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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sinopse:
Bethany, um anjo enviado à Terra, e o namorado mortal Xavier estiveram no Inferno e conseguiram regressar. No entanto, o seu amor irá submeter-se à mais dura prova, uma vez que, ao casar, desafiaram as leis do Céu.
Nem os irmãos arcanjos de Bethany, Gabriel e Ivy os poderão ajudar na Corte Celestial, que investiga a fundo a desobediência de Bethany.
Ela sabe que o castigo será terrível.
Os Anjos Caídos estão empenhados em separar Beth e Xavier, destruir Gabriel e Ivy e levar o lado obscuro ao poder angélico dos Céus. A única coisa que podem fazer para evitar as forças do mal é esconderem-se à vista de todos e misturarem-se com os mortais da mesma idade. Gabriel e Ivy mandam-nos para a Universidade, mas não podem revelar a ninguém a sua relação, e onde se vão cruzar com o perigo em cada esquina. Bethany é chamada ao Céu e o veredicto é ficar lá para sempre. Terá de enfrentar a terrível possibilidade de deixar o amor da sua vida?

Ando destreinada no que respeita a escrever opiniões pelo que permitir-me-ei começar esta pelo fim, ou seja, pela sua lição de moral que é tão profundamente lamechas quanto um cliché: o Céu, ou o Paraíso se assim o desejarem, é onde mora o nosso coração...

Literalmente falando e positivamente influenciada pelo tempo frio que se faz sentir, esta narrativa é tudo o que eu poderia ter desejado para aconchegar-me e aquecer-me por dentro, expondo e colocando o ponto final perfeito naquela que é, para mim, uma das mais bonitas histórias de amor que li dentro deste género literário.

O culminar desta trilogia de fantasia, repleta de criaturas divinas e personagens diversificadas, foi tudo o que eu esperava e um pouco mais. Céu é um livro que se torna arrojado em relação ao sobrenatural, explorando todas as possibilidades da sua temática, e, mais importante, cuida falar de questões reais pertinentes página após páginas, abrindo as portas a partir da Terra para uma visão original da morada celeste, uma visão que poderá tornar-se um verdadeiro inferno.

Em momento algum Beth e Xavier ousaram pensar que a consagração do seu amor pudesse vir a tornasse na a mais dura batalha que tiveram até ao momento – eles ultrapassaram o que os separava e lutaram contra um mal imenso, eles tiveram de fugir de Hades para escapar à própria Besta –, e agora, quando finalmente a paz parecia começar a instalar-se, é a milícia divina que terão de enfrentar, e atendendo ao facto de estar em jogo esperança, nunca o poder do amor foi tão crucial como até então.

Alexandra Adornetto, agora com 23 anos, foi inteligente na forma como conduziu a sua história, deixando uma ou outra ponta solta quanto aos destinos que não podem ser mudados e dando tudo por tudo pelas existências ficcionais em que acreditou.
Beth, a jovem Anjo que conhecemos Halo, amadureceu tanto desde o início que sem dúvida alguma encontrou toda a humanidade que intimamente sempre existiu dentro de si. Tornou-se uma mulher belíssima e temerosa, com a coragem e as fraquezas de se ser gente, ao ponto de nem as suas asas nem a sua luz terem valor quando compradas com a descoberta do amor – e que amor!
Xavier, que conhecemos adolescente e inseguro, senhor de uma honra característica e estimas que deveriam fazer parte de todos nós, soube tornar-se o herói aguardado sem transcender a sua realidade, e quando o fez sofreu com isso, e quanto mais sofreu mais importância deu ao que o tornou o homem maravilhoso do qual tive que me despedir no final deste terceiro livro.
São um casal magnífico, com uma atracção electrizante que não poderiam deixar de ter, mas também com o ciúme e com as provações amplificadas que todos os grandes casais da história conheceram. Foram o universo de ambos e nunca se esqueceram de quem os rodeava, de todas as outras almas que somavam ao resultado que pretendiam, a felicidade.

O leque de personagens secundárias neste último título é extenso, todos tiveram espaço para brilhar ou assombrar esta narrativa uma última vez. Destaque para Gabriel e Ivy, que finalmente alcançaram com a distância que os caracteriza, enquanto Arcanjo e Serafim, a essência do ser humano – foram os verdadeiros irmãos que Beth poderiam ter desejado e, talvez por isso, pareceram duros na sua sensatez, mas nos momentos decisivos foram certamente também heróis aos meus olhos. 

A melhor amiga de Beth, Molly, é um dos pontos-chave que torna esta história terrena, credível. Neste terceiro livro ela abre uma janela para o fanatismo religioso, para a violência nas relações afectivas, no namoro, para os perigos da possessividade mas, também, para a mais-valia de se ter bons amigos por perto quando estamos cegos aos nossos medos e anseios. Uma ligação ao real que sem dúvida marca o livro pela diferença e que alerta os leitores para dores escondidas em falsos sorrisos de alguém que se apagou sem que se apercebesse.

Adorei todo o lado paranormal. Mais uma vez os leitores podem contar com demónios, seres celestes e fantasmas, ou seja, muitos exemplos de crenças e misticismos que são lugares comuns aos nossos dias – e, como estes, a conotação por vezes religiosa mas que eu não considero exagerada distintiva da história. No entanto, existem novas aparições e Os Sete são algo realmente assustador, representando a milícia do Céu, representando a imperfeição do que se julga irrepreensível mas que, a par com a criação, tem erros fatais para a humanidade.


É um grande final repleto de reviravoltas e momentos altos que termina em pleno uma narrativa de entretenimento que poderá ficar na memória de muitos leitores, pelas provações, as fugas e as ilusões de bem, mas principalmente pelas emoções que transmite, marcando assim quem goste de usufruir de uma boa história de fantasia para um público adolescente mas também mais maduro, que tem como tema principal o amor em todo o seu esplendor.

Alexandra Adornetto esteve particularmente bem na escrita deste texto, oferecendo cenários de sonho, diálogos pertinentes e uma fluidez rumo ao desenlace que prendeu a minha atenção até ao último momento.
As suas descrições não foram exaustivas em relação a nenhuma temática em particular, exceptuando talvez em relação à importância dos afectos, mas foram suficientemente pertinentes para dar a ver os novos ambientes sobrenaturais e para deixar passar a atmosfera contemporânea em que as suas personagens tiveram inseridas.
Em suma, esta é uma autora muito jovem e com imenso potencial que espero voltar a ler no futuro, pois acredito que se entrega de corpo e alma ao que faz conseguindo, certamente, um bom resultado nas suas aventuras.

Pessoalmente, já sabem o quanto me apraz terminar trilogia ou série, núcleos de livros que ficam a embelezar a minha estante e a preencher-me de recordações. Não esquecerei tão cedo a trilogia Halo, isso é certo, e hei-de recomenda-la a alguns jovens que conheço em tempos vindouros, não apenas como uma história para se divertirem mas como um artefacto com palavras que os ajudarão a crescer e aprender um pouco sobre o significa ser-se humano e o quão precioso isso é quando comparado com o extraordinário.
Como nota final, adorei romance, claro. Esta história de amor é lindíssima.

Livro 1 e 2
Trilogia Halo
Esta é uma aposta Planeta Manuscrito inserida na sua colecção Livros Fantásticos, que eu recomendo sem restrições aos fãs do género, com a certeza de boas horas entre páginas.

Halo (Opinião)
Hades (Opinião)


Título: Céu
Autora: Alexandra Adornetto
Género: Fantasia; Romance


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