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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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quinta-feira, 13 de junho de 2013
Sinopse:
Izzy um dia vai ser famosa. A indústria da música é que ainda não a descobriu. A irrepreensível Izzy tem um talento fascinante, dois namorados perfeitos e uma filha para lhe organizar a vida. Basicamente, uma vida de sonho. Já a vida de Gina não podia ser mais infernal. O cretino do marido acaba de fugir com a amante grávida. E ela sente-se destroçada quando derruba acidentalmente Izzy da sua moto. Porém, não é propriamente o fim do mundo, pois não? Apenas uma perna partida. Mas o mundo de Gina, como ela o conhece, está prestes a ficar de pernas para o ar. Izzy e a filha Kat foram catapultadas para dentro da sua vida, antes tão metódica. Pior, Izzy está de olho no melhor amigo de Gina, Sam, que é lindo de morrer. Como acabará tudo? Numa torrente de lágrimas ou num beijo inesquecível?

Eu sou uma grande fã de Jill Mansell. Sou fã dos seus romances repletos de emoções, sorrisos e lágrimas, que nascem de paixões mirabolantes que envolvem muitas peripécias através de personagens que são, muitas vezes, caricaturas familiares ao leitor. Beijo, no entanto, é um livro diferente dos restantes que já li e de que fiz opinião aqui no blogue. Beijo é um livro com maior seriedade, um livro em que as personagens, entre os dramas e a alegria habitual, nos revelam um lado menos positivo do ser humano e, talvez por isso, creio, um livro estranho ao público habitual de Jill Mansell.  

Um dos pontos fortes desta autora, talvez até o seu maior atributo, reside nas caracterizações peculiares que faz das suas personagens que, do extravagante ao comum, têm semelhanças com a realidade, regra geral para o bem, e aqui também para o mal. Assim, diversificando o seu enredo, estamos uma vez mais perante um elenco extenso, quase absurdamente extenso, em que qualidades e defeitos vão sendo espelhados durante o desenvolvimento e, em particular, através das singulares personagens principais Izzy, Kat e Gina, todas elas interessantes e repudiantes, todas elas muito diferentes entre si.

Jovem e mãe solteira de Kat, Izzy é uma mulher excêntrica, despreocupada e aspirante ao estrelato - algo que não é novidade nesta autora -, é no entanto uma surpresa a sua irresponsabilidade quanto à filha, que eu traduzi em insegurança conquistada pelo fracasso profissional, que, por sua vez, é frustrantemente colmatada por múltiplas relações com homens pouco… honrosos. Já Kat aparenta a maturidade que a mãe não tem nos momentos difíceis, dedicando-se à casa e ao estudo, mas milagres não existem e depressa esta adolescente revela as fragilidades de quem não é pessoal e emocionalmente amadurecido - mais uma vez nada de novo num elenco de Jill. E quem também não é uma surpresa nas palavras desta autora é Gina, a típica mulher responsável. Boa esposa mas com falta de confiança em si própria enquanto mulher, Gina depressa se vê frustrada e abandonada pelo marido e, pior ainda, com duas hóspedes indesejadas, Izzy e Kat - após ter atropelado a primeira foi vítima da esperteza da segunda.
Em suma, exceptuando as imperfeições, as asneiras e as falhas individuais ampliadas, capazes de causar taquicardias ao leitor, desencadeados nas protagonistas por um destino retorcido, não há nada que realmente me cause estranheza em Beijo.

No que respeita a intervenientes masculinos, e mais secundários sob o meu ponto de vista, uma vez mais Jill aponta clichés e crítica de forma muito prórpia a ausência, ou não, de determinados predicados apetecíveis ou morais.
Entre os vários apresentados é importante destacar Sam, como um homem sedutor e trabalhador, mas ao mesmo tempo com excessiva confiança, pelo que terá direito a muitas aprendizagens na jornada rumo ao amor. Já Tash, também ele desmesuradamente seguro de si, não fosse ele uma estrela pop, é um interveniente a quem o significado de aprendizagem não entra no dicionário mas, ainda assim, Tash tem uma relevância imensa para esta história ao abordar temáticas tão importantes como o abuso de poder, drogas e álcool, no seu universo da fama em que tudo é tão brilhante que chega a ofuscar. Existem, efectivamente, personagens mais modestos como Doug, um homem de meia-idade inseguro ou mesmo o melhor amigo de Kat, um adolescente normal, mas penso que a banalidade é tudo a que Jill tenta fugir nesta história.


Entre várias problemáticas abordadas, sem fugir à leveza e sentido de humor que caracterizam esta autora, embora aqui este se encontre mais cáustico, quem lê poderá ainda reflectir sobre temas como a depressão, o cancro e, ainda, relações traumáticas. As relações são algo abordado sempre com bastante cuidado por Jill e, mais uma vez, não foram excepção, sendo os seus dilemas aqui explorados exaustivamente em qualquer tipo de ligação ou nível afectivo.

Não vou falar da escrita de Jill Mansell, algo sobre o qual já me debrucei inúmeras vezes no blogue, mas faço questão de reafirmar que a leveza dos seus textos promove uma leitura veloz, assim como os muitos diálogos utilizados para expressar situações ou emoções, sendo, portanto, uma narrativa de escassas descrições.

Pessoalmente, este foi dos poucos livros de Jill em que adivinhei o final dos protagonistas mas, felizmente, estive longe de imaginar as reviravoltas até ao seu final muito cómico e romântico.
Também não achei que esta história fosse tão diferente das antecedentes que li, embora, confesso, a faceta deprimente do estrelato seja assustadora e, por esse mesmo motivo, este não é dos seus melhores livros para gargalhar - mas a boa disposição está presente, principalmente na abordagem de temas susceptíveis.

Esta é mais uma aposta Chá das Cinco, do Grupo Saída de Emergência, que eu recomendo às leitoras de romances e dramas e, não tanto, às leitoras de comédias românticas que podem desiludir-se.


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Título: Beijo
Autora: Jill Mansell
Género: Romance

2 comentários :

Neptuno_avista disse...

Olá! Pois, realmente não tenho ouvido falar muito bem deste livro. Mas agora fiquei com vontade de o ler, se o conseguir encontrar na biblioteca. Obrigada :)
Beijinho

Elphaba disse...

Olá Neptuno :)

Este é de facto um livro curioso e se não abordares com a perspectiva de comédia romântica possivelmente, creio, que gostarás muito mais da história.
É que as personagens aqui representadas têm pouco de inocentes... E quando o humor acontece ficas sempre com a sensação de algo mais. (Não sei se me consigo fazer entender :P)

Beijinhos* Boas leituras!

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