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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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domingo, 24 de agosto de 2014

Sinopse:
Addie has always been able to see the future when faced with a choice, but that doesn't make her present any easier. Her boyfriend used her. Her best friend betrayed her. So when Addie's dad invites her to spend her winter break with him in the Norm world, she jumps at the chance. There she meets the handsome and achingly familiar Trevor. He's a virtual stranger to her, so why does her heart do a funny flip every time she sees him? But after witnessing secrets that were supposed to stay hidden, Trevor quickly seems more suspicious of Addie than interested in her. She wants to change that. Laila, her best friend, has a secret of her own: she can restore Addie's memories . . . once she learns how. But there are powerful people who don't want this to happen. Desperate, Laila tries to manipulate Connor, a brooding bad boy from school--but he seems to be the only boy in the Compound immune to her charms. And the only one who can help her. In the suspenseful sequel to Pivot Point, Addie tries desperately to retrieve her lost memories and piece together a world she thought she knew before she loses the love she nearly forgot.

Sendo eu muito preguiçosa para ler em inglês, confesso que tenho algum cuidado com as minhas escolhas e, admito, expectativas elevadas a cada nova leitura. Dito isto, estou muito feliz por ter apostado e acertado em cheio no que respeita a esta duologia, que começou bem e terminou muito além do que eu poderia ter imaginado.

Num momento em que a ficção literária young adult explora exaustivamente o conceito de distopia aliado à ciência, Pivot Point conquistou-me pela sua originalidade, pelas suas personagens, boas e más, pelo seu enredo que tantas vezes me deixou expectante, na incerteza do que poderia acontecer, e completamente fascinada pelo seu final proibitivamente contraditório. Mas Split Second…. Split Second foi realmente mais além e conseguiu a proeza de alterar emoções convictas que eu tinha anteriormente.

Inteligente, Kasie West teceu uma narrativa que prima pelas múltiplas ilusões e possibilidades com o decorrer do texto, um texto em que nem tudo é o que parece e onde o poder de escolha é tanto uma benesse como uma maldição. A autora procurou, de forma diferente, revelar as muitas facetas da humanidade, transcendendo-a para tornar transparentes as suas qualidades e defeitos, enquanto reforçou a importância dos sentimentos.

A história decorre, em parte, num recanto escondido dos Estados Unidos, um local chamado Compound onde os humanos têm vindo a desenvolver e ampliar capacidades psíquicas aprendendo, assim, a manipular a matéria, o espaço e outras mentes.
O cenário onde esta espécie de elite se encontra é, por sua vez, futurista e repleto de tecnologia apenas sonhada pelos comuns mortais, Se no primeiro livro este ambiente era fascinante agora começa a revelar contornos menos atractivos, arriscados – como sempre acontece quando o conhecimento é possuído pela ambição humana –, que expõem ao longo da narrativa inúmeras surpresas que vão desconstruindo esta sociedade utópica e os seus segredos obscuros.

Em relação à personagem principal, se anteriormente eu tinha ficado a conhecer profundamente Addison, vivendo com igual fervor as duas possibilidades do seu futuro e a resultado da sua escolha, neste segundo título senti-me ainda mais próxima desta protagonista, que abdicou de metade do seu coração por alguém que contribuiu para partir o restante. Com um crescimento constante paralelo à sua bondade, inocência, é emocionante assistir à sua conquista de maturidade e à evolução das suas capacidades extraordinárias, quando abre os olhos para a dura realidade escondida na ilusão em que cresceu.

Utilizando, mais uma vez, capítulos intercalados para oferecer diferentes planos de acção, desta vez West não os dedicou apenas a Addie e às suas escolhas, dividindo a sua trama com uma segunda personagem de destaque, Laila, a melhor amiga de Addison e, anteriormente, a minha maior desilusão. Eu odiava tanto esta jovem quanto descobri vir a gostar dela agora. Para lá de me cativar constantemente, Laila enriqueceu esta leitura oferecendo consistência ao enredo, com o seu passado e presente, com a sua personalidade mordaz e com uma abordagem a problemáticas muito interessantes.
São ambas fantásticas e permitem, principalmente, o acompanhamento da ficção no Compound e entre os Norms, respectivamente, em simultâneo.

Existem, obviamente, muito intervenientes secundários e todos me pareceram cumprir o seu papel – com os pares românticos das jovens a merecerem um grande destaque pelos momentos entusiasmantes protagonizados – mas este é um livro de mistério, de acção e de crime, um livro onde a intriga, a traição e a corrupção estão presentes para contrabalançar valores, como a amizade, a família e o amor, e para abrir espaço a lugares-comuns, como os vícios e os perigos associados às escolhas mais fáceis.


Quanto à escrita de Kasie West, a autora conquistou-me. Quero ler mais obras suas pois sei que, com naturalidade, esta sabe mesclar momentos sérios com momentos de humor, num texto em que algo está sempre a acontecer e que nos hipnotiza pela sua divisão capitular muito assertiva.
Uma autora que é, sem dúvida, muito inteligente e criativa, que procura inovar sem esquecer os princípios básicos dos textos juvenis.

Pessoalmente, é-me muito difícil falar sobre este livro sem contar pormenores que fazem a diferença, sem cometer spoiler atrás de spoiler para quem não leu, pelo menos, Pivot Point.
No entanto, posso dizer-vos com toda a certeza que esta é uma história excelente para quem gosta de romance e ficção científica, para quem gosta de histórias com personagens jovens e dilemas comuns aliados ao impossível, com a capacidade de nos prender da primeira à última página.

Pivot Point (Opinião)

Título: Split Second
Autora: Kasie West
Género: Ficção Científica; Romance
Editora: HarperCollins


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