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A Elphaba...

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terça-feira, 14 de junho de 2016

Sinopse:
Uma mulher solitária recebe um convite inesperado para a despedida de solteira de uma amiga que não via há muito tempo. Relutantemente, ela aceita participar na reunião de amigas, algures numa casa isolada na floresta.
Quarenta e oito horas depois, Nora acorda numa cama do hospital. Está ferida mas não se recorda exatamente do que se passou. Sabe, no entanto, que alguém morreu. O que fiz eu? pergunta-se ela, consciente de que algo muito grave aconteceu naquela casa na floresta escura, muito escura.

Há muito tempo que não recebia nenhum livro por parte da Clube do Autor e a chegada de Numa Floresta Muito Escura foi uma surpresa muito agradável. Nunca tinha visto ou ouvido falar deste título mas um breve olha pela sua capa e pelas frases soltas que nesta o anunciam atraíram-me verdadeiramente e soube, com aquela certeza que só o leitor por intuição sabe, que esta seria uma leitura obrigatória na primeira oportunidade. Assim foi e sabem que mais? Gostei mesmo! 

A história, que poderá ser considerada simples nos predicados de um thriller, fala-nos de uma mulher que, isolada da maioria da sociedade por condição e opção, é inesperadamente convidada para uma despedida de solteira restrita, é convidada para revisitar um passado que preferia ter esquecido. Mesmo sabendo que ao aceitar esta extravagância tudo se conjuga para correr mal, Nora deixa-se levar pela curiosidade e, sem procurar, os seus medos acabam por se ir revelando reais e, com eles, segredos muito, muito escuros vão tomando conta desta festa que dominará por inteiro a atenção do leitor. 

Estranhamente, relativamente ao que geralmente me agrada, esta narrativa tem um núcleo de personagens breve, bastante previsível mas que se molda na perfeição ao enredo. 
Simpatizei automaticamente com Nora, talvez por ser escritora ou, quem sabe, metódica como eu. Esta protagonista associal despertou-me o interesse sobre todas as emoções que sempre manteve exclusivamente para si. Enquanto mulher independente, atrai pelas suas fragilidades que se vão destapando cadenciadamente perante o leitor para, posteriormente, se reconstruir mais forte. Já os intervenientes secundários, na sua maioria convidados para a pequena “festa”, são clichés deste género ficção. Entre eles, merecem destaque a melhor amiga de Nora e os supostos melhores amigos da noiva, Clare, uma cópia da própria que faz de tudo para que cada momento seja perfeito e um homossexual que contribui para a mórbida animação constante. Sinceramente, não tenho nada a assinalar sobre nenhum deles, exceptuando o facto de darem óptimos suspeitos. 

O ponto forte da obra está, efectivamente, na forma como está estruturada e na capacidade de manter um ambiente tenso e sombrio permanente que joga com o leitor e o mantém alerta e entusiasmado durante todo o texto.
Brincando com o conceito de dicotomia, a protagonista deixa-se isolar durante o convívio e é interessante como os seus traumas se conseguem sempre manter invisíveis até ao culmina da acção. Além do que citei, Ruth Ware desenvolve apenas temas e dramas comuns mas que, estando bem trabalhadas, provam que não é preciso muito para escrever um bom livro de entretenimento. 

Em suma, um livro que vale essencialmente pelos cenários estranhos que se entranham, diálogos férteis que deixam muito por dizer e o ritmo certo de um bom thriller que, repleto de pontas soltas, nos faz conjecturar e nos agarra a esta história, mesmo quando já temos a certeza do final. Espero, sinceramente, ler mais livros desta autora. Recomendo. 

Título: Numa Floresta Muito Escura
Autora: Ruth Ware
Género: Thriller
Editora: Clube do Autor



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