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A Elphaba...

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quarta-feira, 31 de maio de 2017
Sinopse:
Helen Grace, até aqui considerada a melhor detetive do país, é acusada de homicídio e aguarda julgamento na prisão de Holloway. Odiada pelas restantes prisioneiras e maltratada pelos guardas, Helen tem de enfrentar sozinha este pesadelo. Tudo o que deseja é conseguir provar a sua inocência. Mas, quando um corpo aparece diligentemente mutilado numa cela fechada, essa revela ser, afinal, a menor das suas preocupações.
Os macabros crimes sucedem-se em Holloway e o perigo espreita em cada cela ou corredor sombrio. Helen não pode fugir nem esconder-se por atrás do distintivo. Precisa agora de ser rápida a encontrar o implacável serial killer se não quiser tornar-se a sua próxima vítima.

Desde o primeiro livro que sou fã e agora, terminada a leitura do sexto volume publicado da série Helen Grace, posso dizer-vos com toda a sinceridade que o fascínio pela narrativa de Arlidge se mantém com o mesmo nível de intensidade. 
Inovando uma vez mais no cenário e nos contornos atribuídos ao enredo, O Anjo da Morte mostra-se desafiante na premissa e desesperante para o seu leitor que deseja, mais que nunca, a salvação de uma heroína extraordinária. 

Aguardando julgamento na prisão feminina de Halloway, tendo de conviver de perto com aquelas que a odeiam e ostracizada pelos que anteriormente eram colegas de profissão, é no ambiente mais hostil até ao momento que encontramos Helen, uma mulher agora igual, se não inferior, a todos os que a rodeiam. 
Numa luta pela sobrevivência, quando tudo o que deseja é provar a sua inocência, a nossa protagonista vai ser posta à prova de todas as maneiras possíveis mas, nem no poço mais fundo, conseguirá ficar indiferente a um novo e macabro quadro de um homicídio. 

Não vou alargar-me sobre os atributos da personagem principal, cuja integridade e coragem são irrepreensíveis. Tendo nascido para ser detective, creio que é nesta área que ela mais se evidencia durante a narrativa, com os seus monstros, que a colocaram nesta situação, agora deixados em segundo plano. 
O grande destaque, relativamente a intervenientes já familiares, vão para Charlie que mostra o valor da amizade aliado a uma perseverança invejável e Sanderson que, afinal de contas, caiu em si. Já agora, o que é de Emilia Garanita está-lhe reservado e algo me diz que o seu fim se aproxima e não será dos melhores – ela é digna da minha pena.

Para além dos contornos bastante perversos dos crimes que se sucedem em catadupa ao longo do texto e do clima angustiante que passa para o leitor, verdadeiramente arrepiante – para mim o mais emocionante até ao momento – o que mais me chamou à atenção neste título é o retracto da vida na prisão e as suas habitantes. 
É de senso comum que estrutura social que compõe estes locais é absolutamente distorcida mas, para o bem ou para mal, é uma realidade sobre a qual a maioria de nós nunca reflectiu. A marginalização entre pares, a corrupção e a violência quase gratuitas são chocantes, tornando este isolamento quase doentio num risco constante que, definitivamente, põe em causa o valor da vida – que vida é aquela? Lembrem-se que em Portugal não existe perpétua mas no cenário representado sim e saber que o final de todos os nossos, muitos, dias pode ser passado nestas condições atrozes colocou, pelo menos a mim, o seu sentido em perspectiva.

Enfim é um livro verdadeiramente bom que, na minha opinião, consegue superar os seus antecedentes. Sem dúvida alguma, um série da Topseller que vou acompanhar de perto e que recomendo, sem excepção, sempre que alguém me pede uma sugestão dentro do género policial. Adoro. 

Da mesma série, no blogue: 

Um, Dó, Li, TáOpinião
À Morte Ninguém EscapaOpinião
A Casa de Bonecas Opinião
A Vingança Serve-se QuenteOpinião
Na Boca do LoboOpinião

Título: O Anjo da Morte
Autor: M. J. Arlidge
Género: Policial
Editora: Topseller

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