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A Elphaba...

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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Quanto maior é a mentira, maior é a dor.
Sinopse:
Já teve a sensação de não pertencer à sua família, que é completamente diferente daqueles que a rodeiam?
É isso que a decoradora de interiores Harri Ryan, de trinta anos, sente desde criança, apesar de ser muito chegada a George, o seu irmão gémeo, e aos carinhosos pais, Gloria e Duncan. É a segunda vez que Harri tenta casar com o seu noivo James, e a segunda vez que tem um ataque de pânico, acaba no hospital com o vestido de casamento e a festa tem de ser cancelada.
Harri perdeu o amor da sua vida, mas há mais na situação do que o nervosismo de uma noiva - e desta vez ela quer a verdade. George suspeita que há algo que os pais não lhes estão a dizer. Porém, numa semana tudo será revelado e as suas vidas irão mudar para sempre.

Existem erros, pecados, que embora possam ser serenados deixam as suas marcas permanentes, nem sempre visíveis, mas sempre presentes.
Um casamento por consumar, um amor perdido e uma família unida serão a chave para um mistério que remonta a um lugar nunca antes visitado, a uma jovem perdida e a uma verdade qua nunca deveria ter sido escondida.

Sempre Que Dizemos Adeus é uma história intensa no que respeita ao amor, mas também relativamente às variantes deste sentimento, como é exemplo a família. Explorando diversos tipos de relacionamentos, e com uma componente misteriosa interessante, este é o livro ideal para um público apaixonado, mas também para todos os que procuram uma bonita narrativa sobre a vida.
Anna McPartlin tem uma veia dramática forte o que torna a sua escrita bastante emotiva. Com palavras doces e um ritmo embalador, a autora consegue chegar ao coração dos leitores proporcionando lágrimas e sorrisos, assim como uma reflexão profunda a respeito do peso que cada escolha pode acarretar.

Após ter lido Estarás Sempre Comigo fiquei completamente encantada com esta autora pelo que, quando soube que a Quinta Essência iria publicar um novo título, fiquei inevitavelmente ansiosa por mergulhar nas suas páginas. Confirma-se, Anna McPartlin é uma maravilhosa contadora de histórias, e não sendo obrigatoriamente uma romancista, cativa-nos com os seus retractos reais de vida e pelos seus intervenientes, com os quais nos identificando e criando o laços.

Procurando explorar a descoberta e o crescimento individual, este livro traz-nos a história de uma família com a ilusão de perfeição que esconde um segredo com raízes no passado que, se descoberto, poderá alterar para sempre as ligações, aparentemente inquebráveis, de confiança e ternura.
Tudo se inicia quando, pela segunda vez, Harry cancela o casamento com o amor da sua vida devido uma estranha crise de ansiedade que se apodera de si e, ao contrário do que a família indica aos médicos, George, o seu irmão gémeo, sabe que este mal não ocorre apenas às portas do altar e resolve confrontar os pais. Assim se levanta a ponta de um véu sem precedentes onde, entre choros e gargalhadas, não faltarão amigos fiéis e muitas peripécias que nos envolvem num presente repleto de segredos antigos, espelhados através de um diário que tocará muitos corações.

No geral os intervenientes, mais ou menos relevantes, encontram-se cuidadosamente trabalhados e, embora os protagonistas tenham um desenvolvimento muito superior, não consegui deixar de me deliciar com o grupo de amigos de Harry que, não sendo crucial, dá um brilho especial à leitura e permitem-nos disfrutar de bons momentos de humor e reflexão.

Dos muitos temas explorados, as relações emocionais evidenciam-se através de todos os intervenientes que, de uma maneira ou de outra, atravessam fases conturbadas nos seus relacionamentos e com os seus pares. Algumas destas personagens têm momentos hilariantes e destaco Melissa, que mulher! Ela é mãe, trabalhadora e está quase a ter um esgotamento quando resolve tomar uma opção que eu aconselho a todas as mulheres casadas que não conseguem dar voz às suas frustrações.

Mais susceptível, mas igualmente importante, é a abordagem feita à violência doméstica que contrasta com a leveza com que a autora expõe questões como a homossexualidade e religião, disfunção sexual, ou mesmo a traição. É de facto um livro muito rico em todos os sentidos que me deu a oportunidade de pensar atentamente em cada um destes objectos de discussão e encara-los com um novo olhar descontraído.

Pessoalmente, achei interessantes as diversas abordagens que a autora consegue conjugar na obra, assim como toda a emoção que expressa. É envolvente sentir oscilações de humor com o folhear o que, no fundo, serve apenas para retractar, uma vez mais, a comparação com a realidade que podemos fazer no final da leitura. Nem tudo é positivo mas, sem dúvida, o valor que dedicamos ao que realmente importa faz a diferença entre a alegria e a tristeza com que dirigimos a nossa vida. Quase me esquecia, chorei.

Anna McPartlin é já figura obrigatória na minha estante pela sua escrita sincera e simplificada que sabe chegar ao leitor e deixar a sua marca no final. A sua narrativa flui com naturalidade e permite um ritmo de leitura constante, a que a autora junta beleza e frontalidade na exploração da complexidade que é estar vivo.

Esta é a segunda outra da autora publicada pela Quinta Essência e como tal, para todos aqueles que se apaixonarem por este enredo, poderão também encontrar bons momentos de entretenimento em Estarás Sempre Comigo. Um livro que sugiro a todos os leitores de romance e, em particular, aos que procuram reflexos reais na ficção. Gostei.

Da Mesma Autora





Opinião:




Título: Sempre Que Dizemos Adeus
Autora: Anna McPartlin
Género: Romance
Editora: Quinta Essência

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