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A Elphaba...

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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sinopse:
Após a morte do pai, Eliza Martin torna-se uma das herdeiras mais desejadas pelos caçadores de fortunas. Todos a elogiam e enganam, mas ela resiste. Até que começa a sofrer uma série de acidentes que ameaçam a sua vida e se vê obrigada a recorrer a uma pessoa que se infiltre entre os seus pretendentes para descobrir quem está por trás da trama. Alguém que não dê nas vistas, que saiba dançar e seja calmo.
O atraente e sedutor detetive Jasper Bond é demasiado grande, demasiado bonito e demasiado perigoso. Quem iria acreditar que uma intelectual como Eliza se deixaria seduzir por um homem de ação? Mas a combinação da teimosia dela e do mistério é irresistível para Jasper. Deixar a sua cliente satisfeita é uma questão de orgulho. Mostrar-lhe que é o homem de que ela precisa será um prazer…

Embora os livros eróticos não sejam a minha primeira opção de leitura, confesso que estou positivamente impressionada com a escrita de Sylvia Day num contexto histórico, em que consegue não só oferecer pormenores de época cativantes, como construir personagens fortes e inteligentes que se mesclam na perfeição com a ousadia das suas palavras.

Este é o segundo título que leio da sua série Historical e, uma vez mais, senti-me envolvida pelo decorrer dos acontecimentos e a evolução dos seus intervenientes, ao longo de páginas onde o mistério, a acção e principalmente o romance abundam, com uma pitada de humor e diálogos pertinentes que, juntamente com as descrições, dão a ver o suficiente sobre o universo onde a história se desenvolve.

Como elucida a sinopse, ao longo do enredo assistimos à relação que vai crescendo entre Eilza e Jasper, duas vidas em lados opostos da sociedade e que, logo após um primeiro encontro, sentem os efeitos da química evidente entre ambos. Ela é uma jovem rica da nata londrina que se sente ameaçada por um dos seus muitos pretendentes e, desesperada para descobrir a fonte dos seus problemas, qual dos cavalheiros atenta em segredo contra a sua integridade, contrata-o a ele, um mero caçador de ladrões, para se fazer passar por mais um interessado na sua mão enquanto investiga quem será o possível criminoso.
Previsivelmente, os afectos entre o par começam a ultrapassar o mero acordo profissional e antes que se apercebam acabam com um novo dilema por resolver, o do seu coração.

O título, Orgulho e Prazer, não poderia ser mais apropriado aos protagonistas que dominam grande parte da acção, ambos com personalidades dominantes mas que entre momentos de luxuria e abertura emocional se conciliam na perfeição.
Gostei bastante de Eliza. Sem ser arrogante é uma personagem bastante segura de si mesma, inteligente e confiante nas suas capacidades de gestão emocional e familiar e que, graças a Jasper, acaba por ir interiorizando os seus valores enquanto mulher, minimizados na época e confusos por causa da imagem que tinha da sua mãe. Já o herói, devido a um passado complicado, tem mais por onde evoluir, algo que aliado ao seu lugar desvalorizado na sociedade londrina lhe oferece um percurso interessante até ao final do texto.
São, se assim quiserem ver, um casal cliché deste género de enredo, no entanto as singularidades de carácter conferem-lhes uma certa graça que me satisfez.

Quanto a intervenientes secundários existe de tudo um pouco, do tio louco e divertido ao melhor amigo boémio, passando pelos aprendizes de vilão e as senhoras coquetes que sofrem as represálias dos ditames comuns ao início do século XIX. Não houve nenhum que me tenha marcado especialmente, mas todos eles cumpriram efectivamente o seu papel.

Para lá de ter sido suficientemente cativada pelos protagonistas, este livro também me conquistou pelo romance e pelo mistério, que conseguiram prender a minha atenção e, no segundo caso, manter-me em suspense até ao desenlace.
Em relação à sensualidade, acho que encontrei a melhor descrição de “primeira vez” numa leitura deste tipo – e eu já li muitas –, e só por isso a obra já teria valido a pena, mas gostei também do facto de ter sido ludibriada quando ao culpado pelos problemas de Eliza até à sua revelação, o que foi igualmente muito positivo.
E para terminar, no que diz respeito a problemáticas, as questões sociais dominam a trama, principalmente relacionadas com feminino, mas também os vícios masculinos e as suas consequências são parte activa, bem como dilemas éticos que na altura ainda eram um pouco dúbios.

Em suma, esta foi uma boa leitura que, não sendo extraordinária, me agarrou e me deixou com vontade de continuar a ler a autora neste registo. Algo que irei fazer em breve, através do título já publicado Incontrolável.

Uma boa aposta Quinta Essência, que assenta na perfeição no catálogo, e que eu sugiro sem restrições aos amantes do género.

Da mesma série, no blogue: 
Pecado – Opinião

Título: Orgulho e Prazer
Autora: Sylvia Day
Género: Romance de Época; Sensual


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