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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Sinopse: 
Kestrel, jovem filha do poderoso general de Valoria, tem apenas duas opções: alistar-se no exército ou casar-se. Ela tem, no entanto, outras aspirações e procura libertar-se do seu destino, rebelando-se contra o pai. 
Num passeio clandestino pela cidade, Kestrel vai parar a um leilão de escravos, onde se depara com um jovem, Arin, que parece querer desafiar o mundo inteiro sozinho. Num impulso, ela acaba por comprá-lo - por um preço tão alto, que a torna alvo de mexericos na sociedade. 
Arin pertence ao povo de Herrani, conquistado dez anos antes pelos Valorianos. Além de ser um ferreiro exímio, revela-se também um cantor extraordinário, despertando a curiosidade de Kestrel. Arin, contudo, tem um segredo, e Kestrel não tardará a descobrir que o preço que pagou por ele poderá custar muito mais do que aquilo que alguma vez imaginara.

Tenho de começar aquele que, adivinho, será um breve comentário a um livro interessante com um pedido antecipado de desculpas. Em primeiro lugar porque li A Maldição do Vencedor há vários meses – num período pessoal turbulento – e agora, quando me resolvi a relê-lo, caí em tentação e peguei em O Crime do Vencedor, já editado pela Topseller, que estou quase a terminar neste momento. 

A minha relação com Marie Rutkoski é um pouco conflituosa, confesso-vos que esperava um determinado género literário e dei por mim mergulhada num universo complexo e diferente em determinados pontos que, apesar de apelativos, contradisseram as minhas expectativas - contudo, não pela negativa. Concluindo, nunca criem ilusões porque após um primeiro mergulho gelado este é um romance young adult capaz de vos encher as medidas. 

Nesta história o leitor segue de perto dois povos cujos destinos, dissonantes, levaram a subversão dos mais fracos fisicamente, pois eram pacíficos e tendencialmente dedicados à arte. Esta é a história de um povo conquistador cuja fome de poder parece insaciável, uma fome absoluta perante tudo o resto até que aconteça o pior, o melhor, o amor. 
Num passeio vulgar pelo mercado Kestrel faz o improvável à sua índole, por raiva, por impulso, por magnetismo talvez… Kastrel compra um escravo e segue os preceitos naturais Valorianos, torna-se dona de um Herrani. Mentindo a si própria sobre o fascínio que sente sobre Arin, ambos acabam por se aproximar gradualmente por motivos distintos mas com um laço comum que, felizmente, irá mudar não só o rumo das suas vidas como de todos os outros.

Sinceramente, a ter que escolher uma fraqueza para este texto, as suas personagens foram o que mais demorei a acolher durante o folhear– algo que no segundo livro fica resolvido de imediato. 
Kestrel é típica jovem que não se enquadra socialmente e se sente sufocada pelo seu estatuto. Ela descobre-se com o desenvolver da acção, criando raízes para os seus valores e abrindo os olhos não só para o que a rodeia mas, principalmente, para o que sente. Arin é mais complicado, introvertido e desconfiado, é muitas vezes dúbio nas atitudes e no jeito de pensar. O leitor demora a percebê-lo ou mesmo a aceitá-lo até que se depare a redenção. Além deste par há vários intervenientes secundários interessantes, como a Jess, Ronan, Cheat ou Irex, que vêem oferecer alguma graça a este puzzle, no entanto é inevitável o prevalecer do romance perante a amizade e as duas facções representadas. 

A intriga e a estratégia militar acabam por ser dominantes, algo que me agradou muito e que, creio, virá a intensificar-se nos dois livros seguintes da trilogia The Winner’s Curse. Os segredos e os duelos, a medição de força entre pares e a astúcia necessária para sobreviver a situações de alta tensão, que vão aparecendo entre capítulos, desfocam o lado emocional e despertam a curiosidade sobre o que poderá acontecer em caso de revolta e traição. Igualmente, a construção de cada povo, nas suas crenças e singularidades, merece uma nota positiva, tal como o worldbuilding em geral.

Em suma, este é em parte um livro bastante introdutório, não só em relação aos protagonistas como ao universo em que estão inseridos, dando a ver a actual situação social, o que a motivou e algumas mudanças possíveis no final. Da mesma forma, é um livro que consegue deixar muito por revelar e em aberto para a continuação, através das últimas páginas que são, definitivamente, a promessa de que grandes surpresas estão para acontecer. Não vos vou mentir, leiam este livro com a continuação ao lado porque vão, desesperadamente, querer saber o que vos aguarda nos próximos capítulos. 

Esta é uma aposta Topseller que agradará tanto aos fãs de romance YA, como daqueles que gostam de cenários mais distópicos – que neste caso em nada se relaciona com fantasia ou FC. 

Próximo livro, já publicado: 

Título: A Maldição do Vencedor
Autora: Marie Rutkoski
Género: Romance, Young Adult
Editora: Topseller

3 comentários :

Marilina Fernandes disse...

Bom, estou muito curiosa com estes livros uma vez que disse: "nada se relaciona com fantasia ou FC." então pode ser que venha a gostar!
;)

Carolina disse...

Eu já li ambos os livros e adorei! Acho que a história está muito bem construída e tenho de admitir que gostei ainda mais do segundo do que do primeiro! <3

Só espero que a Topseller termine este ano de publicar esta trilogia!

Convido-a a ir ler o novo post do blog e a deixar a sua opinião!

Beijinhos,
Carolina - leiturasdacarolina.blogspot.pt

Elphaba disse...

Marilina, é verdade. :) Eu esperava alguma fantasia mais não. Existe um pouco de superstição cultural, se quiseres, mas é um livro muito forte em estratégia política e intriga de corte. Eu gostei.

Obrigado Carolina! Eu também já terminei o segundo e adorei!

Boas leituras meninas**

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