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A Elphaba...

Adoradora de literatura em geral.
Viciada em literatura fantástica e romântica.
Fascinada por outros mundos e uma eterna sonhadora, assim eu sou.

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Aqui eu sou apenas mais uma amante de literatura, fantástica em particular. Mas, pudesse eu existir num outro mundo, seria no meu imaginário, seria Elphaba e tudo o que esta personagem representa…


Eu, Elphaba.
Quem ama perder-se numa boa história já se deparou, certamente, com uma personagem que só pode ser designada de inesquecível… A Bruxa de Oz ofereceu-me isso mesmo -  um carácter, uma imagem, um símbolo - ofereceu-me a personagem de uma  vida. Elphaba não é boa, nem é má. Elphaba foi menina e mulher, amada e odiada, fonte de múltiplas emoções e malfadado destino mas certa, sempre convicta, nas suas acções. Uma fonte de inspiração face à desigualdade, uma bruxa aparentemente repugnante que lutou, principalmente, por aquilo a que na nossa realidade apelidamos de humanidade e que em nada, nada, tem que ver com o existir enquanto humano. 


A Bruxa de Oz – Gregory Maguire

Quando Dorothy triunfou sobre a Bruxa Má do Oeste no clássico O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baun, apenas conhecemos a sua versão da história. Mas, afinal, quem era esta misteriosa Bruxa? De onde veio? Como se tornou tão malvada? E Qual é, então, a natureza do mal?
A Bruxa de Oz conta a história de Elphaba, uma menina de pele verde, insegura, rejeitada tanto pela mãe como pelo pai, um pastor reaccionário. Na escola ela é também desprezada pela sua colega de quarto Glinda, a Fada Boa do Norte, que só quer saber de coisas fúteis: dinheiro, roupas, jóias. Neste contexto ela descobre que vive num regime opressor, corrupto e responsável pela ruína económica do povo. Elphaba decide, então, lutar contra este poder totalitário, tornando-se a Bruxa Má do Oeste, uma criatura inteligente, susceptível e incompreendida que desafia todas as nações pré-concebidas sobre a natureza do bem e do mal”.

Durante o desenvolvimento deste livro, são muitas as vezes em que nos questionamos até que ponto uma história de encantar pode ser tão comparável à realidade... chega a ser arrepiante. 

Mais que pensar nas suas singularidades, é maravilhoso poder assistir à transformação de um conto de fadas, em ver palavras como “princesas, sonhos ou reinos encantados” convertidas em  ironias cruéis, em verdades tangíveis; estamos perante a desconstrução do fantástico sem a necessidade de o olhar como extraordinário, estamos perante o nosso mundo nos seus desígnios mais simples e crus.  

É um livro que terminamos em lágrimas, lágrimas de ficção, lágrimas que sustentamos diariamente quando olhamos em nosso redor. o que nunca deixará de ser duro. 

Para mim é este é um título único e que me marcou para sempre. É um título vencedor por tudo o que aprendi, por tudo o que me proporcionou e proporciona e, efectivamente, pela a Elphaba em que hoje me revejo. Quem me dera ter metade da sua coragem, da sua paixão e inteligência, quem me dera transparecer e transmitir como ela me tocou, a ferro e fogo no coração. 

Foi um livro que ficou impresso na minha alma, mesmo agora, muitos anos após terminada a última página, e cuja história ainda vive em mim. E não, estimados leitores, esta não é uma história de encantar, é muito mais do que isso. É um marco contra a verdadeira natureza do mal que vive lado a lado com todos nós.

Título: A Bruxa de Oz
Autor: Gregory Maguire
Género: Romance/Fantástico
Editora: Casa das Letras

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