual. 
Com a realidade retratada como um lugar distópico e destruído pelos abusos constantes da humanidade, onde a miséria, a fome e a desvalorização da vida como a conhecemos são levadas ao limite, assistimos às personagens do texto perdidas numa fantasia que ultrapassa tudo o que a Terra tem para lhes oferecer, personagens perdidas numa realidade virtual que domina todas as existências e define toda e qualquer noção de liderança e poder. 

Os grandes protagonistas, Wade/Parzival, Aech e Art3mis, competem num espaço infinito por um prémio que poderá mudar os seus futuros de perspectivas miseráveis e as provas que terão de enfrentar são apenas uma pequena parte indescritivelmente divertida e original do grande enredo que o autor preparou. Basta imaginarem e, muito possivelmente, o jogo OASIS irá ultrapassar as vossas conjecturas e fazer acontecer – isto é o máximo e que o digam os intervenientes! 
Sem me querer alargar muito sobre as vidas ficcionais, dizer que algum destes jovens é infantil para além do que a ilusão (realidade virtual) lhes vai permitindo parece-me um exagero, no entanto é bonito ver como todos eles crescem de forma permanente na interacção possível com o outro, existindo assim uma evolução do jovem adulto representado. 
Além destes e dos seus dramas, das várias singularidades que tão bem os caracterizam através de personalidades poderosas ampliadas pelos seus avatares, o leitor pode igualmente preparar-se para um bom vilão há moda antiga e um herói mitificado que promove muitos dos desenvolvimentos da trama, dois pilares entre tantos piões que facilmente captam a atenção do leitor. 

Outro aspecto a destacar é a forma como apesar dos muitos clichés existentes estes vão sendo trabalhados com esmero e contornados, nas lutas, nas perdas e nas vitórias. Ou seja, este livro constrói-se a partir de uma sequência padrão inicialmente anunciada em relação ao seu desenvolvimento e, principalmente, das articulações inteligentes que o valorizam constantemente – é realmente bom. 

Quanto a temáticas, estas são tantas que enumerá-las seria suficiente para encher uma folha de texto, assim sendo deixo-vos apenas a reflectir sobre as múltiplas questões que podem ser trabalhadas sobre inteligência artificial e realidade virtual. 
Fechem os olhos e imaginem um mundo onde não existem impossíveis de realizar, um mundo onde o complexo de Deus é desenvolvido em lugares comuns e os Monty Python são a alegria maior para estômagos famintos. Acreditem, esta história vai surpreender-vos. 

Quase a terminar, deixo-vos umas sugestões para acompanhar esta leitura: ponham a tocar a playlist que o autor criou para esta obra disponível no site da mesma; sempre que acharem que algo na enorme injecção da cultura pop dos anos 80 vos ultrapassa façam uma breve pesquisa e deixem-se envolver; façam pausas entre os muitos momentos de maior emoção para uma “perninha” de tetris ou pac-man. Aposto com vocês que cada um destes pormenores vai valer cada segundo. 

E é isto meus queridos, um dos meus livros favoritos de sempre é um romance YA num universo de ficção científica que muitos poderão meramente considerar como apenas mais distopia, mas se for essa a vossa impressão pré-leitura convido-vos a falar comigo durante alguns minutos e creio que vos farei mudar de opinião – sim, sinto-me entusiasmada e confiante. 

A Editorial Presença esteve em grande uma vez mais com esta aposta maravilhosa e, se ainda duvidam, perguntem ao tio Spielberg que prometeu o filme para 2018 – já estou ansiosa! 
Recomendadíssimo!

Título: Ready Player One - Jogador 1
Autor: Ernest Cline
Género: Ficção Científica; Young Adult
Editora: Editorial Presença 




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