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A Elphaba...

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quarta-feira, 26 de março de 2014

Sinopse:
Após provocar o seu despedimento na empresa Müller, Judith está disposta a afastar-se para sempre e Eric Zimmerman, e decide refugiar-se na casa do pai em Jerez. Angustiado pela partida de Judith, Eric segue-lhe o rasto. O desejo continua latente entre ambos e as fantasias sexuais estão mais vivas do que nunca, mas desta vez é Judith quem impõe as condições, que ele aceita em nome do amor que professa.
Tudo parece voltar à normalidade, até que um telefonema inesperado os obriga a interromper a reconciliação e deslocarem-se a Munique. Longe do seu ambiente, numa cidade hostil e com o aparecimento do sobrinho de Eric, um contratempo com o qual não contava, a jovem terá de decidir se lhe deve dar uma nova oportunidade ou, pelo contrário, começar um novo futuro sem ele.

Intenso, complexo e escaldante, são apenas alguns dos adjectivos com que eu caracterizaria o primeiro título de Megan Maxwell em terras lusas, uma obra que se destaca entre os seus pares por uma abordagem diferente e arrojada ao romance erótico.
Após um final impróprio para leitoras românticas, a autora deixou as suas guerreiras – clube de fãs nas redes sociais – em pleno sofrimento, desejando, ardentemente, ter nas mãos o segundo livro da sua trilogia, Pede-me o Que Quiseres, Agora e Sempre.

Judith e Erik, opostos que se atraem e seduzem consecutivamente, descobriram-se, surpreenderam-se, renderam-se e, por fim, perderam-se um do outro, no seu intrincado jogo que os levou muito para lá da luxuria.
Agora, após uma separação que deu lugar a um aparentemente sólido reencontro, ela define as regras, a novidade do amor enche os seus destinos de possibilidades e traz no ar a promessa de os levar muito além do que poderiam ousar imaginar de início. Mas, por força maior, Judith é levada para longe da sua zona de conforto e novos obstáculos opõem-se à felicidade desde casal. Infelizmente, as diferenças entre ambos tendem a evidenciar-se nos piores momentos. Uma coisa certa, numa derradeira partida de Espanha contra Alemanha a postura fria do Iceman não será o único motivo para arrefecer coração da nossa protagonista.

Iniciando-se exactamente onde terminou o seu antecedente, o segundo livro de Maxwell mantém os predicados anteriores no que respeita a intervenientes e afectos, intensificando-os e amadurecendo o par já conhecido do leitor. Dito isto, no que respeita às personagens principais, elas conservam os traços que tão bem as definem e distinguem entre si – ela uma mulher fogosa, por vezes imprevisível e convicta de si mesma e ele um equilíbrio entre a distanciamento e a entrega, duro consigo mesmo e sempre honesto. Ao mesmo tempo, é notável uma tentativa por parte Erik e Judith em amaciar os traços mais vincados do seu carácter, que tendem a coloca-los em confronto, num esforço para estabilizar a relação séria em que os dois desejam dar provas do seu amor. O resultado, claro está, nem sempre é positivo, pois dão por si a anular-se de alguma forma na tentativa de conquistar uma harmonia e apaziguamento difícil, quando, em minha opinião, é no mesclar de Blanco y Negro que ambos se tornam irresistíveis para o seu par.
Ainda no que respeita à relação afectiva de Judith e Erik, creio que é importante referir que esta proporciona uma faceta ainda mais romântica da escritora, bem como mais ousada, atingindo assim uma evolução física e emocional muito positiva.

Relativamente a personagens secundárias, o grande destaque vai para Flyn, de quem Erik é tutor. Este jovem rapaz, que já passou por muito e com quem Judith vai partilhar o lar, representa um papel fundamental no enredo, tem um crescimento afectivo interessante, e de possível análise por parte do leitor, e tem uma metamorfose interessante ao longo da história, suscitando diversos tipos de emoções.
A família de Judith volta a proporcionar bons momentos e o mesmo acontece, agora, com a família de Erik, que tem uma estrutura desigual, e os seus caseiros – são intervenientes que nos possibilitam conhecer um pouco melhor o protagonista.

Outro dos destaques na narrativa vai para o ambiente onde se passa a maior parte da acção, na Alemanha, a terra natal de Erik onde Judith se predispõe a viver com o seu amor. Este local permite que mais uma vez a autora nos proporcione um texto com riqueza cultural mas, também, um novo rosto de Judith face à sua postura num cenário que lhe é estranho. Da adaptação aos costumes e locais passando pela solidão de não ter um apoio físico, assistimos a momentos de maior retracção por parte da protagonista e, igualmente, de maior entrega a intervenientes que de outra forma não teriam tanto destaque – como é o caso do Björn, personagem que cada vez me agrada mais.


Em suma, porque não existe muito mais que vos possa dizer sem cometer spoiler, este é um livro bastante dedicado às relações afectivas, à amizade e à família. Um livro que resolve questões anteriormente pendentes e que nos oferece aquele que para mim seria um bom final – ainda que demasiado rápido. Para as adeptas da faceta mais caliente do texto, não haverá desilusão, pelo contrário, Erik criou "um monstro" e a imaginação, as cenas tórridas, não tem limites – o erotismo está no seu melhor.

A escrita de Megan Maxwell contínua apelativa, muito criativa nos momentos íntimos e extremamente divertida, direccionada para o entretenimento, na interacção entre as diversas personagens.
Pormenores sociais e culturais são privilegiados, há uma maior dinâmica na vida a dois e as descrições são doces e emocionantes quando assim têm de ser, ou seja, existe empatia e interesse constante para quem lê.

Quanto a mim, só me resta aguardar com ansiedade e curiosidade pelo último livro da trilogia a publicar no próximo mês, Pede-me o que Quiseres ou Deixa-me, para saber o destino, que creio feliz, deste carismático casal e vou, certamente, querer ler o livro posteriormente publicado no original sobre Björn, Sorpréndeme, uma personagem a quem já me afeiçoei e que quero conhecer melhor.

Esta é umas das apostas mais ousadas da Planeta Manuscrito e que irá seduzir o mercado nacional, uma aposta que irá deixar rendidas as amantes deste género literário.


Pede-me o Que Quiseres (Opinião)



Título: Pede-me o Que Quiseres, Agora e Sempre
Autora: Megan Maxwell
Género: Romance; Erótico


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