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A Elphaba...

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Prémio LeYa 2011

Título: O Teu Rosto Será o Último
Autor: João Ricardo Pedro
N.º Páginas: 208
PVP: 13,30 €
ISBN: 9789896602093

Sinopse:
Tudo começa com um homem saindo de casa, armado, numa madrugada fria. Mas do que o move só saberemos quase no fim, por uma carta escrita de outro continente. Ou talvez nem aí. Parece, afinal, mais importante a história do doutor Augusto Mendes, o médico que o tratou quarenta anos antes, quando lho levaram ao consultório muito ferido. Ou do seu filho António, que fez duas comissões em África e conheceu a madrinha de guerra numa livraria. Ou mesmo do neto, Duarte, que um dia andou de bicicleta todo nu.
Através de episódios aparentemente autónomos - e tendo como ponto de partida a Revolução de 1974 -, este romance constrói a história de uma família marcada pelos longos anos de ditadura, pela repressão política, pela guerra colonial.
Duarte, cuja infância se desenrola já sob os auspícios de Abril, cresce envolto nessas memórias alheias - muitas vezes traumáticas, muitas vezes obscuras - que formam uma espécie de trama onde um qualquer segredo se esconde. Dotado de enorme talento, pianista precoce e prodigioso, afigura-se como o elemento capaz de suscitar todas as esperanças. Mas terá a sua arte essa capacidade redentora, ou revelar-se-á, ela própria, lugar propício a novos e inesperados conflitos?


Sobre o autor:
João Ricardo Pedro nasceu em 1973, na Reboleira, Amadora. Curioso acerca da força de Lorentz, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico. Durante mais de uma década, trabalhou em telecomunicações sem, no entanto, alguma vez ter aplicado as admiráveis equações de Maxwell. Na primavera de 2009, em consequência do carácter caprichoso dos mercados, achou-se com mais tempo do que aquele de que necessitava para cumprir as obrigações do quotidiano. Num acesso de pragmatismo, começou a escrever. O Teu Rosto Será o Último é o seu romance de estreia.

2 comentários :

Fernando Martins disse...

É uma narrativa bem construída e servida por um manejo quase exemplar da língua, restrição que justifico com a ocorrência de dois solecismos irritantes. Lê-se, com efeito, a páginas 80, a seguinte frase: “Um dos [retratos] que constava da pasta IGA (…) tinha a mesma data (…)”. Ora, sendo este "que" o sujeito de "constar", o autor deveria ter escrito: “Um dos [retratos] que constavam (…)”. Na página 170, escreve-se o seguinte: “Um anel (…) que (…) era estranho alguém usá-lo no dedo (…)”. As supressões a que procedi não alteram a estrutura fundamental da frase nem o seu conteúdo, apenas facilitando a sua análise. Não é difícil apreender o carácter redundante do pronome pessoal "lo", que está em concorrência com o relativo "que", o qual tem por antecedente “um anel”. A frase correcta seria “Um anel (…) que (…) era estranho alguém usar no dedo (…)”
No melhor pano cai a nódoa e quem nunca errou que atire a primeira pedra. O que, pessoalmente, me incomoda um pouco é que a história de João Ricardo Pedro não me arrastou para paragens desconhecidas, não me fez embarcar num comboio mágico de aventura, não me pôs a dar continuidade, por mim mesmo, à história encetada pelo autor, como tantas vezes nos acontece com narrativas aliás não necessariamente da extensão do romance. Para dar apenas dois ou três exemplos, das minhas leituras recentes, isso aconteceu-me com o remorso de baltazar serapião, de valter hugo mãe, e até com Comissão das Lágrimas, de Lobo Antunes, que, no entanto, não aprecio particularmente, ou com algumas histórias de Encontro de amor num país em guerra, de Luís Sepúlveda. Contrariamente ao que vaticinei para o romance de valter hugo mãe, não creio que O teu rosto será o último fique na história da nossa literatura como um grande romance. Porém, aguardo o segundo romance de João Ricardo Pedro com uma expectativa positiva.

Elphaba disse...

Fernando Martins compreendo o seu comentário. Para quem aprecia um trabalho exemplar no manuseamento da nossa língua, existem determinadas incoerências que quando analisadas pormenorizadamente causam uma "espécie de aflição". No entanto, com franqueza, penso que é algo tão usual nos nossos dias, e em 99% das publicações, que ao colocar de parte todas as manchas literárias, deixaria simplesmente de ler.

Se gosta de alguns clássicos lusos, e de alguma forma lhe suscita o interesse este tipo de equívocos, procure esta nódoa nacional... Uma edição Imprensa Nacional - Casa da Moeda (atenção!), Obras Completas Vol. VI de Almada Negreiros, «Cuidado com a pintura».

Todos cometem erros, até mesmo os que idolatramos. Eu cometo imenso e, como bem citou, "quem nunca errou que atire a primeira pedra".

Boas leituras.

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