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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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sábado, 25 de outubro de 2014

Sinopse:
Quando Sky conhece Dean Holder no liceu, um rapaz com uma reputação tão duvidosa quanto a dela, sente-se aterrorizada, mas também cativada. Há algo naquela figura que lhe traz memórias do seu passado mais profundo e perturbador. Um passado que ela tentou por tudo enterrar dentro da sua mente.
Ainda que Sky esteja determinada a afastar-se de Holder, a perseguição cerrada que ele lhe dedica, bem como o seu sorriso enigmático, fazem-na baixar as defesas, e a intensidade da relação entre os dois cresce a cada dia. Mas o misterioso Holder também guarda os seus segredos, e, quando os revela a Sky, ela vê-se confrontada com uma verdade tão terrível que pode mudá-la para sempre. Será Sky quem ela pensa que é? E será que os dois conseguirão sarar as suas feridas emocionais e encontrar um modo de viver e amar sem limites?

Concordo plenamente que quando uma história trata temas tão trágicos, dramáticos e complexos, como aqueles que centralizam uma parte do enredo de Em Caso Perdido (Hopeless), deve haver um equilíbrio, devem haver momentos doces e felizes como os que caracterizam o romance de Colleen Hoover. Concordo, igualmente, que se devem esquecer as personagens perfeitas e agarrar na insanidade, que tantas vezes nos define, para criar personagens credíveis e extraordinárias. E, finalmente, concordo que as histórias de entretenimento procurem levar os seus leitores a pensar a realidade fora de si mesmos, com as lágrimas, os sorrisos e os silêncios, realidades que muitas vezes preferimos não conhecer mas para as quais devemos abrir o nosso coração.

Este livro é lindíssimo mas, confesso, sinto uma dormência após o seu final que não creio que vá passar tão cedo, uma dormência que me roubou a inspiração e que me faz temer o quanto vos poderei contar sobre ele – por mim falar-vos-ia de tudo.

Diferente, Sky contava estrelas, refugiava-se no seu brilho para esconder a ausência de luz no seu corpo, um corpo que nunca aquecia. Ela brincava com o que não acreditava, era vividamente desapaixonada.
Um dia Sky viu a luz, viu o Holder no mesmo dia em que conheceu a escola, tinha 17 anos, e nesse mesmo dia iluminado passou a ter medo da escuridão. Foi o primeiro dia sem a apatia e a ilusão como companheiras, foi o melhor dos recomeços e o despertar para um pesadelo.

Adorei as personagens deste enredo, adorei a sua protagonista em particular. Sky, uma jovem adoptada, protegida da sociedade e com uma personalidade fora de série, começa a revelar-se nas primeiras páginas até à descoberta de um passado que não procurava. A sua sensibilidade em contraste com os seus actos é maravilhosa, é uma das coisas que mais gosto neste livro, devido ao seu carácter e as suas emoções que são responsáveis pela forma como acção e o romance são conduzidos, encantatoriamente. O facto de ser meio louca, mais para o lunático quando se apaixona, é brilhante, proporcionando imensos apontamentos fantásticos durante o texto.

Agora que deixei claro que Sky está num patamar à parte; no que respeita aos restantes intervenientes há dois que vale a pena destacar, um deles de forma muito especial. Holder, o par romântico de uma menina que farão vossa, é num primeiro olhar um aparente badboy que depressa vos conquistará, que rapidamente vos irá arrebatar por todo o seu potencial enquanto amigo e companheiro, com o seu mistério e a sua ternura constantes que nunca vos saciaram. Igualmente importante, mas de uma maneira diferente, é Karen, a mãe adoptiva da protagonista, uma mulher aparentemente excêntrica e que se revela em múltiplos indícios e significados. São ambos parte fundamental do puzzle que constitui Sky, ambos surpreenderam-me de forma muito positiva.

Em todos os sentidos porque, independentemente da importância e dos conceitos abordados, procurava um conforto aprazível nesta narrativa, o que mais gostei foi da forma como o romance foi conduzido e como posteriormente floresceu e se cimentou. Acho que a química entre o casal protagonista foi extremamente bem conseguida, com traços intensos, divertidos e dramáticos que, crescentemente, deram bastante sentido à ligação afectiva reproduzida. Acho que são o meu par favorito – dentro do seu género – deste ano.

Quanto às problemáticas, chocantes, é difícil abordar as mesmas sem spoilers, por muito intuitivas que estas sejam, deixando pistas claras do início ao desenlace do enredo. Mas uma vez que a sinopse deixa claro que existe um passado desconhecido, convido-vos a pensar a vossa leitura tendo por base a influência do trauma no presente, tendo por base a nossa existência como um linha contínua, interrupta, que ultrapassa sempre as barreiras do esquecimento e que torna incontornável a nossa capacidade de superação para sermos capazes de viver, verdadeiramente.


Em suma, esta é uma história enorme, uma história que não sendo perfeita vence, brilhantemente, pelo impacto que causa em todos os leitores – mesmo os que adivinharam precocemente o seu desfeito. Uma história que consegue trabalhar bem o jogo de interpretações, com pormenores deliciosos e que conquista pelo seu romance maravilhoso.

Quanto a Colleen Hoover esta entra sem dúvida alguma para a minha lista de eleitas, de autores que irei ler sempre que tiver oportunidade, com a certeza de que encontrarei satisfação nas suas palavras.
A sua escrita é actual e agradável, provoca empatia imediata, e consegue alcançar público em idades diversificadas. As suas descrições são bastante sensitivas, provavelmente devido aos grandes intervenientes que criou. É muito inteligente e isso fica claro logo a partir dos primeiros capítulos.

Esta é uma excelente aposta Topseller que eu recomendo sem restrições aos fãs de romance para jovens adultos mas também para os mais maduros, devido às temáticas exploradas e ao prazer de encontrar uma bonita história de amor.


Título: Um Caso Perdido (Hopeless)
Autora: Colleen Hoover
Género: Romance
Editora: Topseller



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