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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
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terça-feira, 4 de junho de 2013
Sinopse:
Anna Oliphant tem grandes planos para o seu último ano em Atlanta: sair com a melhor amiga, Bridgette, e namoriscar com um colega no cinema onde trabalha. Por conseguinte, não fica muito contente quando o pai a envia para um colégio interno em Paris. As coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz deslumbrante - que tem namorada. Ele e Anna tornam-se grandes amigos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Irá Anna conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?

Uma das emoções mais ambíguas e absolutamente tentadora a que o ser o humano não resiste, emoção essa que nos assusta e completa, que nos faz sonhar e ter medo de perder, é a paixão e todo o processo que envolve apaixonarmo-nos. É algo que nos faz sentir como eternos adolescentes mas, convenhamos, não há nada como sermos arrebatados nesta fase da vida tão eloquentemente dramática para vivermos, intensamente, cada um dos seus singulares momentos que nos despertam para o amor, e que o diga Anna Oliphant.

Quando chega à cidade do amor para o último ano do secundário num colégio interno, tudo o que resta à nossa protagonista são saudades, desespero e lágrimas – representando na perfeição a sensação de vazio típica de quando somos retirados de um ambiente que nos é familiar. No entanto, porque nem tudo é negativo, Anna tem a sorte de ser acolhida por um grupo singular de amigos e depressa recupera o sorriso que a caracteriza e um brilho muito especial no olhar, um brilho que é em parte dedicado a um rapaz bonito, interessante e, infelizmente, comprometido, ou seja, um rapaz que traz consigo mais complicações para o já de si tumultuoso universo emocional e hormonal de uma típica adolescente.

Com um dom muito especial para falar dos assuntos do coração, Stephanie Perkins revelou-se uma verdadeira e agradável surpresa com a história de Anna e o Beijo Francês, um romance leve de entretenimento, muito credível e tipicamente juvenil, Young Adult, em que os graúdos se sentirão igualmente confortáveis na redescoberta de sentimentos intemporais, enquanto usufruem de uma cativante cidade de Paris pelos olhos da sua protagonista Anna.

Embora neste texto os intervenientes secundários sejam bastante activos, confesso-vos que para mim não foram marcantes mas, ainda assim, é inegável a sua importância para sustentar a normalidade e consistência palpável desta narrativa como personagens jovens que atravessam uma fase da vida onde as controvérsias e disparidades de um grupo de amigos, que serve muitas vezes de sustento emocional nesta idade, são marcantes. Para além disso, os novos amigos de Anna não só são divertidos como culturalmente diferentes, pelo que enriquecem bastante esta obra. Mas, e porque eles são o mais importante, Anna e Étienne St. Clair destacam-se realmente como protagonistas com quem rapidamente criamos empatia. Sempre alegre e simpática, Anna sabe motivar o interesse do leitor através da sua inocência inicial e, com o folhear, é uma personagem que se torna cada vez mais atraente com a sua curiosidade natural, proporcionando-nos diversas cenas hilariantes enquanto se preocupa com os amigos, comete erros próprios da idade e se apaixona irremediavelmente por Étienne St. Clair. Étienne, por sua vez, consegue ser muito imaturo chegando, até, a ser irritante, mas o seu bom coração e dramas familiares, que partilha com Anna, acabam por nos enternecer e, por fim, torna-se principezinho imperfeitamente perfeito que só desejamos ver feliz.

Das muitas questões e temas explorados levemente neste livro, tudo o que tem que ver com a família é interessante e embora neste sentido exista um cariz realmente problemático, nada é exactamente triste ou comovente - o que torna esta leitura deliciosamente aprazível para quem deseja passar uma boa distracção entre páginas -,  algo que é corroborado com as descrições de ambiente, maravilhosas, que a autora conseguiu criar através de Anna, na sua descoberta de uma nova língua, cidade e cultura, num cenário que lhe é incomum, algo muito bem conseguido. 

Relativamente a pormenores, é ainda importante citar a forte ligação cinematográfica e literária que a autora transmite ao longo da história, e o mesmo se verifica com a gastronomia parisiense, muito bem representada em contraste com a alimentação a que Anna, tipicamente americana, estava habituada.

Em suma, este é um livro pontuado de curiosidades e singularidades atractivas que, embora pareça mais dedicado a um público jovem através dos dramas da adolescência, é extremamente agradável também para o leitor adulto que descontraidamente se irá rever na sensação plena de se apaixonar.

Stephanie Perkins ofereceu muito de si própria a esta história, ou pelo menos foi com essa sensação que fiquei depois de analisar a sua página e biografia e reflectir um pouco sobre as diversas peripécias e momentos comuns da sua personagem principal.
A sua escrita é muito simples e fluida, pelo que não existe ocasiões monótonas durante esta leitura voraz em que só desejamos saber se acontecerá, ou não, o dito beijo francês.
No que respeita a descrições, tanto em relação a caracterizações como espaciais, este é sem dúvida um dos seus pontos fortes e nada tenho a apontar, pelo contrário, senti-me espectralmente presente durante toda a narrativa.

Não fui arrebatada mas confesso que fiquei com vontade de descobrir mais sobre a Paris retratada por Stephanie e os seus intervenientes, desta feita só me resta aguardar que seja publicado próximo livro desta autora, no original Lola and the Boy Next Door, que faz parte da trilogia, também no original, Anna and the French Kiss.

Mais uma excelente aposta da Quinta Essência que, sempre a pensar no coração dos seus leitores, do fantástico ao erotismos, passa agora pelo YA - livros de entretenimento perfeitos, que despertam sorrisos em todas as idades.

Título: Anna e o Beijo Francês
Autora: Stephanie Perkins
Género: Romance


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