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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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quarta-feira, 29 de junho de 2011
Sinopse:
“A mulher de Derace Kingsley fugio para p México, para conseguir um divórcio rápido e casar com um casanova chamado Chirs Lovery. É pelo menos isso que o telegrama que ela enviou ao marido sugere. Os problemas começam quando Lavery, questionado pelo detective Philip Marlowe, nega tudo. Porém, quando este se encontra pela segunda vez com Lavery, ele já não pode negar nada… Rapidamente, Marlowe parte no encalço de um assassino, que o conduz de Los Angeles a um lado sombrio nas montanhas.”

O clássico dos clássicos, uma verdadeira preciosidade para alguém que desejava mergulhar num policial à séria!
Fugindo a uma vertente comercial, a leitura de A Dama do Lago levará os adeptos do género a sentirem-se um verdadeiro Sherlock, analisando minuciosamente cada passo do nosso detective num puzzle que se complica com a adição de cada nova peça, crime ou interveniente.
Surpreendente, Raymond Chandler foi para mim a fuga perfeita à rotina literária a que me venho habituado. Detalhadamente bem escrita esta narrativa teve a capacidade de me levar a imaginar os cenários da primeira metade do século XX, época em que este livro foi publicado pela primeira vez, transportando-me como leitora para os mais misteriosos quadros de crime.

Orgulhoso, imparcial, por vezes cínico e muitas vezes irónico o Detective Philip Marlowe é o pesadelo de qualquer enigma e é graças à sua curiosidade, o triunfo da sua profissão, que ao ser contratado para encontrar a mulher “fugitiva” do seu cliente, se depara com inúmeras surpresas macabras que transportarão para cenários incoerentes. Philip terá então de colocar à prova toda a sua astúcia pois serão muitos os “suspeitos” que se cruzarão no seu caminho e ele ver-se-á obrigado a descortinar questões que nunca deveriam ser levantadas.

O ritmo a que esta história se desenrola é como o tique-taque de um relógio antigo numa sala silenciosa, repleta de personagens heterogéneos, alguns tensos, outros expectantes, em que o mínimo suspiro mais enfatizado pode ser revelador e onde todos, sem excepção, querem parecer indiferentes. Tudo é revelado no momento certo, sem que o leitor se aperceba, como se de um único acto se trata-se e no fim o que temos é o quebra-cabeças perfeito em que só com todas as peças conseguimos encontrar a resposta correcta.

De cigarro pronto, facto engomado e postura neutra o Detective Philip Marlowe é o herói de antigamente que brilhará em qualquer época, o verdadeiro investigador que procuramos nos policiais, a personagem perfeita sem sentimentalismos e que não deixa ninguém indiferente.

As revelações irão chocar-vos e as reviravoltas serão mais que muitas. Se em algum momento se sentirem perdidos, esqueçam, no fim saberão que não poderia ser de outra forma e que nada fará tanto sentido.

O cenário do livro não poderia ser mais apropriado perfazendo a mais perfeita fusão entre o rural e o citadino dos anos 40, onde a magia flui ao som do jazz, perfumes fortes e o suor dos homens, tudo combina para oferecer ao leitor a deslocação perfeita entre o “ali” e o agora. Fenomenal.

A escrita é transcendente, Raymond Chandler tem uma capacidade descritiva de cortar o folgo sem ser exagerada, quem lê consegue visualizar na perfeição os locais onde se desenrola acção e a movimentação dos seus personagens espicaçando a vontade de saber mais e querer mais de cada momento de tensão.

Este é o segundo livro editado deste autor pela Contraponto, tendo sido em 2009 publicado Á Beira do Abismo. Sem dúvida mais um livro que marca pela diferença e alta qualidade o mercado nacional para delícia de muitos graúdos. Recomendo a quem não perde um bom policial e a todos aqueles que tiverem a coragem de tentar descortinar um crime perfeito. Gostei muito.

Título: A Dama do Lago
Autor: Raymond Chandler
Género: Romance Policial
Editora: Contraponto.

2 comentários :

Anónimo disse...

Também gostei deste livrinho~~

e adorei a tua crítica :)

bjs*

Elphaba disse...

Obrigada Crazy :D

Este livro foi muito bom para fugir à rotina comercial, que às vezes já cansa, deu-me prazer a leitura. Os novos leitores deviam arriscar mais não achas?

Beijinhos*

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