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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
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domingo, 14 de novembro de 2010
Sinopse:
(…)
“Caminharam juntos até ao passeio. Laura deixava para trás a sua mota, com pesar. Aquela mota que acompanhara por tantas vezes, e que sentia como parte de si. Fosse como fosse, teria de a deixar para trás quando partissem. Talvez, devesse fazer o mesmo com aquela nova verdade, que a deixara frustrada.
Os seus pais nunca lhe haviam falado de vampiros. Os vampiros faziam parte do imaginário popular, das histórias de terror, do cinema. No fundo era como Gabriel dizia: uma verdade rejeitada pelos eruditos. E os seus pais não eram povo.
Como é que poderia imaginar um mundo maravilhoso com vampiros e lobisomens?!
Se os asquerosos não teriam lugar nesse novo mundo, aqueles também não o teriam. Seria necessário eliminá-los!
De repente a iluminação piscou. Os olhos de ambos fixaram-se no horizonte, até onde alcançavam, e começaram a ver a luzes extinguirem-se, umas atrás das outras, como peças de dominó, como se as trevas fossem tragando a luz num gloop-gloop dantesco; anúncios atrás de anúncios, cartazes electrónicos atrás de cartazes electrónicos, salas de escritórios atrás de salas de escritórios; e os candeeiros nas ruas...
Uma espécie de rastilho correu as ruas de Lisboa apagando tudo o que eram luzes.
Fez-se trevas.
Um piscar trémulo e insistente atraiu a atenção de Gabriel. Um dos candeeiros da Av. 5 de Outubro extinguia-se como uma brasa, para logo se reacender como se assoprado, até que desistiu. Lembrou-o, sarcasticamente, da esperança da humanidade...
As trevas desceram sobre Lisboa.”
(…)


Sentia-me bastante intrigada quando comecei a desfolhar este livro. Não conhecia o autor, mas sendo português era obrigatório dar-lhe uma oportunidade.

O título não é, de todo, explícito e durante a narrativa não conseguimos concluir a que se refere, mas poderemos enquadrar a “Terra” como sendo um “Império” no universo e que se encontra sob ataque de seres de outro mundo. Neste primeiro volume iremos então presenciar “O Princípio” dessa invasão.

Em relação à nossa história ela é conduzida pelo personagem principal, Gabriel, que após acordar num hospital de campanha se depara com um cenário pós-apocalíptico.

Será sob essa perspectiva que vamos então descobrir o que está a alterar o nosso planeta, sabendo que toda a tecnologia de ponta deixou de funcionar, o nosso ar passou a ter uma consistência estranha e as pessoas simplesmente estão a ser atacadas e a desaparecer. Estranho?
Desenganem-se, o mais estranho ainda está para vir entre batalhas e cenas repletas de acção, enquanto o nosso jovem Gabriel se depara com uma realidade que só julgava possível no pequeno e grande ecrã ou em livros de FC.
O caminho de Gabriel não se advinha fácil e as perspectivas de sobrevivência são diminutas mas o nosso personagem não descansará enquanto não descobrir o que está a acontecer ao nosso planeta que aparenta estar a modificar-se correndo o risco de levar a humanidade a uma regressão do desenvolvimento do seu espécime. Enquanto caminhamos com Gabriel pela sua vida e necessidade de descoberta vamos ainda poder depararmo-nos com seres do fantástico como os vampiros, mas também mutantes e seres humanos iguais a todos nós com crenças e conceitos numa Lisboa no ano de 2029.

Uma das personagens que mais gostei foi Laura, poderia ter sido mais trabalhada como mulher mas ainda assim tem uma humanidade tocável que tenta a todo o custo guardar e fazer ver durante a trama.


Posso dizer-vos que fui surpreendida por uma narrativa breve (196 páginas), mas que desenrola a um ritmo acelerado, prendendo desta forma o leitor que se vê obrigado a continuar a história para saber o rumo dos protagonistas.

Por sua vez a imaginação de Paulo Fonseca não pode, de forma alguma, ser posta em causa e apesar de nem sempre, em minha opinião, a narrativa ter sido exposta da forma mais correcta é visível o imenso potencial desta história. Eu diria que este livro poderia ter sido mais bem concebido se tivesse mais 200 páginas e tivesse sido permitido ao autor desenvolver mais todas as temáticas envolventes. Ficamos com a sensação que foi feito muito depressa entendem? Apesar do visível trabalho de pesquisa falta qualquer coisa.

Mas sim, é um bom livro de ficção científica (com nuances de fantasia e romance), que com uma boa dose de suspanse deixa em aberto uma continuação que quererei ler em breve.


Eu gosto de ler em português e mesmo que não seja uma obra extraordinária terá sempre um cantinho especial na minha estante.

Queria por fim agradecer ao Blogue da Morrighan onde ganhei este livro num passatempo tendo assim a possibilidade de enriquecer um pouco mais a minha singela biblioteca com aquilo que Portugal tem de bom.


Titulo: Império Terra - O Princípio
Autor: Paulo Fonseca
Género: Ficção Científica.
Editora: Papiro Editora

2 comentários :

Ana C. Nunes disse...

É sempre bom darmos oportunidade aos autores portugueses, para nos surpreenderem.
Quero muito ler este livro, mas só um apontamento. Eu não considero um livro com quase duzentas páginas pequeno. O que não quer dizer que, tal como diz no post, esta narrativa não precisasse de mais espaço para ser desenvolvida.
Tenho de ler o livro para perceber isso.

Elphaba disse...

É verdade Ana, mas aconselho-te a ler, mais que não seja para poderes tirar as tuas próprias opiniões. Eu pessoalmente acho que o livro tem imenso potencial mas não foi totalmente explorado, acabando por deixar a sensação ao leitor que ficou algo por explicar.

Gostaria de poder explicar-te melhor, não sei se leste o livro “Desaparecidos” de Michael Grant? É um livro que no final deixa o leitor satisfeito sabendo que mesmo o que ficou por explicar irá ser analisado no próximo livro.

Aqui não, aqui muitas coisas foram explicadas demasiado depressa e quando terminam as “cenas” sentes que o autor poderia ter explicado melhor aqui e ali, ou sondado mais o cenário ou o campo emocional entendes?

Mas a história o conceito é muito giro para quem gosta de FC e o Paulo Fonseca tem uma grande imaginação.

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