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A Elphaba...

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sábado, 4 de outubro de 2014

Com uma beleza singular que se destaca, Penafiel é por estes dias um local perfeito para os amantes de literatura lusitana. Palavras, frases, textos, são pedaços fundamentais na imagem de uma cidade transformada em prosa pura, numa teia envolvente que acolhe naturalmente todos os que desejam rodear-se de arte.



Bem-vindos ao maior Festival Literário Nacional que homenageia autores portugueses – Escritaria.

3 de Outubro; o meu primeiro despertar para uma lírica palpitante ansiosa por contaminação. Nas ruas, jovens comuns tornam-se inspiradores e, de onde menos se espera, representam aqueles que sempre nos receberam entre as suas páginas. Figuraram-se enquanto nos embalam, enquanto recitam, cantam e florescem – foi Teatro de Rua, pelo grupo O Andaime – disponível para todos, para o todo em que se misturam e que passa a pertencer a um cenário único.
Em todas as ruas, em todos os lugares, Roteiros de Escrita em Dia captam a atenção do transeunte que, por momento, sente pertencer à “Vida e Obra” da admirável, sente que faz parte dos caminhos que palmilha, caminhos enriquecidos pela linguagem de uma escritora singularmente marcante.


Almoço. Expectativa crescente e na mesa a homenageada Lídia Jorge; as possibilidades adivinham-se infinitas. Para quem assim o desejou, a obra escrita metamorfoseou-se em imagem e Auditório Museu de Penafiel recebeu O Dia dos Prodígios – filme adaptado e encenado por Cucha Carvalheiro –, retrato vivo da mãe literatura a abrir as asas das suas crias, da literatura como alimento para as muitas variantes da sua espécie, da arte.
Multiplicação. Imagens, poesia, artistas, mesclaram-se no espaço e é fácil sentirmo-nos rodeados pela Arte Pública, por mágicos inspirados que transformaram a tela vazia em cor e em vida, pelas peugadas cravadas de palavras eternas, por cabides que sustentam letras e emoções prontas a vestir o espírito de quem redescobre Penafiel – está tudo por toda a parte, são parte do todo, da cidade.


A tarde foi longa com tempo a escoar demasiado depressa. Houve o Descerramento da Frase Escritaria 2014 (na Biblioteca Municipal de Penafiel) e confirmou-se, a partir do chão brotou cultura, abriu-se uma janela para a Inauguração da Exposição Viagem pela Escritaria, ao Encontro de Lídia Jorge, um aperitivo para mais uma refeição no Vai de Roda, restaurante que nos alimentou o corpo, que equilibrou a carapaça que carregava uma alma cheia e ansiosa pelo último capítulo do dia.  

Os Sinais Memoráveis, uma conversa informal, um ambiente íntimo, o murmúrio mudo de uma plateia que não se cansa de escutar alguém que inunda com a sua simpatia imensa. Fernando Alves dirigiu a conversa, questionou “Vida e Obra” de Lídia Jorge e ela presenteou a todos com retalhos que o leitor apenas poderia conjecturar. A primeira recordação da infância, as fragilidades da solidão e a procura do que é diferente foram peculiaridades que conduziram à “arte mais lenta”, ao “consumidor de leitura” e, por fim, à reflexão que esta experiência deixará em Lídia Jorge, que não deixou de recordar a sua homónima Agustina Bessa-Luís, homenageada no Escritaria 2010.

Foi um dia pleno, um dia a recordar pelas inacreditáveis experiências sensitivas que envolveram todos os presentes, como inacreditáveis são os contos de Lígia Jorge provenientes de um encontro do seu dia-a-dia e com a capacidade de perdurar para sempre na memória de quem os folheou.


Fotos por Sofia Teixeira, autora do blog Bran Morrighan.

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