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A Elphaba...

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sábado, 2 de novembro de 2013

Sinopse:
Passaram 24 horas desde que Max e o seu bando escaparam do Instituto, em Nova Iorque. Os seis amigos com poderes extraordinários são 98% humanos e 2% pássaros continuam a emocionante procura dos seus pais e da verdade sobre quem realmente são.
Embora perseguidos pelos medonhos Erasers, os seis amigos tentam levar uma vida normal, com a ajuda de uma agente do FBI. É assim que voltam a estudar e que Max se apaixona por um rapaz, tentando a todo o custo não desvendar os seus poderes
Mas para este bando não existem dias normais. Max apercebe-se de que estão a ser alvo de uma emboscada e que terão de abandonar a escola. E a situação é ainda mais grave ela e os cinco amigos devem, supostamente, salvar o mundo. Mas salvá-lo de quem? Quando? E como?

Atendendo ao facto de que li este livro há vários meses, pelo menos há cinco, esta não é uma opinião muito fácil para mim, mas um breve folhear, para recordar alguns dos acontecimentos marcantes, foi o suficiente para me lembrar da grande evolução que esta série sofreu neste segundo livro, com muitas reviravoltas marcantes e a evolução de uma protagonista que tenderá a tornar-se uma grande heroína, Max, dentro o deste género literário em Portugal, ficção científica juvenil.

Quem leu o primeiro livro da série Maximum Ride, Maximum Ride: O Resgate de Angel, certamente recordará os horrores passados vividos pelas seis personagens principais desta história, seis jovens emocionalmente mutilados e, geneticamente, cientificamente alterados.
Em parte humanos e em parte pássaros, não há muita coisa que estes intervenientes, alguns ainda crianças, mais desejem do que a normalidade, uma réstia da infância que nunca tiveram durante o seu crescimento sem inocência. Desta feita, como o próprio título indica, um dos pontos altos de Maximum Ride: Adeus à Escola tem que ver com a oferta de esperança, com a oferta de uma vida banal que logo em seguida lhes é retirada – uma jogada tão baixa quanto inteligente levada a cabo pelos seus inimigos. 

Para lá do informação que já vos facultei e sem querer, como é habitual, cometer qualquer tipo de spoiler, todo este livro se desenvolve seguindo a mesma linha de acção que o seu antecedente, tendo a fuga e a perseguição, novamente, um lugar de destaque que proporciona tensão constante. Novos factos e esclarecimentos pertinentes são adicionados ao enredo ao longo de toda a narrativa, bem como novas personagens atractivas a ambas as facções conhecidas até o momento – miúdos versus laboratório. Mas não se iludam, esta história está apenas no seu início e apesar de ter alguns pontos em comum com o livro anterior, as novidades são consecutivas e permitem que seja possível começar a ser antever-se o propósito de tudo o que foi aberrantemente feito e, embora nada desculpabilize os anteriores carcereiros de Max e o seu bando, o desconhecido, um provável novo inimigo, adivinha-se realmente assustador.

Em relação a personagens, as principais em particular, o meu afecto por Max aumentou consideravelmente. Esta protagonista sofre imenso durante todo o livro, a um nível quase mais psicológico do que físico, e a sua preocupação pelos que estima é algo absoluto e incontestável que enternece quem lê. Ao contrário de todos os outros, ela não pode ceder pois sente que tem de liderar, que foi “programada” para tal e a voz que ouve na sua mente, sempre a indicar-lhe um caminho no qual ela não pode confiar, é uma perturbadora prova disso mesmo.
Continuam a fazer parte dos meus eleitos tanto Fang como de Angel, ainda que ambos, em determinados momentos, tenham tido atitudes menos apelativas. Fang porque, ao ser introduzido no mundo real, cede a alguns sentimentos mais comuns de adolescente e eu espero mesmo muito de si – confesso que também tenho ideia romântica de que ele e Max se entendam para lá da amizade –, e Angel porque começa a revelar um poder de persuasão, para lá das asas que lhe permitem voar, que por vezes me deixa receosa quando ao seu papel no grupo, tenho suspeitas em relação a esta criança.
No geral, ainda quanto ao bando, todos mantiveram os perfis traçados anteriormente, foram-nos dados alguns pormenores quando aos seus passados e as suas atitudes continuam a espelhar um lado de maturidade forçada mesclada com os desejos de meninice. É importante ainda acrescentar que o bando tem um novo membro, Total, que é bastante curioso.

A maior parte dos novos dados conseguidos, para ir preenchendo lacunas em relação às muitas perguntas sem resposta, e que levantaram novamente muitas questões, estão relacionadas com o laboratório que alterou a maior parte das personagens do enredo, onde estão incluídos os seus soldados, na maioria Erasers. Os Erasers são criaturas terríveis, em parte lobos e, agora, também com asas, o que torna a vida dos nossos voadores bastante complicada. Entre esta espécie de vilões, sem que realmente o sejam, Ari merece destaque pelo sofrimento individual que o impulsiona, juntamente com as suas missões, a estar numa facção contrária aos miúdos que inveja, no entanto o seu protagonismo e evidente e tem realmente um papel importante a desempenhar. Existem outros que também merecem destaque, mas nomeá-los seria contar-vos mais do que devo.


De um modo geral, entre batalhas, emoções fortes e cenas esgotantes, tudo está em aberto e pode acontecer. No fim, ficou no ar dúvida sobre qual será a verdadeira causa da experiencias efectuadas entre humanos e animais. E, mais uma vez, tudo o que é relacionado com laboratórios e ensaios é criticado, o tema da família, em particular a ausência parental, é discutido, assim como é evidenciado pelos vários comportamentos dos intervenientes. Certo é que nada é o que parece e o que fica por revelar neste texto é certamente tão importante como o que nos é contado, deixando o leitor curioso quanto ao que poderá vir a acontecer.

Somatizando, este é o típico livro de aventura que proporciona, aos leitores mais inexperientes o contexto de ficção científica, a possibilidade de usufruir de uma realidade, neste caso de personagens, com poderes sobrenaturais alterados pela ciência, num ambiente urbano e actual onde existem muitos segredos por revelar.

James Patterson mantém um estilo de escrita acessível e assertivo, sempre esclarecedor, para que tudo o que é exposto seja interiorizado, prevalecendo o desejo contante de saber mais.
O discurso directo dos intervenientes, Max e Ari, contribui para que seja criada uma ligação com quem lê, através de duas perspectivas diferentes da realidade em que estão inseridos o que, mais uma vez, é bastante inteligente como atractivo ao público jovem e pouco interessado por narrativas mais descritivas.

Quando a mim, continuo a gostar desta história sem a idolatrar, e confesso que estou cada vez mais curiosa para saber o que o destino revelou para Max e o seu bando – algo que poderei descobrir dentro em breve com a novidade Maximum Ride: Salvar o Mundo, já disponível.
Como nota final, permitam-me ainda pedir desculpa por qualquer lacuna na opinião, mas como vos disse no início, já li este livro há muitos meses. 

Esta é uma boa aposta da Topseller a pensar num público generalizado e, ao mesmo tempo, nos mais jovens, que eu sugiro sem qualquer restrição a quem procura uma ficção repleta de acção e pormenores científicos e emocionais interessantes.






Maximum Ride: O Resgate de Angel (Opinião)




Titulo: Maximum Ride: Adeus à Escola
Autor: James Patterson
Género: Ficção Científica
Editora: Topseller


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