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A Elphaba...

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quinta-feira, 12 de abril de 2012
A promissora estreia literária de António Manuel Marques.
A história do Portugal do século XX, contada através da vida de uma família rural, que se muda para Lisboa, e das dificuldades sentidas nessa época.

Título: A Imperfeição do Presépio
Autor: António Manuel Marques
N.º Páginas: 128
Preço: 12.00 €

Sinopse:
«O casamento. Do meu casamento não tenho grande coisa a dizer. De outra maneira, mas era uma noiva, pois claro. Qual branco? Lá não era assim. Éramos simples, não tínhamos direito a essas coisas que há hoje. Os vestidos a arrojar pelo chão, esse carnaval todo. Nem eu me via metida nessas andanças. Naquele tempo, era tudo simples.»
Assim começa a narrativa de vida de uma mulher vulgar, mas única, guiando-nos pela pequena História portuguesa do século XX, através das memórias coletivas acerca do interior rural e da migração para uma capital que, aos poucos, alargou os seus limites para espaços menos urbanizados, como o bairro de Benfica.
Do discurso intimista e reflexivo da protagonista, constrói-se um olhar feminino sobre os universos conjugal, familiar e do trabalho, recorrendo também a publicações da época e, sobretudo, aos saberes de figuras reais com quem se cruzou.

Sobre o autor:
António Manuel Marques nasceu em Lisboa em 1961.
É docente do ensino superior e tem investigado e publicado nos domínios da sexualidade, saúde e psicologia social do género.
Ao dar início à escrita literária, continua a explorar os temas em que tem investido, fazendo uso da liberdade estilística e narrativa que a ordem académica não aconselha ou não permite.

1 comentários :

Anónimo disse...

Desconfio sempre que um autor (homem) se aventura a adoptar a perspectiva das mulheres sobre as suas vidas e formas de ver o mundo. Arrisquei e fiquei rendida. Foi uma lição para mim, desde logo, por essa surpresa: o autor não forçou a escrita, de modo a que parecesse uma mulher a escrever. Revela saber do que fala e como falar, respeitando e mostrar como, no nosso país foi e ainda é o universo feminino predominante, sobretudo de quem tem poucos recursos. Sou de outra geração, mas não me são estranhas as vivências e pensamentos revelados. Li de uma assentada, sem conseguir parar, ora rindo, ora incomodada com a dureza do que pode ser a vida real de alguém com quem nos cruzamos todos os dias.
Recomendo vivamente. Joana T.

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