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A Elphaba...

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sábado, 22 de novembro de 2014

Sinopse:
Vanessa «Michael» Munroe trabalha com informação. Após fugir a uma infância traumática, a sua aprendizagem e o seu treino permitem-lhe obter todo o tipo de informações, independentemente do cenário ou do país onde se encontre. Por isso, é agora contratada por empresas, instituições ou privados que pagam os seus serviços únicos no mundo.
Destacada para uma missão de alto risco, Vanessa tem de resgatar Hannah, uma rapariga de treze anos, da sua reclusão no seio de uma fanática comunidade religiosa conhecida como «Os Eleitos».
O processo de libertação de Hannah vai resultar em situações complexas e perigosas, mas, com a ajuda do especialista em segurança Miles Bradford, vai também permitir uma nova vida para esta heroína intrigante e com um passado devastador. O lado mais violento e instintivo de Vanessa irá revelar-se em nome da justiça: matar pode não ser necessariamente mau, se houver inocentes envolvidos.

Confesso-me rendida a Taylor Stevens.
Intensa, surpreendente e viciante, não é por acaso que a sua série Vanessa Michael Munroe tem vindo a conquistar uma legião de fãs e as melhores críticas além-fronteiras, com a sua abordagem crua a múltiplas temáticas intemporais e chocantes, que a destacam dentro do seu género, através de mistérios com picos de adrenalina constantes e com uma protagonista extraordinária a que nenhum leitor fica indiferente.

Depois de um primeiro título simplesmente alucinante, A Informacionista, com o enredo centrado na busca da filha desaparecida de um magnata do petróleo e com uma exposição perturbadoramente perfeita da violência e corrupção na África Central, Os Inocentes transportará os leitores para um novo continente e para uma nova e ainda mais chocante realidade, que tocará e arrepiará até o mais crédulo amante de Thrillers.

América do Sul, Argentina. Uma preciosa criança raptada. Uma seita fanática credibilizada. O passado e o presente de Michael voltam a encontrar-se e o ponto em que o terrível destino de Hannah se cruza com o seu é o primeiro passo para que esta nova missão seja aquela em que empenhará a sua alma, nem que para isso tenha que dar a sua vida.

Não posso e não quero adiantar-vos mais sobre este enredo, um enredo que se constrói com um ritmo assertivo ao mesmo tempo que a protagonista junta as peças de um puzzle que alimentará os pesadelos do leitor.
Dito isto, enquanto personagem Michael está novamente no seu melhor, no limite da sua sanidade mental e das suas capacidades como informacionista – investigadora, agente infiltrada, o que preferirem. Ela é uma mulher de muitos rostos e neste segundo capítulo da trilogia que recebe o seu nome não é só o seu lado heróico que fica exposto, agora também a sua inocência corrompida é alvo de análise e é possível começar a compreender as suas escolhas, o seu presente, que, espero eu, lhe traga muitas e amáveis surpresas para que nunca esqueça aquilo que é na sua essência.

No que respeita a personagens secundárias, Hannah é inevitavelmente crucial por tudo o que permite que o leitor alcance e, como esta, Logan, o melhor amigo e ajudante de Michael noutras missões, que se torna uma figura de ainda mais destaque pela sua influência nesta história. Embora existam outros, em particular vilões, que poderia citar, creio que vale a pena reafirmar, uma vez mais, o papel de Miles Bradford, um homem de coragem sem igual e que, para lá de extremamente inteligente e excelente braço direito, tem agora um papel fundamental no equilíbrio emocional da personagem principal – gosto cada vez mais deste interveniente.

No que respeita a problemáticas abordadas elas são, para mim, quase repugnantes. A primeira, instintivamente ligada ao título, tem que ver com o tráfico de menores, com a manipulação e abuso dos mesmos, aqui descritos de forma bastante retorcida – é tudo feito com base na inocência, em nome de um bem maior. Para lá da questão anterior, também me impressionei pela forma como estão expostos o fundamentalismo em torno de seitas religiosas, temática que é levada a um extremo credível no texto e retratada sem lirismos – é tudo muito mau de tão verdadeiro.


Fora o que citei até ao momento, o livro acaba por mostrar relações e traumas variados relacionados com o desenvolvimento afectivo dos diversos intervenientes e tudo, tudo é importante para a construção de um livro que é excelente.

Taylor Stevens escreve e elabora as suas narrativas de forma exímia, muito provavelmente por causa da sua bagagem pessoal. É palpável o seu conhecimento de causa, o seu olhar sobre o mundo que lhe permitem passar para a ficção factos que merecem ser lidos, que merecem a dedicação e reflexão do leitor relativamente à sua sociedade. Para mim, é um privilégio poder pensar o mundo sob a sua perspectiva e estou muito, muito feliz por ter escolhido os seus títulos para leitura.

Esta é uma aposta 5 estrelas da Topseller que aconselho a todos quanto conheço, não só pela sua vertente de entretenimento para amantes do género, mas principalmente pelos temas e a forma como estes são contados ao leitor.

Da mesma trilogia:
A InformacionistaOpinião



Título: Os Inocentes
Autora: Taylor Stevens
Género: Thriller
Editora: Topseller




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