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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Sinopse:
Ele é um duque em busca da noiva perfeita.
Ela é uma senhora… mas está longe de ser perfeita.
Tarquin, o poderoso duque de Sconce, sabe perfeitamente que a decorosa e elegantemente esguia Georgiana Lytton dará uma duquesa adequada. Então, porque não consegue parar de pensar na sua irmã gémea, a curvilínea, obstinada e nada convencional Olivia? Não só Olivia está prometida em casamento a outro homem, como o flirt impróprio, embora inebriante, entre ambos torna a inadequação dela ainda mais clara.
Decidido a encontrar a noiva perfeita, ele afasta metodicamente Olivia dos seus pensamentos, permitindo que a lógica e o dever triunfem sobre a paixão... Até que, na sua hora mais sombria, Quin começa a questionar-se se a perfeição tem alguma coisa a ver com amor.
Para ganhar a mão de Olivia ele teria de desistir de todas as suas crenças e entregar o coração, corpo e alma... A menos que já seja demasiado tarde.

Elas foram educadas com um destino traçado, com metas e objectivos incontornáveis aos quais devem corresponder sem expectativas mas sim cumprindo as expectativas de terceiros – um dilema de muitas jovens em idade casadoura no século XIX.
Elas, as gémeas, vão no entanto descobrir que o destino pode ser mais curvilíneo, como Olivia, e que nem sempre segue um padrão, como Georgiana. As gémeas irão surpreender-se no momento de maior desânimo e perceber que mesmo quando o infortúnio bate à porta há sempre espaço para o inesperado, para a hipotética felicidade que em determinado momento nunca esperaram encontrar.

Indiscutivelmente romântica e divertida, Eloisa James está entre as minhas autoras favoritas pela sua capacidade de aliar os meus estimados fairy tales a histórias de época encantadoras, histórias dotadas de uma doçura singular, pormenores que tocam a realidade e reviravoltas inimaginavelmente imprevisíveis e hilariantes que nos fazem ansiar pelo pressuposto final feliz.

Duas Irmãs, um Duque fala-nos, como evidentemente o título induz, sobre a demanda de duas irmãs forçosamente “duquesificadas”, os meandros do matrimónio e de um duque encurralado entre ambas – na verdade existem mais duques, convenientemente, mas só um importa. É a demanda de personagens protótipo num tempo em que o estatuto e a conveniência são os principais elementos na equação do enlace, personagens primorosas e atractivas em todos os aspectos com a capacidade de produzir empatia imediata.
De forma sucinta, uma das donzelas tem o casamento e o estatuto de duquesa marcado desde o berço mas não só não o deseja como é completamente inadequada para tal papel, enquanto a outra é perfeita para as necessidades mas está remetida para segundo plano. Claro que tudo mudará de figura e ambas encontraram um príncipe, pena que ele seja só um e não seja assim tão principesco como aparenta numa primeira análise.

Originárias da mesma gestação, educação e ambição Olivia e Georgiana não poderiam ser mais desiguais – e ainda bem! É como se os sete minutos que as separam na hora do nascimento lhes tivessem não só predestinado o fado mas todas as características do seu ser. Assim, o que a mais velha, Olivia, tem em abundância na sua estatura a mais nova tem na formosura e, como se tal não bastasse, as mesmas diferenças acentuam-se na postura, na personalidade e nas atitudes de ambas – são o exemplo do que mais desejável e indesejável se aconselha nos mais altos círculos sociais. Numa palavra, são absolutamente amorosas, são a irmã que tanto uma como outra poderiam pedir mas, infelizmente, nem todos pensam assim.

O restante elenco é tão apelativo como “as manas” e partilha com elas muitas das singularidades que uma ou outra possuem. Línguas viperinas, posturas irrepreensíveis e teimosia complementam, assim, inteligência, afectos e excentricidades, o que faz do leque de intervenientes uma panóplia interessante independentemente da quantidade de protagonismo que cada um possui.

Quanto às temáticas, mais uma vez as invasões francesas são um tema em destaque, o que faz bastante sentido pela forma influenciaram a Europa no século em questão, e, para lá destas, todas as questões relacionadas com estatutos sociais, convenções e questões ligeiramente mais polémicas, que à data se julgavam impensáveis mas que já faziam parte dos jogos entre famílias, são igualmente pormenores interessantes.
Já no que respeita a história de encantar que se cruza com a narrativa, a autora escolheu A Princesa e a Ervilha e introduziu-a de uma forma bastante original que deu um toque muito especial ao enredo.


Em suma, aquilo que mais me marcou nesta história foi as peripécias românticas e a forma genuína como as personagens acabaram por me surpreender, personagens muito queridas que eventualmente poderiam ser princesas de contos de fadas.

Relativamente à escrita de Eloisa James, já a elogiei muitas vezes mas nunca é demasiado citar a assertividade dos seus diálogos, os seus cenários que se adaptam à acção e a sua capacidade de criar momentos únicos que nos fazem sorrir longamente ao imaginar como seria o seu “Era uma vez…”.

Esta é uma aposta que eu adoro no catálogo Quinta Essência e que nunca me desilude. É a escolha perfeita para quem gosta de histórias fabuladas sobre amor numa época fascinante.

Da mesma autora, no blogue:
O Beijo EncantadoOpinião
Milagre de AmorOpinião

Título: Duas Irmãs, um Duque
Autora: Eloisa James
Género: Romance de Época


2 comentários :

Framboesa (uma diva de galochas) disse...

Estava muito interessada neste livro, mas depois li tantas criticas a falar do modo como se goza com uma pessoa deficiente que não consigo ultrapassar isso porque é um tema que me choca muito...que dizes? ;)

Elphaba disse...

Olá Framboesa :)
Sinceramente, não li as críticas em questão e por isso... mas da minha parte não vejo mal algum no que sucede no livro. As protagonistas são muito brincalhonas, fazem piadas de quase tudo, incluindo de uma pessoa com um problema, deficiência, de saúde, Mas as mesmas protagonistas arriscam a vida por essa pessoa, defendem-na e honram-na, por isso... Eu não vi maldade mas essa, como muitos outros atributos, está na mente e nos olhos das pessoas. Eu dei 5 estrelas em 5 ao livro ;)
(Há 200 anos as pessoas com deficiência era completa e absolutamente excluídas da sociedade.)

Beijinho e boas leituras*

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