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sábado, 25 de janeiro de 2014

Sinopse:
Verity Thompson desapareceu no dia do seu casamento. O seu paradeiro manteve-se secreto durante dois anos. Um longo período em que o marido, o conde de Hawkeswell, viveu na penúria e na incerteza.
Verity deixou para trás uma fortuna imensa mas inacessível, pois o seu óbito não foi declarado. Nem poderia sê-lo pois ela está bem viva. Ao ser obrigada a casar, Verity fugiu de Londres e refugiou-se, incógnita, no campo. Sem qualquer interesse pelo título ou estatuto do marido, abdicou da sua fortuna em troca da liberdade. Mas o passado tem os seus próprios desígnios e a jovem vê-se agora obrigada a regressar à cidade e a um casamento sem amor.
Por seu lado, o arrogante Hawkeswell está disposto a chegar a um acordo: se Verity lhe conceder três beijos por dia, ele não a obrigará a cumprir os deveres conjugais. Mas, claro, há beijos e beijos… e Verity vai perceber até que ponto se arruinou ao entregar-se às mãos hábeis de um mestre.

Gosto da forma como as histórias desta autora me descontraem e fazem com que o meu tempo escoe entre páginas, sem que eu me aperceba da sua passagem.
Com uma narrativa leve, de erotismo suave e muito romance, Madeline Hunter conseguiu fazer da série As Flores Mais Raras uma agradável fonte de entretenimento, recordando-nos temas pertinentes de uma Inglaterra em transformação, após o final das Guerras Napoleónicas, através de personagens encantadoras que fabulam a primeira metade do século XIX.

Provocadora é um doce retorno a todos aqueles que marcaram e pontuaram o livro anterior, Deslumbrante, em que o leitor tem oportunidade de conhecer profundamente todos os segredos da flor Verity – outrora conhecida por Lizzie –, assim como de assistir aos despertar dos sentimentos do altivo conde de conde de Hawkeswell, sentimentos esses que este nunca julgou possuir.
Não fazendo sigilo do par explorado desde o início, algo que me apraz consideravelmente, ao longo do texto é possível presenciar o apimentar da voluptuosidade enquanto se fortalecem afectos, num livro que é perfeito para os amantes do género romance sensual de época com todos os predicados.

O empreendimento Flores Preciosas tem uma regra base fundamental para todas as que partilham o lar e o esforço comum, contenção na curiosidade e não fazer perguntas quanto ao passado de cada uma das residentes. Desta feita, quando se descobre que Verity é a mediática noiva rica desaparecida, e que muitos julgavam morta, dois anos antes após assinar o contracto nupcial com conde de Hawkeswell, a surpresa não poderia maior, mais ainda para o desesperado e falido marido que se apercebe, com ultraje, que sempre teve por perto a solução para os seus problemas.
Agora, entre uma Verity desesperada por fugir a um infeliz destino e um Hawkeswell ansioso por consumar os votos, resta a cada dos protagonistas lutar à sua maneira por conquistar a confiança do seu contrariado par, enquanto as primeiras teias de sedução se desenvolvem, os problemas se multiplicam e um mistério se adensa para dificultar a vida deste peculiar casal.

No que respeita a personagens, estou encantada com o minucioso trabalho de Madeline, crendo mesmo que o seu ponto forte reside na criação de personalidades caracteristicamente doces e fortes que acabam por fornecer autenticidade ao retrato de época.
Os intervenientes secundários são, como citei anteriormente, conhecidos para quem leu Deslumbrante e, como tal, foi um verdadeiro prazer revê-los a todos – é a magia das séries. Gostei particularmente de observar a evolução de Audrianna e Summerhays enquanto casal, com um papel bastante activo neste texto e confesso-me muito curiosa no que respeita a Celia, de quem já foi revelado algo mas que, parece-me, ter ainda muito para mostrar. O meu eleito é sem dúvida o duque de Castleford, um cavalheiro boémio e mulherengo que até mesmo sóbrio parece ébrio – será futuro um protagonista hilariante.

No que respeita ao casal principal e, simultaneamente, à abordagem escolhida para o romance, estes foram, na minha opinião, o que mais se destacou em Provocadora.
Com uma relação cordial e, nos momentos certos, fogosa e íntima, Verity e Hawkeswell transparecem nesta ficção o tipo de tratamento que eu associo aos casais destes tempos mais controlados nos afectos, tempos em que as incumbências diárias e a alcofa revelavam dois lados distintos de uma personalidade.
A protagonista feminina caracteriza-se uma inocência audaz que floresce adequadamente até ao final do livro. As suas origens são interessantes e criam empatia e, do mesmo modo, mostra uma adaptação coerente ao seu papel de condessa, muito controlada sem se desprender dos valores enraizados. Já o masculino é mais razão que coração e prima por um mau-génio que acaba por se tornar bastante sedutor e, embora não tenha segredos, acaba por se revelar na medida em que cresce muito enquanto personagem.
Todos estes factores são, claro está, acompanhados de peripécias e reviravoltas com um toque de humor ligeiro no lograr e concretizar de desejos do casal, rumo a um final que se adivinha feliz.

Quanto a problemáticas abordadas, muito sucintamente, é possível verificar os problemas com que muitas jovens de deparavam uma vez confrontadas com tutores ambiciosos, assim como questões relacionadas com o pós-guerra, mais especificamente o descontentamento trabalhista das classes mais pobres e consequentes manifestações e comités revolucionários no espírito tradicional inglês.


Em suma, este é um livro muito focado nas suas personagens agradáveis, nos meandros do amor e na importância da amizade, tendo em atenção os pormenores de época pertinentes, tanto a nível de ambiente como sociais, o que fará as delícias das leitoras de romance.

Não vou divagar sobre a escrita de Madeline Hunter, pois podem encontrar a minha opinião sobre a mesma nos quatro links opiniões anteriores no fim deste post, mas reafirmo a beleza da sua lírica e a sua facilidade em apelar ás emoções, com descrições efectivas intensas e na criação de laços com intervenientes.

Pessoalmente, estou muito curiosa para descobrir os próximos livros da série, no original Sinful in Satin que será dedicado a Celia e Dangerous in Diamonds dedicado a Daphne, as duas flores da empresa Flores Preciosas por descobrir. Espero que sejam traduzidos em breve.

Esta é uma agradável aposta da ASA, naquela que é uma das suas autoras de sucesso, que não desilude e entretém na medida certa.

Série As Flores Mais Raras
Deslumbrante (Opinião)



Da mesma autora, no blogue
O Protector (Opinião)
Lições de Desejo (Opinião)
Mil Noites de Paixão (Opinião)




Título: Provocadora
Autora: Madeline Hunter
Género: Romance; Sensual; Época
Editora: Edições ASA

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