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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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domingo, 6 de maio de 2012

Sinopse:
Para Aurélie Bredin, as coincidências não existem. Jovem, sensível e atraente, é a proprietária de um pequeno e romântico restaurante, Le Temps des Cerises, situado no coração de Paris, a dois passos do Boulevard Saint-Germain.
Naquele pequeno restaurante forrado a madeira, com toalhas aos quadradinhos vermelhos e brancos, o seu pai conquistou o coração da sua mãe graças ao menu d’amour. E foi ali, rodeada pelo aroma do chocolate e da canela, que Aurélie cresceu e onde encontra consolo nos momentos difíceis da sua vida.
Mas agora, magoada pelo abandono de Claude, nem sequer a calidez acolhedora da cozinha é capaz de consolá-la.
Uma tarde, mais triste que nunca, Aurélie refugia-se numa livraria. Um romance, O Sorriso das Mulheres, chama a sua atenção. Quando o folheia, descobre que a protagonista é inspirada nela e que Le Temps des Cerises é um dos cenários principais.
Graças a esta prenda inesperada, volta a sentir-se animada. Decide entrar em contacto com o autor, Robert Miller, para lhe agradecer. Mas isso não é fácil. Qualquer tentativa de conhecer o escritor – um misterioso e esquivo inglês – morre na secretária de André Chabanais, o editor que publicou o romance.
Porém, Aurélie não desiste e quando um dia surge efectivamente uma carta do autor na sua caixa de correio, acaba por daí resultar um encontro bem diferente daquele que tinha imaginado…


O afecto, o mais mundano dos confortos, é muitas vezes a chave para a nossa busca incessante pela felicidade mas se, essa intermitente felicidade, nos é retirada bruscamente o desconsolo e a mágoa podem conduzir-nos por caminhos caprichosos, contornos agridoces que, com alguma certeza afirmo, contariam uma história tão bela como a que se espelha neste livro.

O Sorriso das Mulheres é um romance terno sobre a vida de duas personagens cuidadas e bem concebidas que captarão a total atenção do leitor. Entre palavras e sabores, este é um livro que se desenvolve de forma sublime e que se poderá tornar muito especial, para os amantes de literatura em particular.
Nicolas Barreau construiu um enredo extremamente apelativo e repleto de pormenores diversificadamente cativantes. A sua escrita é quase íntima, em jeito de confissão, em jeito de declaração transbordante de amor e emoção.

Após uma leitura atenta da sinopseque apela a livros e a boa comida, as minhas expectativas encontravam-se vibrantes pela oportunidade de encontrar não só estes dois factores, como ainda uma história dentro de outra
Com estas características, este livro reproduziu através de laços estreitos uma segunda ficção e conseguiu também revelar-se rico em pormenores reais o que tornou esta experiência duplamente gratificante superando, absolutamente, tudo o que eu concebi imaginar.

As nossas personagens principais, André Chabanais e Aurélie Bredin, pertencem a mundos completamente diferentes que de uma forma perfeita acabam por se unir para reencontro, alegria e profunda preocupação de André
Ele fez algo de belíssimo e no entanto errado por ter mentido. Enquanto ela tenta recuperar de algo recente que lhe deixou uma tristeza que nem a sua paixão pela cozinha consegue curar.
Aurélie sentir-se-á atraída por um livro do qual acredita fazer parte e André, por seu lado, sentir-se-á completamente atraído por Aurélie quando esta o procura para contactar o autor que o nosso protagonista deseja, unicamente, esquecer.
Caminhos cruzadosmás opções o poder de uma história iluminam este romance maravilhoso que nos oferece um final inesquecível.


As emoções transcritas pelo autora forma como se encontram expostasoferecem a possibilidade de quem lê criar uma ligação íntima com as personagens e este compadecimento poderá deixar o leitor bastante sensível aos diversos acontecimentos. Arrisco-me a dizer que é, de alguma forma, comovente o enraizamento destes sentimentos que despertam sorrisos e promessas de lágrimas.

Um dos aspectos que mais gostei nesta obra é a forma como se encontra narrada na primeira pessoa intercalando os pensamentos e a voz dos protagonistas, proporcionando a possibilidade de conjecturas em relação às reacções e consequências de futuros desenlaces o que, confesso, provoca uma ansiedade imensa página após página.

Os cenários em que estamos inseridos, o pequeno restaurante Le Temps des Cerises e as Éditions Opale, é outro dos aspectos que me cativou automaticamente. A editora em particular por proporcionar aos mais curiosos uma visão sobre os mecanismos e o dia-a-dia daquele que eu considero um mundo promovedor de sonhos, de livros.

Em retrospectiva pessoal existem muitos motivos que me empelem a reler este livro só para saborear a sua história uma vez mais mas, como sempre, sou atenta a pormenores e admito que esses foram os que mais me cativaram. As pequena citações ou frases de Aurélie, ou mesmo a pontuações e aqui e ali de francês pertinentes, bem como a forma como os meus sentidos e emotividade foram aguçados, é algo que permanece proeminente na minha memória, assim como o seu enredo sobre um tema que me agrada bastante.

Nicolas Berreau irá encantar o público feminino, em particular pelo cuidado que teve com o seu protagonista, AndréO ritmo que impõe à leitura ora é sôfrego pela necessidade de alcançar as conclusõesora é lento pelo desejo de fazer durar um pouco as suas páginas com descrições sobre uma Paris encantadora. O seu final é absolutamente magnífico e as últimas vinte páginas, em particular, foram do mais bonito que me recordo de ter lido dentro deste género literário, uma entrega e uma conclusão indescritíveis.

Penso que ficou claro o quando este livro me tocou sendo esta, como as restantes apostas da Quinta Essência em Abril, um leitura particularmente agradável para mim e que sei que não esquecerei tão cedo. Um livro que sugiro, fervorosamente, a qualquer fã de romancesAdorei.

Título: O Sorriso das Mulheres
Autor: Nicolas Barreau
Género: Romance
Editora: Quinta Essência


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